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ECONOMIA & FINANÇAS

CRISE: RECUPERAÇÃO ASSENTE NO IMOBILIÁRIO E TURISMO MANTÉM DEBILIDADES ESTRUTURAIS – ESTUDO

Um estudo do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra defende que uma recuperação económica dos efeitos da pandemia assente no imobiliário e no turismo representa a “manutenção e consolidação de debilidades que se tornaram estruturais”.

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Um estudo do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra defende que uma recuperação económica dos efeitos da pandemia assente no imobiliário e no turismo representa a “manutenção e consolidação de debilidades que se tornaram estruturais”.

Esta posição está plasmada no caderno “Turismo e pandemia: fragilidades da internacionalização sitiada da economia portuguesa”, da autoria de Ana Drago e publicado hoje pelo Observatório sobre Crises e Alternativas – do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

“Uma recuperação económica que assente de novo no imobiliário e no turismo não é resiliência, é antes a manutenção e consolidação de debilidades que se tornaram estruturais”, defendeu a socióloga e ex-deputada do Bloco de Esquerda (BE).

Para a investigadora do CES, o retrato do crescimento do turismo, “elemento central na ‘recuperação’” da crise de 2010-2013, “é igualmente o retrato das fragilidades que imputa à economia e à sociedade portuguesas: tecido empresarial de pequena dimensão, endividado e, por isso, frágil; uma extrema dependência em relação à procura externa e, por isso, particularmente vulnerável a contextos de crise; assente em trabalho pouco qualificado, mal remunerado e precário; e desenhando um perfil de especialização de uma economia de baixa produtividade”.

Por outro lado, o estudo aponta “os custos sociais e as novas desigualdades que se estão a consolidar em resultado da internacionalização do mercado imobiliário, sem que encontrem ainda pela frente políticas públicas capazes de os combater”.

A sociólogo sublinha mesmo que o imobiliário aparentemente manteve-se “quase incólume” aos efeitos da crise pandémica, mesmo no que diz respeito à procura de não-residentes.

“Talvez numa nota mais preocupante, aparentemente a ‘resiliência’ do investimento imobiliário estrangeiro é uma esperança dos governantes locais para a recuperação da crise”, afirma Ana Drago.

“Recentemente o vereador das finanças da Câmara Municipal de Lisboa pareceu satisfeito com a perspetiva de Lisboa se manter ‘entre os dez destinos mais apetecíveis do mundo em termos de imobiliário’”, acrescenta, defendendo que “este panorama parece colocar inquietações sérias sobre o futuro da economia e do país”.

Apesar de reconhecer que a crise pandémica fez surgir o debate sobre questões importantes, como a autonomia estratégica da Europa, cadeias curtas de produção, ou a reindustrialização verde, a socióloga diz, no entanto, que “parece tardar uma política económica ativa que contrarie a desqualificação da economia e do trabalho”.

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UM EM CADA SEIS TRABALHADORES EM PORTUGAL TEM CONTRATO A PRAZO – PORDATA

Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.

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Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.

Um retrato da Pordata sobre o mercado laboral em Portugal, no âmbito do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, revela que 17,4% dos trabalhadores no país têm contrato a prazo, acima da média da União Europeia (13,4%).

“Em Portugal, um em cada seis trabalhadores tem contrato a prazo, rácio que se tem mantido quase sem alteração nos últimos 20 anos”, assinala.

Entre os países com maior percentagem de contratos a prazo estão a Sérvia e os Países Baixos.

Por outro lado, Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial, já que apenas oito em cada 100 trabalhadores se encontram em regime ‘part-time’.

“Olhando apenas para as mulheres portuguesas que estão empregadas, apenas uma em cada 10 o faz a tempo parcial. É o 9.º país da UE27 com menor percentagem de mulheres empregadas em ‘part-time’”, aponta a Pordata, que assinala que nos Países Baixos e na Áustria mais de metade das mulheres empregadas trabalham neste regime.

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ECONOMIA & FINANÇAS

PENSÕES DA CGA NÃO VÃO TER ACERTO NA RETENÇÃO DO IRS

As reformas de janeiro pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) também foram processadas com base numa tabela de retenção provisória, mas não será feito nenhum acerto por estarem em causa valores residuais.

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As reformas de janeiro pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) também foram processadas com base numa tabela de retenção provisória, mas não será feito nenhum acerto por estarem em causa valores residuais.

“As reformas da CGA relativas ao mês de janeiro de 2024 foram processadas com base numa tabela de retenção na fonte do IRS provisória”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Mas neste caso, e ao contrário do que foi esta segunda-feira esclarecido pelo Instituto da Segurança Social (ISS) em relação às pensões Segurança Social, “não vai ser feito o acerto”, disse a mesma fonte oficial, adiantando que esta decisão foi tomada pela Direção da CGA “por estarem em causa valores residuais”.

Em comunicado, o ISS esclareceu esta segunda-feira que foram feitos acertos na retenção do IRS das pensões de abril e maio para corrigir a retenção efetuada em janeiro com base numa tabela “provisória” a 328 mil pensionistas.

O comunicado surgiu após o Jornal de Negócios, na sua edição desta segunda-feira, ter noticiado que há pensionistas que foram confrontados com uma redução do valor líquido da pensão paga em maio, sem que o recibo da mesma adiantasse uma explicação para esse facto — já que o valor bruto da pensão se manteve, assim como a taxa de retenção do imposto, mas não o montante do desconto.

Esta questão da tabela provisória de retenção e dos posteriores acertos apanhou de surpresa o novo Governo, com o gabinete da atual ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, a revelar “estupefação” e a sublinhar que o assunto não foi transmitido pelo anterior executivo.

“A decisão do anterior Governo não foi, em qualquer momento, referida durante a reunião de transição com a atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, nem foi sinalizada a qualquer nível ao atual Governo antes de ser concretizada”, refere o comunicado do Ministério do Trabalho.

Além disso, acrescenta, Maria do Rosário Ramalho e o seu secretário de Estado da Segurança Social receberam a presidente do Instituto da Segurança Social em 22 de abril e “esta nada referiu quanto à questão”.

O gabinete de Maria do Rosário Ramalho refere ainda que esta medida do acerto das pensões “processada em meados de março (depois das eleições) e concretizada a 11 e 12 de abril, resulta exclusivamente de orientação política do Governo do Partido Socialista, e da qual o atual Governo não teve conhecimento prévio”.

“Em janeiro de 2024 decidiu-se dar uma ideia artificial de aumento aos pensionistas com menos retenção de IRS para vir depois fazer-se este acerto, após as eleições, no período de transição”, nota o mesmo comunicado do Governo.

Naquele conjunto de 328 mil pensionistas da Segurança Social está incluída a devolução de IRS retido em excesso a 184 mil pensionistas (o que foi feito com a pensão de abril) e o acerto do valor retido a menos a 143.800 pensionistas — efetuado com as pensões de maio e que resultou num valor líquido inferior para estas pessoas.

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