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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS PODERÃO SER TRATADAS DIRETAMENTE NO CÉREBRO

Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde integram um projeto financiado em mais de 16 milhões de euros que pretende desenvolver metodologias para tratar doenças neurológicas associadas à perda de neurónios intervindo diretamente no cérebro dos doentes.

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Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde integram um projeto financiado em mais de 16 milhões de euros que pretende desenvolver metodologias para tratar doenças neurológicas associadas à perda de neurónios intervindo diretamente no cérebro dos doentes.

O projeto, que integra 20 grupos de investigação canadianos e quatro grupos europeus, visa “desenvolver metodologias para tratar certo tipo de doenças neurológicas associadas à perda de neurónios, intervindo diretamente no cérebro dos doentes, mais especificamente no local onde se verificou a lesão“, adianta esta sexta-feira, em comunicado, o instituto da Universidade do Porto (i3S).

Apesar de ainda não existir cura para os distúrbios neurológicos associados à perda ou disfunção neuronal, o i3S destaca que a reprogramação neuronal direta [metodologia assente na conversão de outras células em neurónios] é “cada vez mais encarada como uma estratégia promissora para reparar o cérebro em situações patológicas associadas à perda de neurónios”, como no caso das doenças neurodegenerativas ou acidentes vasculares cerebrais.

“Na base desta ideia estão resultados encorajadores de experiências desenvolvidas em células em cultura, e que usam proteínas, chamadas fatores de transcrição, para ligar e desligar genes que dão às células características de neurónios”, assinala.

No decorrer do projeto, que tem a duração de seis anos, os investigadores vão procurar “efetuar a reprogramação neuronal diretamente no cérebro“, mas, para que tal seja possível, é preciso “ultrapassar algumas barreiras”.

Com recurso a modelos animais, os investigadores vão tentar identificar o “conjunto de fatores de transcrição ideal para obter determinados tipos de neurónios, “desenvolver metodologias para colocar os fatores dentro das células cerebrais que tencionam reprogramar e encontrar formas de avaliar o sucesso da reprogramação neuronal”, através de técnicas de imagiologia do funcionamento cerebral.

“O objetivo a longo prazo é conceber aplicações clínicas para reprogramação neuronal diretamente no cérebro dos pacientes, mais especificamente na zona onde houver perda de neurónios, gerando novos neurónios a partir de células residentes do cérebro adulto, nomeadamente os astrócitos”, esclarece, citado no comunicado, o investigador Diogo Castro, coordenador da equipa do i3S que integra o projeto.

Ainda que esse seja o objetivo, é necessário, inicialmente, fazer uma “prova de conceito em modelos pré-clínicos”.

“Os astrócitos, pela sua plasticidade, abundância e localização, são o candidato ideal para este efeito, já que podem ser convertidos em neurónios com relativa facilidade e se encontram disseminados por todo o órgão”, acrescenta Diogo Castro, líder do grupo Stem Cells & Neurogenesis do i3S, que tem vindo a desvendar como funcionam os fatores de transcrição envolvidos na geração dos neurónios durante o desenvolvimento embrionário.

Neste consórcio, os investigadores do i3S vão ajudar no mapeamento dos locais de ligação dos fatores de transcrição ao genoma dos astrócitos durante a reprogramação neuronal.

Coordenado pelo Sunnybrook Research Institute (Canadá), o projeto foi financiado com mais de 16 milhões de euros pelas três agências governamentais canadianas para a investigação: Canadian Institutes of Health Research (CIHR), Natural Sciences and Engineering Research Council (NSERC) and Social Sciences and Humanities Research Council (SSHRC).

A equipa do i3S irá receber cerca de 750 mil euros.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

CIENTISTAS DESCOBREM UM TRATAMENTO INOVADOR PARA O CANCRO DA MAMA

Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.

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Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.

A investigação, liderada por Eva Martín del Valle, do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Salamanca (IBSAL), permitiu desenvolver um sistema inovador de administração de medicamentos para a terapia local do cancro da mama, que consiste num gel termossensível e injetável, que inclui nanopartículas inteligentes para atacar o tumor localmente, noticiou a agência Efe.

O trabalho, publicado no Journal of Pharmaceutical Sciences e no qual também colaboraram investigadores das áreas de Engenharia Química e de Informática e Automação da Universidade de Salamanca e do Instituto de Medicina Translacional de Birmingham, será agora completado com o desenvolvimento de modelos computacionais que simular a aplicação deste gel para preenchimento da área afetada em intervenções de cancro da mama.

Está também a ser realizado um estudo em colaboração com o professor Sasa Kenjeres, da prestigiada Universidade de Delft, que também será publicado em breve, adiantou o IBSAL em comunicado.

“Os sistemas locais de administração de medicamentos são fundamentais no tratamento do cancro, pois oferecem uma série de vantagens que melhoram a eficácia terapêutica e reduzem os efeitos colaterais associados aos tratamentos convencionais”, sublinhou Martín.

A responsável pelo grupo de Nanotecnologia para Tratamento do Cancro do IBSAL trabalha há anos em biomateriais “que oferecem oportunidades” para conceber sistemas de administração mais eficientes e específicos que “podem revolucionar a forma como o tratamento do cancro é abordado”, através de estratégias terapêuticas mais personalizadas.

A equipa desenvolveu um material que é líquido à temperatura ambiente e se transforma em sólido à temperatura fisiológica (37 graus), graças à combinação dos dois componentes utilizados, o polímero PF-127 e a goma gelana, ambos aceites pela agência para os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), como biocompatível com humanos e normalmente utilizado em alimentos.

Este hidrogel contém ainda um sistema de libertação nanotecnológico que permite “libertar” dois componentes farmacológicos numa área específica, “um que impede a formação de novas células tumorais e outro que mata as células tumorais”, frisou a investigadora.

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INVESTIGADORES APROVEITAM O PÓ DA CORTIÇA PARA REMOVER POLUENTES DAS ÁGUAS

Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

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Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

No âmbito do projeto “Corkcatcher: Adsorventes magnéticos com base em resíduos de cortiça para remediação ambiental”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, já alcançaram resultados promissores. Estão a adicionar propriedades a este pó para agarrar alguns dos poluentes mais preocupantes nas águas residuais: iões de metais pesados, corantes e antibióticos. São depositados, diariamente, cerca de dois milhões de toneladas de resíduos nas águas, em todo o mundo.

“O pó da cortiça é um material extremamente interessante visto possuir porosidade, ou seja, cavidades que podem acomodar os poluentes de águas”, começa por explicar o líder do projeto Carlos Granadeiro, investigador do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) na FCUP. “Contudo, esta porosidade não é acessível, isto é, não há uma passagem do exterior até aos poros”, comenta.

Assim, através do método de síntese desenvolvido no projeto Corkcatcher, “foi-nos possível tornar essa porosidade acessível (e até aumentá-la) e simultaneamente conferir propriedades magnéticas ao material”. E quanto maiores os poros, maior a capacidade de armazenar os poluentes. O objetivo dos investigadores é tornar a aplicação deste resíduo viável do ponto de vista económico e ambiental.

“A grande vantagem destes materiais renováveis magnéticos é o facto de serem facilmente separados magneticamente de águas, evitando passos adicionais de recuperação (ex. filtração, sedimentação) como acontece com os adsorventes tradicionais”, concretiza. Para além disso, os resíduos, depois de cumprirem a sua função de adsorver os poluentes, podem ser novamente reutilizados.

Estes materiais podem ser utilizados em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e pretende-se, na próxima fase do projeto, aplicá-los na própria ETAR da empresa corticeira J.A. Veiga de Macedo, que colabora com o projeto.

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