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ESTRADAS: 15.500 ACIDENTES E 210 MORTOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022

Quase 15.500 acidentes rodoviários ocorridos no primeiro semestre do ano provocaram 210 mortos e 1.120 feridos graves, uma diminuição face a 2019, mas com aumentos em relação ao mesmo período de 2021, revelou hoje a Segurança Rodoviária.

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Quase 15.500 acidentes rodoviários ocorridos no primeiro semestre do ano provocaram 210 mortos e 1.120 feridos graves, uma diminuição face a 2019, mas com aumentos em relação ao mesmo período de 2021, revelou hoje a Segurança Rodoviária.

O relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) relativo a junho precisa que nos primeiros seis meses do ano ocorreram em Portugal 15.457 acidentes de viação, 210 mortos, 1.120 feridos graves e 18.006 feridos ligeiros.

“Comparativamente a 2019, ano que a Comissão Europeia considerou como o ano base de referência para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviária durante a presente década, critério que também foi adotado em Portugal, registaram-se menos 1.952 acidentes (-11,2%), menos 50 vítimas mortais (-19,2%), menos 41 feridos graves (-3,5%) e menos 2.950 feridos leves (-14,1%)”, refere o documento sobre a sinistralidade a 24 horas, ou seja, óbitos ocorridos no local do acidente ou a caminho do hospital.

Segundo a ANSR, a Comissão Europeia compara os dados com 2019, uma vez que 2020 e 2021 registaram quebras significativas da circulação rodoviária comparativamente a 2019, devido à pandemia, e consequentemente, reduções naqueles dois anos nos principais indicadores sinistralidade face a este ano.

O documento indica também que em comparação com 2021, no primeiro semestre de 2022 se registaram mais 2.857 acidentes (+22,7%), mais 64 vítimas mortais (+43,8%), mais 187 feridos graves (+20,0%) e mais 3.551 feridos ligeiros (+24,6%).

A ANSR salienta que, relativamente a 2021, este ano tem registado um aumento da circulação automóvel com o correspondente acréscimo no risco de acidente, como se pode concluir do crescimento de 30% no tráfego das autoestradas registado no primeiro trimestre e do aumento de cerca de 13,8% do consumo de combustível rodoviário no primeiro semestre de acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia.

Nos primeiros seis meses de 2022, as colisões representaram 53,1% do total de acidentes, 37,7% das vítimas mortais e 44,1% dos feridos graves, mas foram os atropelamentos que mais subiram em relação a 2021, tendo aumento 35% ao se registarem 1.953, bem como no número de mortos, um total de 27 (mais 28,6%).

A ANSR dá igualmente conta que os desastres dentro das localidades continuam a ser o maior número, correspondendo a quase 80% dos acidentes que ocorreram até junho. No entanto, os desastres fora das localidades registaram a maior subida face ao mesmo período de 2021, 39%, assim como no número de mortos (+107%).

Nos primeiros seis meses do ano, as vias com mais acidentes foram os arruamentos (63,8% do total), estradas nacionais (EN) e autoestradas (AE), tendo ocorrido “aumentos significativos” de vítimas mortais e feridos graves nas EN, AE e itinerários complementares (IC).

“O índice de gravidade (vítimas mortais/100 acidentes) acentuou-se especialmente nos itinerários complementares (+117,1%) e itinerários principais (+53,3%), em contraste com a redução nas estradas regionais (-58,8%). Considerando a evolução da sinistralidade mais grave em termos alargados (vítimas mortais+feridos graves), salientam-se os agravamentos mais significativos nos itinerários principais, itinerários complementares e nas autoestradas”, sublinha a ANSR.

De acordo com o documento, a maioria das vítimas mortais no primeiro semestre eram condutores, seguido de passageiros e peões e, em relação a período homólogo de 2021, foram entre os passageiros que se registou uma maior subida de mortos e feridos graves.

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 72,1% do total, com um aumento de 26,0% relativamente ao período homólogo de 2021, tendo-se verificado subidas nos veículos pesados (+21,9%) e motos (+21,4%).

Os acidentes aumentaram em todos os distritos no primeiro semestre face a 2021, sendo a subida mais acentuadamente em Portalegre (+52,9%) e Guarda (+40,4%).

As vítimas mortais aumentaram em 16 distritos, nomeadamente em Leiria (+9) e os feridos graves aumentaram em 14 dos 18 distritos do Continente, em especial no Porto (+54) e em Santarém e Setúbal (+32 em cada).

A ANSR indica ainda que, entre janeiro e junho, 51,7% do número de vítimas mortais se registou na rede rodoviária sob a responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (44,4%), Brisa (5,3%) e Ascendi (1,9%).

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NACIONAL

BOMBAS AUTOMÁTICAS DE INSULINA DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS NOS PRÓXIMOS DIAS

As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

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As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

“Esperamos que nos próximos dias a situação esteja estabilizada e que já seja possível fazer essa encomenda através das farmácias”, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.

Em 21 de janeiro, foi publicada a portaria que criou o regime excecional de comparticipação dos dispositivos médicos de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) e dos respetivos consumíveis, permitindo que possam ser adquiridos nas farmácias comunitárias, uma medida que era reivindicada pelas associações representativas dos diabéticos.

A portaria do Ministério da Saúde, que entra em vigor na sexta-feira, justificou a medida com a necessidade de “melhorar o desempenho do processo atual” com o objetivo de garantir a disponibilização das bombas automáticas de insulina a um maior número de utentes e com maior celeridade.

Até agora essas bombas eram disponibilizadas através dos centros de tratamento.

“Neste momento, estamos a preparar o processo, que é algo complexo, uma vez que implica atribuir códigos informáticos a cada uma das bombas e a cada um dos consumidores das bombas”, adiantou Ema Paulino.

Além disso, está a ser adaptada a cadeia logística, ou seja, estão a ser “criadas as pontes” entre a indústria, os distribuidores farmacêuticos e as próprias farmácias, referiu a presidente da ANF, ao adiantar que também “é preciso assegurar o sistema de prescrição”.

“Os códigos que estão a ser criados para as bombas e para os consumíveis também vão ser os códigos que vão ser utilizados pelos médicos prescritores para poderem passar as receitas”, explicou.

“A informação que tenho é que não demorará mais de uma a duas semanas para todo o sistema estar estabilizado”, estimou a presidente da ANF, ao salientar que está também a ser preparada formação adicional para as equipas das farmácias no sentido de prestarem esclarecimentos aos utentes sobre os dispositivos.

A prescrição destes dispositivos só poderá ser realizada por especialistas em medicina interna, endocrinologia e pediatria, desde que devidamente autorizados e identificados pelos centros de tratamento, reconhecidos pela Direção-Geral da Saúde no âmbito da consulta onde o utente é acompanhado.

Segundo a portaria, os dispositivos médicos abrangidos por este regime excecional são comparticipados a 100% pelo Estado no seu preço, quando destinados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dispensados em farmácia de oficina.

O programa integrado de tratamento das pessoas com diabetes tipo 1 pretende garantir a disponibilização destes dispositivos a todos os potenciais beneficiários com desenvolvimento progressivo até 2026.

Segundo a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que tem exigido a disponibilização das bombas nas farmácias, a sua utilização pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

A APDP estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.

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PRODUÇÃO DE AZEITE EM PORTUGAL PODERÁ SUBIR 15% EM 2025

A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

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A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

Em declarações à agência Lusa, Susana Sassetti, diretora executiva da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, indicou que esta estimativa é feita com base na produção dos associados da organização.

Os olivicultores e lagares da Olivum, salientou, produziram, “no ano passado, à volta das 105 mil toneladas” de azeite e a produção apurada na campanha deste ano “foi de 120 mil toneladas”, correspondendo a um aumento de cerca de 15%.

“De acordo com a percentagem que representávamos na produção do ano passado, que era mais ou menos de 70%, prevemos que a campanha nacional deste ano ande à volta das 170 mil toneladas”, adiantou a responsável.

Segundo a diretora executiva da Olivum, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a produção nacional de azeite na campanha de 2024 tinha atingido as 150 mil toneladas.

“Esta percentagem [da representação da produção dos associados da Olivum em termos nacionais] pode não corresponder à realidade”, pois “muitos novos olivais foram plantados e entraram em produção”, advertiu.

Questionada pela Lusa sobre se o aumento da quantidade produzida em Portugal pode fazer descer o custo do azeite, Susana Sassetti esclareceu que “o preço não depende da produção nacional”, sendo “definido por Espanha, o maior produtor a nível mundial”.

“Se Portugal anda à volta das 150 mil ou das 200 mil toneladas, em Espanha há anos que chega a 1,4 milhões de toneladas”, comparou, lembrando que as campanhas mais recentes no país vizinho tiveram produções mais baixas, devido à seca, fazendo disparar os preços.

Assinalando que, este ano, “Espanha volta a ter a produção que normalmente costuma ter”, a diretora executiva da Olivum observou que o preço tem vindo a baixar, mas “não voltará ao nível em que estava há quatro ou cinco anos”.

Quanto à campanha deste ano, Susana Sassetti realçou que “a produção de azeitona foi maior do que a do ano passado”, mas, “em termos do rendimento em azeite, ou seja, a transformação da azeitona em azeite, acabou por ser igual à do ano passado, por causa das condições climatéricas”.

“Foi uma campanha que começou mais cedo do que normalmente costuma começar e originou bons azeites”, apesar de, na parte final, ter havido “alguma chuva e calor ao mesmo tempo, o que não é bom e favorece o surgimento de doenças ou pragas nos olivais”, acrescentou.

Com sede em Beja, a Olivum é uma associação de olivicultores e lagares e foi constituída em 2013 para dar respostas a novas questões da cultura do olival, incluindo a necessidade da defesa e representatividade do setor, na altura quase inexistente.

Esta associação representa mais de 50 mil hectares de olival, 20 lagares e cerca de 70% da produção nacional de azeite.

Portugal é o sexto maior produtor olivícola mundial e o quarto europeu.

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