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FC PORTO RENEGOCEIA A DÍVIDA E ENCAIXA 115 MILHÕES EM OBRIGAÇÕES

A SAD do FC Porto colocou 115 milhões de euros (ME) em obrigações no mercado dos Estados Unidos (EUA), com vencimento a 25 anos e uma taxa de cupão anual de 5,62%, anunciou esta quinta-feira a entidade.

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A SAD do FC Porto colocou 115 milhões de euros (ME) em obrigações no mercado dos Estados Unidos (EUA), com vencimento a 25 anos e uma taxa de cupão anual de 5,62%, anunciou esta quinta-feira a entidade.

A operação foi concretizada através da sua subsidiária Dragon Notes, e feita através de uma colocação privada junto de investidores institucionais, de acordo com a informação prestada pelos ‘azuis e brancos’ à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Esta é uma operação da qual nos orgulhamos muito, é um passo histórico para o FC Porto“, destacou o presidente André Villas-Boas no sítio de internet dos ‘dragões’, acrescentando que a mesma é essencial para o clube “crescer a nível operacional, comercial e desportivo” e para “lidar com o dia a dia de outra forma”.

As obrigações vão pagar durante os primeiros três anos um juro anual em novembro de cada ano, e, de novembro de 2028 a novembro de 2049, vão ser reembolsadas por prestações constantes (capital e juros), o que representa uma maturidade média ponderada de 16,5 anos.

“É uma operação com a qual estamos muito satisfeitos. Foram sete largos meses de negociações com a banca internacional e é importante para nós termos a nossa credibilidade reconhecida enquanto clube, mas também enquanto administração”, vincou André Villas-Boas.

O FC Porto congratulou-se com a elevada procura registada nesta emissão, que rondou os 170 milhões de euros, bem como com a “elevada qualidade” dos investidores institucionais que participaram na operação, como resultado da qualidade de crédito da Dragon Notes, evidenciada pela notação de ‘investment grade’ (grau de investimento) atribuída pela agência de rating DBRS (rating de crédito de longo prazo de ‘BBB Low’), em resultado de um modelo de negócio “resiliente e com perspetivas de crescimento” por parte da Porto Stadco.

A Dragon Notes é a subsidiária que detém a totalidade da participação do FC Porto na Porto Stadco, correspondente a 70% dos direitos económicos dessa sociedade, e as obrigações Dragon Notes serão garantidas em primeira linha pelos dividendos a pagar pela Porto Stadco à Dragon Notes, sendo que o eventual excesso, após serviço da dívida, será distribuído para o FC Porto após cumprimento de determinadas condições.

“Nesta operação não foram atribuídas aos obrigacionistas garantias reais, nomeadamente a hipoteca sobre o Estádio do Dragão ou passes de jogadores“, salientaram os ‘azuis e brancos’, revelando que “a operação Dragon Notes destina-se a refinanciar o passivo existente e a financiar a atividade global do FC Porto” e que representa “um passo decisivo na concretização da estratégia de financiamento” do FC Porto.

Segundo a SAD liderada por Villas-Boas, esta emissão permite a extensão da maturidade média da dívida, e a redução do custo médio da dívida da entidade.

“Esta operação foi também alicerçada na renegociação da parceria com a Ithaka concluída em agosto pelo atual Conselho de Administração para, entre outros aspetos, prever a possibilidade de o FC Porto poder emitir dívida com base nos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco que continuará a deter”, sublinhou a sociedade portista.

Nesta transação, o banco norte-americano J.P. Morgan atuou como agente colocador das obrigações e a Key Capital Partners como ‘advisor’ (consultor) financeiro do FC Porto, e a Clifford Chance e a PLMJ atuaram como assessores legais.

Os custos totais destas entidades, assim como da agência de rating, representam 0,26% por ano do valor total da emissão, especificou a SAD dos ‘dragões’.

“Esta operação vai permitir, sobretudo, a sustentabilidade do clube, não só a longo prazo, mas também a curto e médio prazo, nomeadamente para fazer face aos encargos financeiros que tem e para baixar o custo da dívida”, assinalou Villas-Boas.

E rematou: “Em realidade, é uma dívida contraída para pagar dívida, mas que nos permite em linha com os próximos 25 anos crescer a nível operacional, comercial e desportivo, sobretudo”.

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PRIMEIRA LIGA: AVES VENCEU O GALO DE BARCELOS E SOBE AO 11º LUGAR (VÍDEO)

Um golo de John Mercado permitiu hoje ao AVS vencer o Gil Vicente por 1-0, no jogo que encerrou a 19.ª jornada da I Liga de futebol, permitindo ao AVS abandonar a zona da descida.

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Um golo de John Mercado permitiu hoje ao AVS vencer o Gil Vicente por 1-0, no jogo que encerrou a 19.ª jornada da I Liga de futebol, permitindo ao AVS abandonar a zona da descida.

O golo do avançado equatoriano surgiu aos 55 minutos, permitindo aos avenses voltar aos triunfos 14 jogos depois, frente a um Gil Vicente que viu interrompido um ciclo de seis jogos sem perder.

Com este triunfo, o AVS somou o 18.º ponto, subindo ao 15.º lugar e saindo da zona de descida, enquanto a equipa de Barcelos fecha a ronda no 11.º lugar, com 22.

Fonte: Vídeo Sport TV

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FUTEBOL: ÁRBITROS DESTACAM “MELHORIA” DA ARBITRAGEM PORTUGUESA

Os árbitros internacionais de futebol João Pinheiro, Tiago Martins, Sara Alves e Catarina Santos, que receberam hoje as insígnias FIFA, foram unânimes a realçar a melhoria da arbitragem portuguesa, em termos de quantidade e qualidade.

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Os árbitros internacionais de futebol João Pinheiro, Tiago Martins, Sara Alves e Catarina Santos, que receberam hoje as insígnias FIFA, foram unânimes a realçar a melhoria da arbitragem portuguesa, em termos de quantidade e qualidade.

“Mais do que falarmos, os dados mostram que somos o terceiro país do mundo com mais árbitros internacionais, e o segundo da Europa, e isso mostra bem que a arbitragem portuguesa está boa e recomenda-se. Não é infalível, não é perfeita, mas acho que estamos num caminho muito bom”, lançou aos jornalistas João Pinheiro.

O árbitro falava no final da cerimónia de entrega de insígnias FIFA na Cidade do Futebol, em Oeiras, na qual marcaram presença 46 dos 49 árbitros de futebol, futebol de praia e futsal contemplados com a distinção.

Portugal vai ter 55 vagas para árbitros internacionais em 2025, o que constitui um novo recorde de insígnias da FIFA, depois do máximo de 39 que havia sido alcançado em 2024. As 55 vagas foram preenchidas por 49 árbitros, uma vez que alguns deles fazem a dupla função de campo e vídeoarbitragem.

“Tivemos um grande crescimento [no número] de árbitros nos últimos oito anos, já crescemos cerca de 100%, dobrámos o número de árbitos”, vincou o árbitro Tiago Martins, em referência à passagem de 3.710 árbitros em 2016 para os atuais 5.521, dados que tinham sido avançados no evento pelo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), José Fontelas Gomes, e relativos aos dois mandatos que leva à frente do organismo.

Tiago Martins, especialista também em videoarbitragem (VAR), defendeu a utilidade da ferramenta ao serviço do futebol: “O videoárbitro é uma ferramenta fundamental para o árbitro, para ajudar na verdade. Sem ele, iriam ser cometidos bastantes erros. Temos corrigido bastantes erros. Aquilo que nós temos de trabalhar cada vez mais é na uniformidade dos critérios, de forma a que todos consigam ter os mesmos critérios e isso irá ajudar bastante na compreensão das pessoas”.

Por seu turno, a árbitra Sara Alves salientou o grande desenvolvimento do setor no quadro feminino, acompanhando o crescimento do futebol feminino, mostrando-se feliz por obter as insígnias FIFA e elogiando as condições proporcionadas pela federação.

“Sinceramente, ainda estou sem palavras. Para mim é uma grande honra apresentar Portugal, e, em particular, a arbitragem feminina, no âmbito internacional. É gratificante, porque na altura em que eu comecei éramos pouquíssimas árbitras. E tenho a certeza absoluta que a visibilidade e a aposta que a federação fez também na seleção nacional [feminina] contribuíram muito para estes números”, dise Sara Alves.

Já a árbitra Catarina Santos vincou que é “fascinante” fazer parte de uma cerimónia que reuniu quase 50 árbitros na Cidade do Futebol, em Oeiras, elogiando igualmente o percurso feito ao nível da arbitragem feminina a par do desenvolvimento do futebol feminino.

“A evolução que tem tido o futebol feminino nos últimos anos tem tido também um reflexo incontestável ao nível da arbitragem, porque temos cada vez melhores condições de trabalho”, rematou Catarina Santos.

Entre as várias declarações dadas à comunicação social, nota para a ‘confissão’ de João Pinheiro de que ambiciona chegar aos palcos da Liga dos Campeões e do Campeonato do Mundo, a convicção de Tiago Martins que o VAR veio para ficar no futebol português, e a esperança de Sara Alves de que em breve jogos da I Liga sejam apitados por árbitras.

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