REGIÕES
GONDOMAR: ENCONTRADOS EXPLOSIVOS NA RETIRADA DE RESÍDUOS DE SÃO PEDRO DA COVA
Os gastos na remoção de resíduos sólidos perigosos depositados em São Pedro da Cova, Gondomar, sobem 2,3 milhões de euros para 14 milhões, após uma paragem nos trabalhos determinada pela descoberta de artefactos explosivos na massa de detritos.
Os gastos na remoção de resíduos sólidos perigosos depositados em São Pedro da Cova, Gondomar, sobem 2,3 milhões de euros para 14 milhões, após uma paragem nos trabalhos determinada pela descoberta de artefactos explosivos na massa de detritos.
A autorização para reforço de verbas afectas à remoção dos resíduos é dada em resolução do Conselho de Ministros de 18 de novembro publicada esta segunda-feira Diário da República, na qual se determina igualmente a reprogramação plurianual do investimento, em calendarização de despesa que aponta para a aplicação de uma parte significativa do bolo global (4,3 milhões de euros) ainda em 2021.
Vários engenhos explosivos foram descobertos nas escombreiras de São Pedro da Cova, na Área Metropolitana do Porto, onde também estão depositados os resíduos perigosos em fase de remoção, “o que exigiu a intervenção da Brigada de Minas e Armadilhas da GNR, bem como o rastreamento de novos explosivos pelas forças militares do Exército português“, sublinha o texto da resolução.
Este facto, acrescenta, “determinou a necessidade — ditada por questões de segurança dos trabalhadores e dos equipamentos — de, por diversas vezes, se suspender temporariamente os trabalhos”, condicionando o cumprimento dos prazos de remoção e afetando a “execução financeira, com o escalonamento previsto”.
Ao referir-se à resolução do Conselho de Ministros de 18 de novembro, agora publicada, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, desvalorizou-a e classificou-a como “uma formalidade” que acautelaria que, se alguma coisa transitasse para 2022, há cabimento financeiro para a mesma.
Partilhou então a sua expectativa de que a remoção fique concluída “até final do ano” de 2021.
Nas suas contas, falta remover 1,5% dos materiais depositados nas escombreiras.
A remoção destes resíduos começou em outubro de 2014, mais de 10 anos depois do depósito, numa primeira fase que terminou em maio do ano seguinte, com a retirada de 105.600 toneladas.
Para dar seguimento à operação, o Estado alocou a esta empreitada 12 milhões de euros do Fundo Ambiental.
O concurso registou sete candidatos e em abril de 2018 foi anunciado que a remoção terminaria em 2019, mas o processo foi adiado devido a uma impugnação judicial que só conheceu um desfecho em 15 de novembro de 2019.
Em meados de maio foi tornado público que o Governo iria disponibilizar um adicional superior a dois milhões de euros para prolongar a remoção depois de ter sido detetada a existência de mais 28 mil toneladas.
Ao longo dos anos, esta situação motivou perguntas e requerimentos de partidos políticos, bem como iniciativas locais como vigílias, concentrações e protestos, e o envio ao primeiro-ministro, António Costa, de milhares de postais com a frase “Remoção total dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova já“, acompanhada de imagens a simbolizar sinais de perigo.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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