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GOVERNO DEFENDE QUE REGULAÇÃO DO TELETRABALHO DEVE AVANÇAR RAPIDAMENTE

O secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, defendeu hoje a necessidade de “avançar rapidamente” com a regulação do teletrabalho com vista a maximizar as suas oportunidades e a minimizar os riscos.

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O secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, defendeu hoje a necessidade de “avançar rapidamente” com a regulação do teletrabalho com vista a maximizar as suas oportunidades e a minimizar os riscos.

O governante falava no final de um painel da conferência de alto nível sobre o futuro do trabalho, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, sobre “Trabalho remoto: uma visão geral das tendências, oportunidades, desafios e riscos”.

Miguel Cabrita sublinhou a importância de encontrar “equilíbrio” entre oportunidades e riscos do teletrabalho, defendendo a necessidade “de avançar rapidamente para a regulação” deste modelo que “já não é novo”, mas que foi disseminado, embora de forma assimétrica entre países, pela pandemia de covid-19.

“Temos de enfrentar o desafio do trabalho remoto no quadro do futuro do trabalho, maximizar o seu potencial mas minimizar os seus riscos e isto são desafios que interpelam todos, os decisores políticos, mas também os parceiros sociais, a academia e as pessoas”, disse Miguel Cabrita que foi moderador do painel sobre o tema.

A chefe da Unidade de Emprego do Eurofound, Irene Mandl, afirmou que o teletrabalho não é um modelo recente, mas tornou-se “o novo normal” durante a pandemia, defendendo também a necessidade da sua regulamentação, já que “alguma parte do trabalho deverá continuar a decorrer desta forma” após a crise.

Entre as vantagens do teletrabalho, a responsável do Eurofound destacou a “maior inclusão” de trabalhadores, o aumento da flexibilidade e autonomia e o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.

Por outro lado, realçou que há riscos como a exclusão de determinados grupos ou o aumento do controlo dos trabalhadores, maior stress e tempo de trabalho ilimitado.

Já a presidente do Comité do Emprego, Ilze Zvidrina, salientou que a crise pandémica realçou “alguns dos pontos fracos já existentes” do trabalho remoto e defendeu que é preciso “encontrar o equilíbrio correto”, tendo em conta tanto a criação como a destruição do emprego, e envidar esforços para lidar com a segmentação do mercado de trabalho.

“Algumas profissões podem recorrer ao trabalho remoto, outras nem tanto”, frisou Ilze Zvidrina.

O diretor da Direção de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OCDE, Stefano Scarpetta, referiu que a pandemia provocou “uma crise social grande ao nível do emprego” e que “muitas pessoas tiveram de evoluir para outro tipo de regimes laborais”.

A pandemia veio mostrar que “há muitos trabalhos que podem ser feitos a partir de casa” e também que as empresas “tinham trabalhadores com capacidades” para tal, disse Stefano Scarpetta, considerando ser “provável que haverá uma série de pessoas a trabalhar a partir de casa ou em situações híbridas” após a crise.

Stefano Scarpetta destacou que o teletrabalho tem benefícios, como o aumento da produtividade, mas por outro lado acarreta dificuldades e há que ter em conta que a sua utilização “foi bastante desigual” nomeadamente em termos de qualificações onde há “uma grande discrepância”.

Além disso, o trabalho à distância “pode contribuir para um tempo de trabalho alargado e pode levar a stress digital”, alertou.

Já os coordenadores do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho em Portugal, Teresa Coelho Moreira e Guilherme Dray, disseram que em 2014 apenas 0,05% da população ativa em Portugal estava em teletrabalho contra 12,3% atualmente.

“Após a pandemia tudo mudou” e há agora “novas oportunidades e novos riscos, razão pela qual é preciso adotar politicas públicas” que garantam liberdade de escolha para gerir a maior flexibilidade e, por outro, a defesa e proteção do teletrabalhador, disse Guilherme Dray.

Teresa Coelho Moreira realçou que há também riscos associados a uma “falta de vigilância” dos algoritmos relacionados com o acesso da entidade empregadora a dados confidenciais, por exemplo.

Por sua vez, a diretora Geral Adjunta de Política da OIT, Martha Newton, defendeu que, apesar dos riscos, “se o trabalho remoto for voluntário, tem potencial para ser benéfico tanto para empresas como para trabalhadores”.

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NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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