REGIÕES
GUARDA: CONFERÊNCIA ABORDA NOVA DIRETIVAS SOBRE A CIBERSEGURANÇA
Um estudo sobre o impacto em Portugal da nova diretiva europeia que implica um grande investimento na segurança informática vai ser apresentado no Instituto Politécnico da Guarda, em maio, na 5.ª Conferência Internacional de Cibersegurança.
Um estudo sobre o impacto em Portugal da nova diretiva europeia que implica um grande investimento na segurança informática vai ser apresentado no Instituto Politécnico da Guarda, em maio, na 5.ª Conferência Internacional de Cibersegurança.
A iniciativa realiza-se em 08 e 09 de maio e deverá contar com representantes das multinacionais do setor que irão partilhar as medidas que estão a ser tomadas para se prepararem contra o cibercrime, anunciou em comunicado enviado à agência Lusa o Instituto Politécnico da Guarda (IPG).
Na iniciativa, que conta com a participação de entidades espanholas e portuguesas, será apresentado o primeiro estudo de impacto em Portugal da nova diretiva europeia de cibersegurança, a NIS 2.
O estudo incide sobre a diretiva que entra em vigor a 17 de outubro e que, de acordo com a organização da conferência, vai obrigar as empresas e um grande número de serviços públicos nacionais a realizar grandes investimentos e a colocar a segurança informática no topo das agendas dos seus presidentes e administradores.
O trabalho será apresentado pela jurista especializada em Tecnologia e Meios Digitais e em proteção de dados, Joana Mota Agostinho, que considera que a cibersegurança vai ser a grande questão estratégica da gestão de topo pública e privada nos próximos anos.
A especialista defende que a nova diretiva vai criar uma cultura de cibersegurança europeia.
“Quem não levar este desafio a sério vai, não só ficar exposto a todo o tipo de ataques, mas também a um quadro sancionatório muito pesado”, afirma Joana Mota Agostinho, advogada do escritório Cuatrecasas.
A NIS2 sucede à NIS (network and information systems), a diretiva com que a União Europeia condensou em 2020 a sua estratégia para a cibersegurança e que passa a ter um âmbito de aplicação alargado.
Passam a estar abrangidas entidades que prestem serviços no setor bancário, mercado financeiro, fornecedores e infraestruturas digitais, gestão de serviços TIC, saúde, serviços postais, energia, transportes, espaço, indústria transformadora, certos tipos de produção e de distribuição e também a administração pública.
Este tema será também abordado por José Capote, diretor de Estratégia de Redes da Huawei em Espanha, que irá partilhar a visão de um fabricante mundial sobre os impactos da diretiva NIS2 nas boas práticas na área da segurança.
Outro dos assuntos em destaque será a inteligência artificial.
“Face à relevância e avanços da inteligência artificial, esta 5.ª edição da Conferência Internacional irá proporcionar aos seus participantes a possibilidade de explorar novas ferramentas muito inovadoras e realizar exercícios de cibersegurança”, afirma Pedro Pinto, responsável pela área de Cibersegurança do IPG e um dos coordenadores da conferência.
Haverá ainda intervenções sobre a ascensão da computação quântica, o ecossistema da aviação e o seu impacto nos níveis de segurança e uma mesa-redonda sobre as ameaças e os contributos que as gigantes tecnológicas poderão dar na luta contra o cibercrime.
O presidente do IPG, Joaquim Brigas, assinala que a iniciativa “vai ser o primeiro debate nacional sobre esta questão estratégica para a União Europeia e para Portugal e o maior evento de cibersegurança do interior do país”.
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ALTO MINHO: EMPRESÁRIOS CONGRATULAM-SE COM FIM DE PORTAGENS NA A28
A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.
A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.
A proposta do PS, aprovada na quinta-feira, pretende acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
A proposta foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.
A proposta aprovada, na quinta-feira, na generalidade – que de acordo com os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros – entrará em vigor em 1 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.
Esta sexta-feira, em comunicado, a CEVAL, que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo que empregam mais de 19.000 trabalhadores, sublinha que a decisão “cumpre um velho anseio de transformar o Alto Minho mais competitivo”.
“Fez-se justiça para com o Alto Minho, pois sempre nos mostrámos contra a existência de pórtico junto à zona industrial do Neiva, em Viana do Castelo. Sempre quisemos a eliminação do pórtico para nunca empurrar o problema para o concelho vizinho de Esposende e, depois de tanta luta, finalmente houve uma aprovação que, assim que se concretizar, virá impulsionar o desenvolvimento reforçando a competitividade deste território”, defende o presidente da CEVAL, Luís Ceia, citado na nota.
Segundo a CEVAL, “o Alto Minho perdeu capacidade competitiva com a introdução de portagens nesta ex-SCUT (vias sem custo para o utilizador), em 2011, que obrigou as empresas e empresários a reinventarem-se em busca de soluções para fazer face às dificuldades”.
“Os constrangimentos causados pela existência do pórtico do Neiva sempre foram muitos, condicionando a mobilidade de quem diariamente precisa circular na A28 e, obrigando as empresas a maiores despesas de deslocação, uma vez que esta é uma via de comunicação essencial para Viana do Castelo, sem que existam outras vias capazes de facilitar as deslocações rodoviárias”.
A CEVAL espera que “a medida possa ser aplicada o quanto antes para que seja reposta a justiça que este território merece”.
Desde a implementação da cobrança de portagens, a luta pela sua eliminação tem mobilizado movimentos cívicos e partidos políticos, e resultou, em 2021, por proposta do PSD, na aplicação de um desconto de 50% no valor da taxa.
Em fevereiro de 2020, uma recomendação do BE ao Governo para a abolição do pagamento de portagens na Autoestrada 28 (A28), entre Viana do Castelo e o Porto, foi chumbada no parlamento, com os votos contra do PS.
PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberam abstiveram-se, enquanto BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram a favor.
A eliminação ou relocalização do pórtico de Neiva da A28, outra batalha de empresários, autarquias e partidos políticos, ganhou forma de recomendação ao Governo, também em 2021, após a aprovação de um projeto de resolução do PSD.
Já antes, em 2017, a petição “Pela eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque”, promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), falhou o objetivo.
Situado junto à zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, aquele pórtico tem sido considerado um entrave à atividade empresarial do distrito.
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MARCO DE CANAVESES: AUTARQUIA VAI CONSTRUIR 30 CASAS DE RENDA ACESSÍVEL
Marco de Canaveses vai construir 30 apartamentos de renda acessível, em Rio de Galinhas, casas que se vão juntar às 61 já em construção na sede do concelho, no âmbito da Estratégia Local de Habitação, segundo o município.
Marco de Canaveses vai construir 30 apartamentos de renda acessível, em Rio de Galinhas, casas que se vão juntar às 61 já em construção na sede do concelho, no âmbito da Estratégia Local de Habitação, segundo o município.
O novo complexo habitacional em Rio de Galinhas, para habitação acessível, contará com 24 apartamentos de tipologia T2 e seis T4.
Segundo informa o município do distrito do Porto, o prazo de construção é de um ano e três meses e o preço base para a empreitada está estimado em 2,3 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Nos próximos meses, vamos construir 130 novas habitações e reabilitar 104 já existentes, ou seja, vamos ficar com mais do dobro da habitação pública acessível”, destacou a presidente da Câmara, Cristina Vieira, indicando que serão beneficiadas cerca de 240 famílias.
Segundo a autarquia de Marco de Canaveses, a Estratégia Local de Habitação prevê no concelho um investimento próximo dos 16 milhões de euros, com financiamento garantido a 100%, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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