INTERNACIONAL
GUTERRES: ONU VAI TENTAR CESSAR-FOGO HUMANITÁRIO ENTRE MOSCOVO E KIEV
A ONU vai procurar estabelecer um “cessar-fogo humanitário” entre a Rússia e a Ucrânia, anunciou, esta segunda-feira, o secretário-geral da organização, António Guterres, preparando-se para enviar a Kiev e a Moscovo o seu adjunto para Assuntos Humanitários.
A ONU vai procurar estabelecer um “cessar-fogo humanitário” entre a Rússia e a Ucrânia, anunciou, esta segunda-feira, o secretário-geral da organização, António Guterres, preparando-se para enviar a Kiev e a Moscovo o seu adjunto para Assuntos Humanitários.
Numa declaração à imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres anunciou que pediu “a Martin Griffiths que explorasse imediatamente com as partes envolvidas no conflito a possibilidade de acordos para um cessar-fogo humanitário na Ucrânia”.
Questionado pelos jornalistas sobre detalhes da tarefa confiada ao subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Guterres disse que o seu adjunto regressa de Cabul, onde está atualmente, e “espera poder ir a Moscovo e a Kiev o mais rápido possível”.
“Desde o início da invasão russa, há um mês, a guerra levou à perda sem sentido de milhares de vidas, ao deslocamento de 10 milhões de pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, e à destruição sistemática de infraestruturas essenciais” na Ucrânia, denunciou Guterres.
“Isto tem de parar”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas.
Na passada quinta-feira, a Assembleia-Geral da ONU aprovou, por esmagadora maioria de 140 votos, uma nova resolução “histórica” mas não vinculativa que “exige” que a Rússia pare “imediatamente” a sua “agressão” contra a Ucrânia.
As autoridades ucranianas insistiram, segunda-feira, na preocupação especial com o agravamento da situação na cidade portuária sitiada de Mariupol, onde pelo menos 5.000 pessoas terão já morrido segundo Kiev, na véspera de novas conversações entre negociadores russos e ucranianos, em Istambul.
INTERNACIONAL
GUERRA: RÚSSIA NEGA ACUSAÇÕES DE ATAQUES INFORMÁTICOS À ALEMANHA
A Rússia considerou hoje “infundadas” as acusações do Governo alemão de que um grupo de piratas informáticos russos, controlado por Moscovo, teria levado a cabo uma recente campanha de ciberataques na Alemanha.
A Rússia considerou hoje “infundadas” as acusações do Governo alemão de que um grupo de piratas informáticos russos, controlado por Moscovo, teria levado a cabo uma recente campanha de ciberataques na Alemanha.
“[A Rússia] rejeita as acusações de envolvimento de estruturas estatais russas no caso em questão, e as atividades do grupo APT 28 em geral, como não provadas e infundadas”, publicou o encarregado de negócios da embaixada russa em Berlim na rede social Telegram.
O Governo alemão convocou hoje o encarregado de negócios da embaixada da Rússia em Berlim depois de ter acusado os serviços secretos russos de um ataque informático.
“É um sinal diplomático claro convocar o encarregado de negócios para deixar claro ao Governo russo que não aceitamos estas ações”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência francesa AFP.
O alegado ataque ocorreu em 2023, e visou membros do Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, o principal partido da coligação governamental, segundo as autoridades alemãs.
Também a República Checa acusou hoje Moscovo de visar frequentemente Praga com ataques informáticos orquestrados por um grupo com ligações aos serviços secretos militares russos.
“Certas instituições checas foram alvo de ciberataques que exploraram uma vulnerabilidade desconhecida do Microsoft Outlook a partir de 2023”, declarou o ministério em comunicado.
De visita à Austrália, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, afirmou horas antes que a Rússia terá de enfrentar consequências devido ao ataque informático.
“Os piratas informáticos russos atacaram a Alemanha no ciberespaço”, afirmou a ministra durante uma conferência de imprensa em Adelaide, no centro-sul da Austrália.
Baerbock atribuiu o ataque ao grupo APT28, que disse ser “dirigido pelos serviços secretos militares da Rússia”.
“Isto é absolutamente intolerável e inaceitável e terá consequências”, afirmou, sem especificar.
As relações entre os dois países europeus já eram tensas antes das acusações de hoje, por a Alemanha estar a prestar apoio militar à Ucrânia na guerra com a Rússia.
Baerbock está a visitar a Austrália, a Nova Zelândia e as Ilhas Fiji, com a agenda centrada na política de segurança, numa altura em que a China está a tentar exercer influência na região do Pacífico.
O grupo APT28, também conhecido como Fancy Bear, é acusado de ser responsável por dezenas de ciberataques em todo o mundo.
Em fevereiro, o Ministério do Interior alemão anunciou que as forças de segurança realizaram uma operação contra o APT28, numa iniciativa liderada pela agência de segurança dos Estados Unidos, o FBI.
O grupo de piratas informáticos terá instalado ‘malware’ (‘software’ destrutivo) em centenas de postos de acesso à Internet (‘routers’) em escritórios e residências particulares, criando uma rede que terá sido usada como plataforma global de ciberespionagem.
De acordo com o FBI, os alvos das atividades de espionagem eram governos, militares, agências de segurança e empresas dos Estados Unidos e de outros países.
O APT28 está ativo a nível global desde pelo menos 2004 e o Ministério do Interior alemão considera-o um dos grupos criminosos informáticos mais perigosos do mundo.
INTERNACIONAL
ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA NA UNIÃO EUROPEIA SUBIU PARA 81,5 ANOS
A esperança de vida à nascença na União Europeia (UE) era de 81,5 anos em 2023, uma subida de 0,9 anos face a 2022 e de 0,2 na comparação com 2019, segundo dados preliminares do Eurostat.
A esperança de vida à nascença na União Europeia (UE) era de 81,5 anos em 2023, uma subida de 0,9 anos face a 2022 e de 0,2 na comparação com 2019, segundo dados preliminares do Eurostat.
O serviço estatístico europeu destaca ainda que a esperança de vida à nascença era, em 2023, superior à média da UE em 15 Estados-membros, com destaque para Espanha (84,0), Itália (83,8) e Malta (83,6) e incluindo Portugal (82,4 anos, a 8.ª maior na UE).
No outro extremo da tabela, com a mais baixa esperança de vida, situam-se a Bulgária (75,8 anos), a Letónia (75,9) e a Roménia (76,6). Comparando com 2019, antes da pandemia de covid-19, 18 Estados-membros registaram subidas na esperança de vida, dois mantiveram-se estáveis e seis viram o indicador recuar em 2023.
Os maiores aumentos face a 2019 foram observados na Roménia (1,0 anos), Lituânia (0,8 anos), Bulgária, Luxemburgo, Malta e República Checa (0,7 anos cada). Por outro lado, a Áustria e a Finlândia viram a esperança de vida à nascença recuar (-0,4 anos cada), seguidas da Estónia e Países Baixos (-0,2 anos cada), Alemanha e Croácia (0,1 anos cada).
Em Portugal, o indicador cresceu, em 2023 face a 2019, 0,5 anos, para os 82,4 anos.
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