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HÁBITOS ‘ONLINE’ CAUSAM ANSIEDADE NOS JOVENS – PAIS NÃO RECONHECEM

Quase metade dos adolescentes portugueses admitem sofrer de ansiedade devido aos seus hábitos ‘online’, mas apenas 17% dos pais o reconhecem, revela hoje uma análise da revista Deco Proteste.

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Quase metade dos adolescentes portugueses admitem sofrer de ansiedade devido aos seus hábitos ‘online’, mas apenas 17% dos pais o reconhecem, revela hoje uma análise da revista Deco Proteste.

“Há uma discrepância muito grande entre aquilo que são os sintomas que os jovens sentem pela sua atividade” e as “respostas dos progenitores”, realçou à Lusa Marta Mesquita, porta-voz da revista da associação de consumidores.

A Deco Proteste enviou um questionário ‘online’ a mais de 1.400 pessoas entre maio e julho de 2022, obtendo 937 respostas válidas relativamente ao universo dos pais.

“Nós enviámos dois questionários. O inquérito para os adolescentes enviámos em setembro e outubro de 2022. Tivemos uma validação de 487 respostas”, disse Marta Mesquita.

Segundo a porta-voz da Deco Proteste, o teste foi também desenvolvido na Bélgica, Itália e Espanha.

“Quando questionados, 65% dos adolescentes reconhecem sofrer, pelo menos, de um problema causado, parcialmente, pelos hábitos ‘online'”, sustenta o estudo.

Além da disparidade verificada na ansiedade, 34% dos jovens também já reconheceu mudanças de humor, contudo só 18% dos pais as identificaram.

“Globalmente, os pais atribuem 8,4 pontos em 10, à saúde mental dos descendentes, mas estes ficam-se pelos 6,8 pontos”, sublinha.

No estudo, a Deco Proteste explica que, na saúde física e na qualidade de vida, a diferença é menor, apontando que “as raparigas aparentam viver piores condições, nas dimensões referidas, do que os rapazes”.

Também sustenta que a grande maioria dos jovens acede à Internet através do telemóvel, “um em quatro não tem computador para qualquer atividade ‘online’ e 11% nem possuem um dispositivo partilhado”.

“No tempo que os jovens despendem mergulhados no mundo virtual, não existem grandes diferenças entre a visão dos pais e a dos filhos: de ambos os lados, estimam a mesma duração de segunda a sexta e aos fins de semana: em média, respetivamente, 02:47 e 03:40 [horas]”, refere.

Em relação ao tempo passado ‘online’ e àquele que é gasto nos estudos, a diferença é de apenas de 10%.

“A Internet é a fachada conhecida para outros exercícios que não escolares. Embora haja uma margem de crédito da parte dos pais, a diferença é superior a 10% entre o tempo que pensam que os filhos consagram aos estudos e aquele que realmente passam a fazê-lo: 88% contra 75%, respetivamente”, indica.

“Se os rapazes usam a internet sobretudo para jogar em grupo, as raparigas preferem-na para fazer compras. Os jovens também visitam mais ‘sites’ para adultos”, frisa.

De acordo com a análise, a maioria dos adolescentes usa cerca de quatro redes sociais, mas a “consciência desse número só atinge cerca de um terço dos pais, contra mais de metade dos jovens”.

“O que se julga conhecer sobre as redes visitadas é dissemelhante em 30%, no caso, por exemplo, da Discord. Com a mesma percentagem de “desafinação”, a presença no Facebook é sobrevalorizada pelos pais, uma vez que os jovens, na realidade, migraram para outras redes. A média diária de permanência nas redes sociais supera as duas horas para 61% dos adolescentes”, anota.

Relativamente a mensagens eróticas via telemóvel — sexting, abreviação de sex e texting –, 48% dos progenitores “pais afirmam ter abordado o assunto, enquanto só 27% dos adolescentes confirmaram essa conversa”.

“Face ao tempo passado online, e que, de acordo com 40% dos adolescentes, aumentou durante a pandemia, não admirará a exposição a tais perigos”, sublinha.

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ESTUDO REVELA QUE HÁ MAIS PESSOAS SEM DENTES E PIORES HÁBITOS DE HIGIENE ORAL

Mais pessoas sem dinheiro para ir ao dentista, com maior perda de dentes e piores hábitos de higiene oral são as conclusões do Barómetro da Saúde Oral 2024 divulgado hoje pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).

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Mais pessoas sem dinheiro para ir ao dentista, com maior perda de dentes e piores hábitos de higiene oral são as conclusões do Barómetro da Saúde Oral 2024 divulgado hoje pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).

“Dos cerca de um milhão de pessoas que nunca vão ou vão menos de uma vez por ano ao médico dentista, há 300 mil (30%) que apontam a falta de dinheiro como justificação para não realizarem qualquer consulta de medicina dentária”, uma percentagem que se agravou 5,6 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2023.

A OMD refere que, apesar de não ser possível estabelecer uma relação direta, “a verdade é que 98,2% dos inquiridos consideram importante e/ou muito importante o acesso à saúde oral através do Serviço Nacional de Saúde” e 96,3% defendem que o Estado deveria comparticipar os tratamentos dentários, tal como faz com os medicamentos.

Analisando a frequência das consultas de medicina dentária, o estudo conclui que 65,4% dos 1.102 inquiridos, com 15 ou mais anos, o fazem pelo menos uma vez por ano, mais 1 p.p. face a 2023.

Contudo, a percentagem de pessoas que nunca marcou uma consulta para ‘check-up’ aumentou 3,6 p.p. para 27,4%.

Os dados também mostram um agravamento de 6,8 p.p. de pessoas com pelo menos um dente em falta, passando de 58,9% em 2023 para 65,7% em 2024, assim como da população com seis ou mais dentes em falta, que subiu de 22,8% para 28%.

Os dados indicam que são as mulheres quem tem mais falta de dentes, com apenas 31,7% com dentição completa, contra 36,8% nos homens.

Dos dois terços da população com pelo menos um dente em falta, 57,1% não tem nada a substituir, mais 7,2 p.p.

Quando o indicador em análise passa a ser a falta de seis ou mais dentes, considerado o número de referência que afeta a qualidade da mastigação e da saúde oral, também são as mulheres que apresentam os valores mais elevado: 31,4% face aos 23,4 dos homens.

Segundo o barómetro, os hábitos de higiene oral da população também pioraram, com 74,4% dos inquiridos a afirmar que escovam os dentes com frequência (pelo menos duas vezes por dia), menos 4,4 p.p.

O relatório de 2024 também revela que apenas 2,5% dos inquiridos vai a uma consulta através do SNS ou cheque dentista (+0,5 p.p.). Os restantes fazem-no por via particular ou pelo seguro.

Quanto a menores de seis anos que nunca foram ao médico dentista, a percentagem voltou a diminuir pelo terceiro ano consecutivo. Em 2021 era 73,4%, em 2022 baixou para 65,2%, número que se agravou em 2023 (53,5%) e em 2024 (49,6%).

Comentando os resultados do estudo, o bastonário da OMD, Miguel Pavão, afirma que “envergonham o país e refletem a ausência de investimento na saúde oral”.

“Os portugueses continuam à espera que o Governo apresente o Programa Nacional de Saúde Oral, que seria conhecido até ao final de 2024”, salienta o bastonário, citado num comunicado da OMD.

Miguel Pavão sustenta que “enquanto a Organização Mundial da Saúde dá passos importantes no reconhecimento do impacto da saúde oral na saúde geral e desafia os países a trabalharem para garantir o acesso universal a estes cuidados, o reforço do direito à saúde oral em Portugal continua estagnado”.

“Não podemos nunca dissociar os índices de saúde oral do facto de quase 20% da população estar na pobreza. Uma população sem recursos e mecanismos de acesso a condições de saúde oral enfrenta mais desigualdades sociais, maior absentismo e mais problemas sociais e de autoestima”, alerta.

Para o bastonário, é urgente ter um programa prioritário para a saúde oral, que promova a complementaridade entre os setores público, privado e social e que envolva os ministérios da Saúde, da Segurança Social e da Juventude, pelo papel que podem desempenhar na prevenção da saúde em todas as fases da vida e na intervenção junto dos grupos de risco.

“É fulcral investir, ter um orçamento para a saúde oral que permita executar e não apenas planear”, salienta.

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COMO A MINHA EMPRESA PODE OBTER A CERTIFICAÇÃO ISO 14001?

Neste artigo, vamos explorar o que é a certificação ISO 14001, os passos para a obter e os benefícios que pode trazer para a sua empresa.

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A certificação ISO 14001 tornou-se essencial para as empresas que pretendem destacar-se no mercado, melhorar a sua reputação e promover práticas sustentáveis. Para as empresas portuguesas – especialmente em setores com impacto ambiental – como a construção, a indústria e a manufatura, a ISO 14001 é um passo estratégico para a sustentabilidade e conformidade com os regulamentos ambientais.

Neste artigo, vamos explorar o que é a certificação ISO 14001, os passos para a obter e os benefícios que pode trazer para a sua empresa.

O que é a certificação ISO 14001 e qual a sua importância?

A ISO 14001 é uma norma internacional que estabelece diretrizes para a criação e implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas organizações. Faz parte do conjunto de normas ISO 14000 para a gestão ambiental e é utilizada por todo o mundo, incluindo em Portugal.

Esta certificação ajuda as empresas a descobrir e regular o seu impacto ambiental, a promover a sustentabilidade e a reduzir os custos operacionais. Uma empresa certificada demonstra um compromisso não só com enquadramento legal, mas também com a melhoria contínua dos hábitos ecológicos.

Esta medida ajuda a reforçar a imagem de uma empresa no mercado, como tal, muitas (em Portugal e no mundo) pretendem concorrer à certificação ISO 14001 como uma medida de “green marketing”.

Passo a passo: Como obter a certificação ISO 14001

Planeamento e avaliação inicial

O primeiro passo para obter a certificação ISO 14001 é uma análise dos processos e do impacto ambiental da sua empresa.
Isto inclui a identificação de atividades, produtos e serviços que possam ter impacto negativo no ambiente, como o consumo de água, energia, emissões de gases e produção de resíduos.

  • Efetuar uma análise ambiental inicial: compreender o estado atual dos seus processos ecológicos. Uma auditoria inicial ajudará a identificar os pontos fortes, os pontos fracos e as áreas a melhorar.
  • Definir objetivos e metas ambientais: com base na análise inicial, a empresa deve definir objetivos de sustentabilidade, como a redução do consumo de recursos, o aumento da eficiência energética e a redução da produção de resíduos.
  • Envolver a equipa: a certificação ISO 14001 requer o envolvimento de todos os níveis da empresa, desde a direção até aos funcionários. Cada membro deve estar ciente dos objetivos e compromissos ambientais da organização.

Implementar o sistema de gestão ambiental

A fase seguinte é a implementação das mudanças necessárias para estabelecer o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) conforme os requisitos da norma ISO 14001. Neste caso, é essencial seguir o ciclo PDCA (Planear, Fazer, Verificar, Agir), um modelo de gestão que permite um processo de melhoria contínua.

  • Planear ações e desenvolver políticas ambientais: elaborar políticas e procedimentos para ajudar a empresa a atingir os seus objetivos ambientais. Estas políticas devem ser comunicadas a toda a equipa.
  • Educar e formar a equipa: Certifique-se de que todos os empregados compreendem os novos procedimentos e a sua importância para o cumprimento dos objetivos ambientais. Ofereça formação para que todos estejam preparados para implementar o SGA.
  • Documentar e registar: A norma ISO 14001 exige a documentação de processos e práticas ambientais pormenorizados. Registe dados sobre o consumo de energia, a produção de resíduos, a utilização de água e outras atividades relevantes. Estes registos servirão de base para uma avaliação contínua e ajudarão a demonstrar a conformidade da empresa.

Auditorias e certificação

Uma vez implementado o SGA, a empresa deve submeter-se a uma auditoria interna para verificar se cumpre os requisitos da norma ISO 14001 e se os processos foram corretamente integrados nas operações diárias da organização. Esta fase é essencial para identificar as áreas que precisam de ser ajustadas antes da auditoria externa.

  • Auditoria interna: realização de uma auditoria para identificar deficiências ou oportunidades de melhoria. As auditorias internas ajudam a empresa a preparar-se para a avaliação oficial e a identificar pontos que podem ser corrigidos antecipadamente.
  • Escolher um organismo de certificação: Em Portugal, existem várias entidades certificadoras reconhecidas para a realização de auditorias de certificação ISO 14001, tais como a SGS Portugal, a Bureau Veritas e a APCER. Escolha um organismo de certificação de confiança e com experiência em empresas do seu sector.
  • Auditoria externa e certificação: O organismo de certificação efetuará uma auditoria externa e, se a empresa cumprir todos os requisitos, ser-lhe-á concedida a certificação ISO 14001. Este processo pode incluir visitas presenciais, análise de documentos e entrevistas com o pessoal para garantir que o sistema de gestão ambiental está totalmente conforme as normas.

5 vantagens da certificação ISO 14001

A certificação ISO 14001 oferece várias vantagens que vão para além do cumprimento da legislação. Como:

  • Competitiva: A certificação é um fator de diferenciação no mercado e reforça a reputação da empresa junto dos clientes, parceiros e investidores. As empresas certificadas tendem a ser preferidas por consumidores conscientes e grandes clientes que exigem elevados padrões ambientais.
  • Redução de custos operacionais: ao adotar práticas mais eficientes, como a utilização racional de recursos e a redução de resíduos, a empresa pode reduzir os custos associados ao consumo de energia, água e tratamento de resíduos.
  • Conformidade legal e prevenção de sanções: A ISO 14001 ajuda a empresa a manter-se conforme a legislação ambiental aplicável, evitando multas e sanções que possam advir do não cumprimento da regulamentação.
  • Cultura de sustentabilidade: A certificação promove uma cultura interna de responsabilidade ecológica, aumentando o envolvimento e a consciencialização dos funcionários para o ambiente.
  • Melhoria contínua: A norma ISO 14001 baseia-se no ciclo de melhoria constante, o que significa que a empresa estará sempre a procurar otimizar processos e reduzir impactos ambientais, adaptando-se a novos requisitos e oportunidades.

Conclusão

A certificação ISO 14001 é um investimento estratégico para empresas portuguesas que pretendem alinhar-se com práticas ambientais responsáveis e responder às exigências de um mercado cada vez mais focado na sustentabilidade.

Seguindo os passos acima, a sua empresa estará no bom caminho para obter a certificação e os benefícios que vem com ela, reduzindo custos e reforçando o seu compromisso com o ambiente, e, consequentemente, a sua imagem.

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