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LISBOA: CHEGA CONTRA REFUGIADOS QUE NÃO SEJAM ‘VERDADEIROS UCRANIANOS’

O Chega na Assembleia Municipal de Lisboa manifestou-se, esta terça-feira, contra o acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia que não sejam “verdadeiros ucranianos”, posição que a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves, definiu como “racista”.

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O Chega na Assembleia Municipal de Lisboa manifestou-se, esta terça-feira, contra o acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia que não sejam “verdadeiros ucranianos”, posição que a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves, definiu como “racista”.

“Para o Chega, uma coisa é receber todos os refugiados de guerra que vêm da Ucrânia, outra coisa é receber — e é isso que somos completamente contra — gente que vem do Bangladesh, do Nepal, de uma série de outros países que nada têm que ver com esta guerra […] vêm da Ucrânia, mas nós não temos que os atender, não temos que os atender, são de outros países, não são ucranianos”, declarou o deputado municipal do Chega Bruno Mascarenhas.

Em resposta, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), afirmou a visão de uma cidade multicultural: “Sobre isso não há dúvidas, nem pode haver, em relação ao meu posicionamento e àquilo que deve ser uma cidade aberta”.

Momentos antes, no âmbito da prestação de contas à Assembleia Municipal do trabalho enquanto presidente do executivo camarário, Carlos Moedas destacou o apoio aos refugiados da Ucrânia, indicando que foi já possível “ajudar mais de 2.000 pessoas”.

Sobre as declarações do deputado do Chega, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), considerou “lamentável que se dê voz a uma voz que exprime racismo” na casa da democracia da cidade de Lisboa, neste caso a assembleia municipal.

“Senhor deputado, a sua voz foi uma voz racista e é absolutamente intolerável. Vou-lhe dizer o número de pessoas que o senhor deixaria de fora como sendo pessoas de condição infra-humana, à porta da cidade, à porta do país, numa cave do mundo que imagine que possa existir: 53 pessoas do Bangladesh, 93 pessoas do Nepal, 345 pessoas da Índia, 107 pessoas do Paquistão, 199 pessoas da Bielorrússia. Se quiser faça as contas e diga-me o que é que faz a estas pessoas, porque olhando à sua cor de pele e olhando à sua cultura de origem, o senhor não as aceita, mas estas pessoas residiam todas na Ucrânia, são tão refugiadas como as pessoas ucranianas e amanhã pode acontecer isto consigo”, expôs Laurinda Alves, posição que teve um forte aplauso por parte da grande maioria dos deputados.

Em defesa da honra, Bruno Mascarenhas voltou a intervir e disse: “A senhora vereadora confunde racismo com defesa dos contribuintes, aquilo que nós estamos aqui a falar é o seguinte: nós não temos recursos para todos”.

“Isto não tem nada que ver com cor de pele. Tem que ver com nós temos aqui muitos portugueses, muitos lisboetas que vivem situações muitíssimo complicadas, portanto como a câmara não é rica e não pode acolher a todos, aquilo que se pretende é que essas pessoas sejam priorizadas, e eu não tenho o mínimo problema de lhe dizer cara a cara que eu prefiro proteger os portugueses a proteger aqueles que vêm de fora, sendo que a nossa exceção é para os verdadeiros ucranianos, não é para migrantes económicos”, apontou o deputado do Chega.

A palavra final foi da vereadora Laurinda Alves: “A nossa opção é para os verdadeiros seres humanos”.

Antes desta discussão, os deputados aprovaram um voto de pesar do MPT pelos civis mortos na estação ferroviária de Kramatorsk, na Ucrânia, que teve a abstenção do PCP e os votos a favor dos restantes.

Neste âmbito, o PCP também apresentou um voto de pesar pelas vítimas na estação de Kramatorsk e da guerra na Ucrânia, que foi aprovado com os votos contra de PSD, PAN, MPT, Aliança e Chega, que consideram “cínica” a posição dos comunistas, a abstenção de CDS-PP e Iniciativa Liberal e os votos a favor de PS, BE, PCP, PEV, PPM, Livre e deputados independentes do Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

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PÓVOA DE VARZIM: LIPOR ABRE NOVO EQUIPAMENTO PARA COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS VERDES

A Lipor, empresa intermunicipal de tratamento de resíduos do Grande Porto, vai inaugurar na segunda-feira, na Póvoa de Varzim, um novo equipamento para a reciclagem de biorresíduos.

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A Lipor, empresa intermunicipal de tratamento de resíduos do Grande Porto, vai inaugurar na segunda-feira, na Póvoa de Varzim, um novo equipamento para a reciclagem de biorresíduos.

A infraestrutura, localizada na freguesia de Laúndos, servirá como um parque de compostagem de resíduos verdes, provenientes da recolha seletiva, que serão transformados numa espécie de adubo que pode ser utilizado como corretivo agrícola.

O equipamento, que representa um investimento de cerca de dois milhões de euros, apoiado por fundos comunitários, insere-se na estratégia de valorização orgânica de biorresíduos, recolhidos seletivamente, e pretende contribuir para o cumprir da meta de preparação para reutilização e reciclagem, que em 2030 terá de atingir 60% do total de resíduos produzidos.

“Este tipo de infraestrutura já existe muito em França e nos Países Baixos, mas será a primeira de algumas que a Lipor pretende construir. Neste momento, a fábrica, em Ermesinde [Valongo], não consegue valorizar estes resíduos verdes, e com este parque estamos a contribuir para a melhoria do ambiente”, explicou Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim.

O autarca e também administrador da Lipor explicou que o parque vai aceitar, por exemplo, resíduos de jardins e outros materiais orgânicos, e que, através de um processo de compostagem, vai transformá-los em adubos que serão distribuídos gratuitamente à população.

“A recolha dos resíduos será feita através dos sacos que já existem para a recolha seletiva na cidade, ou, caso se tratem de profissionais, podem ser depositados no local. Depois de tratados, esses resíduos dão lugar a um adubo que qualquer um pode levantar, gratuitamente, para aplicar nos seus jardins”, explicou Aires Pereira.

O Parque de Compostagem de Resíduos Verdes de Laúndos terá uma capacidade estimada de 8.000 toneladas por ano de resíduos verdes provenientes de recolha seletiva dos municípios da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, prevendo-se a produção de mais de 2.000 tonelada por ano de composto.

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ALTO MINHO: EMPRESÁRIOS CONGRATULAM-SE COM FIM DE PORTAGENS NA A28

A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.

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A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratulou-se esta sexta-feira com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS que prevê a eliminação de portagens na autoestrada A28, entre pórticos de Viana do Castelo e Esposende.

A proposta do PS, aprovada na quinta-feira, pretende acabar com as portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

A proposta foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

A proposta aprovada, na quinta-feira, na generalidade – que de acordo com os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros – entrará em vigor em 1 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.

Esta sexta-feira, em comunicado, a CEVAL, que representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo que empregam mais de 19.000 trabalhadores, sublinha que a decisão “cumpre um velho anseio de transformar o Alto Minho mais competitivo”.

“Fez-se justiça para com o Alto Minho, pois sempre nos mostrámos contra a existência de pórtico junto à zona industrial do Neiva, em Viana do Castelo. Sempre quisemos a eliminação do pórtico para nunca empurrar o problema para o concelho vizinho de Esposende e, depois de tanta luta, finalmente houve uma aprovação que, assim que se concretizar, virá impulsionar o desenvolvimento reforçando a competitividade deste território”, defende o presidente da CEVAL, Luís Ceia, citado na nota.

Segundo a CEVAL, “o Alto Minho perdeu capacidade competitiva com a introdução de portagens nesta ex-SCUT (vias sem custo para o utilizador), em 2011, que obrigou as empresas e empresários a reinventarem-se em busca de soluções para fazer face às dificuldades”.

“Os constrangimentos causados pela existência do pórtico do Neiva sempre foram muitos, condicionando a mobilidade de quem diariamente precisa circular na A28 e, obrigando as empresas a maiores despesas de deslocação, uma vez que esta é uma via de comunicação essencial para Viana do Castelo, sem que existam outras vias capazes de facilitar as deslocações rodoviárias”.

A CEVAL espera que “a medida possa ser aplicada o quanto antes para que seja reposta a justiça que este território merece”.

Desde a implementação da cobrança de portagens, a luta pela sua eliminação tem mobilizado movimentos cívicos e partidos políticos, e resultou, em 2021, por proposta do PSD, na aplicação de um desconto de 50% no valor da taxa.

Em fevereiro de 2020, uma recomendação do BE ao Governo para a abolição do pagamento de portagens na Autoestrada 28 (A28), entre Viana do Castelo e o Porto, foi chumbada no parlamento, com os votos contra do PS.

PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberam abstiveram-se, enquanto BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram a favor.

A eliminação ou relocalização do pórtico de Neiva da A28, outra batalha de empresários, autarquias e partidos políticos, ganhou forma de recomendação ao Governo, também em 2021, após a aprovação de um projeto de resolução do PSD.

Já antes, em 2017, a petição “Pela eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque”, promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), falhou o objetivo.

Situado junto à zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, aquele pórtico tem sido considerado um entrave à atividade empresarial do distrito.

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