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MAIS DE 1.300 CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA PROFISSIONAIS DE SAÚDE ESTE ANO

Mais de 1.300 casos de violência contra os profissionais de saúde foram reportados este ano na plataforma Notifica, da Direção-Geral da Saúde (DGS), um aumento superior a 40% relativamente ao ano passado.

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Mais de 1.300 casos de violência contra os profissionais de saúde foram reportados este ano na plataforma Notifica, da Direção-Geral da Saúde (DGS), um aumento superior a 40% relativamente ao ano passado.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pela DGS, em todo o ano passado foram registados na plataforma 961 episódios de violência contra profissionais de saúde (825 em 2020) e, este ano, até final de outubro, já foram 1.347.

A DGS diz que este acréscimo de notificações se deve, em parte, “ao reforço da formação dos profissionais de saúde”, adiantando que, no primeiro semestre deste ano, mais de 7.000 profissionais de saúde fizeram formação para saber como notificar agressões, o que fazer para autoproteção e como pedir apoio psicológico ou jurídico.

Os dados vão ser apresentados em Lisboa, no seminário “Violência no Setor da Saúde — Da Prevenção à Ação”, uma atividade no âmbito no Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde (PAPVSS), da DGS.

“Quanto mais nós, de facto, ficamos sensibilizados para uma temática, mais também falamos sobre ela”, reconhece Sónia Pinote Bernardes, ponto focal do plano no Centro Hospitalar Lisboa Central, sublinhando: “O profissional de saúde, estando mais alerta, fica menos tolerante para algumas situações”.

A responsável diz que o profissional de saúde, “no alto do seu altruísmo e no seu espírito de missão”, se deixa, muitas vezes, agredir pelo outro “em situações em que há alteração de consciência ou em situações de abuso de substâncias, por exemplo”, mas lembra que os profissionais mais novos já olham para o problema com menos tolerância.

“Creio que os mais novos (…) já estão menos tolerantes para comportamentos agressivos. Há aqui uma diferença geracional entre o profissional de saúde de antigamente e o de agora e isso até se reflete nos conflitos entre colegas”, explicou a responsável, dizendo que, por vezes, uma atitude menos tolerante chega a ser interpretada como “egoísmo ou narcisismo”.

Para dar ferramentas aos profissionais de saúde para lidarem com o problema, têm sido promovidas diversas formações. Nos primeiros seis meses deste ano foram 227 as ações de formação e prevenção de violência realizadas por iniciativa das instituições de saúde e 139 as que ministradas por elementos da PSP/GNR a médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

Sónia Bernardes reconhece a necessidade de “reorganizar os serviços de saúde atuais, tendo em conta as novas necessidades das pessoas”, para ajudar a prevenir situações de conflito.

“Temos doenças diferentes do comportamento, nomeadamente a diabetes, hipertensão e todas as doenças autoimunes, que acabam por estar muito relacionadas com fatores de stress. E, efetivamente há toda uma panóplia de sintomatologia ansiosa a que temos de dar estratégias e recursos às pessoas, nomeadamente literacia”, afirmou.

Para responder a esta realidade, a rede de apoio psicológico a profissionais de saúde vítimas de violência no local de trabalho está presente em 67 instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a rede de apoio jurídico em 56 instituições do SNS.

A maioria das vítimas dos episódios de agressão registados nos primeiros dez meses de 2022 são médicos (32%), 31% são enfermeiros e 29% assistentes técnicos. A violência psicológica (67%) é a que mais se evidencia nos dados dos episódios de violência notificados na Plataforma Notifica entre janeiro e outubro de 2022, seguindo-se o assédio (14%) e violência física (13%).

No primeiro semestre de 2022, das 831 situações de violência reportadas, 75 foram denunciadas criminalmente, 102 profissionais tiveram seguimento em apoio jurídico (esclarecimentos de dúvidas) e 370 profissionais foram encaminhados para apoio psicológico.

Questionada sobre a importância, para os profissionais de saúde, de haver consequências para quem pratica atos agressivos, Sónia Bernardes responde: “Têm de existir consequências. Errar é humano e todos nós podemos errar no momento mais difícil e desafiante das nossas vidas, e reconhecer esse erro. Mas há comportamentos que são intencionais e esses terão que ter consequências”.

Contudo, a responsável defende que “há outros comportamentos que são notificados que têm de ser analisados”.

Segundo dados internacionais, estima-se que, mundialmente, cerca de 50% dos profissionais da saúde sofram pelo menos um episódio de violência física ou psicológica em cada ano.

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25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO

O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.

Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.

O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.

25 DE ABRIL - MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

25 DE ABRIL – MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

 

25 DE ABRIL - MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

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