NACIONAL
MAIS DE DOIS MILHÕES JÁ RECEBERAM AS VACINAS CONTRA A COVID-19 E GRIPE
Mais de dois milhões de utentes já foram vacinados contra a Covid-19 e contra a gripe na atual campanha outono-inverno, dos quais 1,5 milhões receberam as vacinas em simultâneo, anunciaram as autoridades.
Mais de dois milhões de utentes já foram vacinados contra a Covid-19 e contra a gripe na atual campanha outono-inverno, dos quais 1,5 milhões receberam as vacinas em simultâneo, anunciaram as autoridades.
Num comunicado conjunto, a Direção-Geral da Saúde e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) lembram que a campanha outono-inverno de reforço sazonal, que decorre desde 07 de setembro em vários centros de vacinação espalhados pelo país, vai prolongar-se até dezembro.
A prioridade é “proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença grave, a hospitalização e a morte”, refere a nota, sublinhando que o objetivo é vacinar este ano três milhões de pessoas elegíveis.
Na informação divulgada esta quarta-feira, as autoridades reforçam a importância da adesão à vacinação, em particular dos mais vulneráveis, para ficarem “mais protegidos para os próximos meses”.
O reforço da vacina da Covid-19 estabelece como grupos prioritários pessoas com 60 ou mais anos, grávidas com idade igual ou superior a 18 anos e doenças definidas pela Direção-Geral da Saúde, pessoas com 12 ou mais anos com patologias de risco e estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e profissionais de Estabelecimentos Prisionais.
Para os residentes ou profissionais dos lares e da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), assim como para profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, estão indicadas ambas as vacinas (Covid-19 e gripe).
Nas próximas semanas a campanha de reforço sazonal contra a Covid-19 será estendida a maiores de 50 anos, adianta.
A vacinação contra a gripe é também recomendável para quem tem idade igual ou acima dos 65 anos, crianças com seis ou mais meses que apresentem patologias crónicas associadas, doentes crónicos e imunodeprimidos e grávidas.
A modalidade «Casa Aberta» está disponível para o reforço sazonal contra a Covid-19 para pessoas com 70 ou mais anos de idade, permitindo aos utentes deslocarem-se aos locais de vacinação sem marcação. Continua também disponível para grupos profissionais prioritários (com recurso a senhas digitais) e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos. Este regime está também disponível na vacina contra a gripe.
Na semana passada, na reunião de peritos que decorreu no Infarmed, o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 anunciou um aumento de 10% na capacidade vacinal para permitir vacinar as pessoas acima dos 50 anos antes do final do ano.
Carlos Penha Gonçalves disse que a estrutura montada está com uma capacidade de 290 mil vacinas por semana e que o aumento desta capacidade pode ser feito sem alterar o dispositivo atual.
Segundo informou, estão a funcionar 395 pontos de vacinação no país – 322 pontos em estruturas de saúde, 65 pontos em estruturas municipais e oito em estruturas de outras entidades -, sublinhando que “44% da capacidade vacinal está nas estruturas municipais”.
NACIONAL
25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.
O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.
De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.
O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.
Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.
No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.
Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.
Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.
“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.
Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).
A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.
NACIONAL
25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO
O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.
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