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NACIONAL

MÉDICOS PRESSIONAM CRIAÇÃO DE RASTREIO AO CANCRO DO PULMÃO

Oito sociedades médicas e outras instituições da área da saúde juntaram-se num documento com recomendações para pressionar a criação de um rastreio nacional ao cancro do pulmão, a neoplasia que mais mata em Portugal, e que será hoje apresentado.

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Oito sociedades médicas e outras instituições da área da saúde juntaram-se num documento com recomendações para pressionar a criação de um rastreio nacional ao cancro do pulmão, a neoplasia que mais mata em Portugal, e que será hoje apresentado.

O documento, que será apresentado a propósito do Dia Mundial do Pulmão, que hoje se assinala, contou com a participação de peritos de várias áreas relacionadas com o diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão, incluindo pneumologistas, radiologistas, oncologistas, cirurgiões torácicos, especialistas em Saúde Pública e em Medicina Geral e Familiar.

Em declarações à Lusa, o presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), António Morais, sublinhou a importância do diagnóstico precoce, num cancro que tem cerca de 5.000 novos diagnósticos/ ano e provoca 4.500 mortes anuais em Portugal.

O responsável frisou que o combate deve ser feito em duas frentes: rastreios para ter um diagnóstico mais rápido e políticas que apostem na luta contra o tabagismo.

“Este duplo caminho é o que temos [de fazer] para efetivamente diminuir este drama relacionado com o cancro do pulmão”, afirmou.

António Morais lembrou que as tentativas de programas de rastreio com radiografia “nunca mostraram evidência do seu benefício” e explicou que, recentemente, o rastreio com TAC (Tomografia Computorizada) de baixa dose “mostrou um benefício significativo, com deteção precoce de lesões”, o que levou, nalguns casos, a uma diminuição da mortalidade em 20 a 25%.

Num artigo publicado no Pulmonology Journal, os peritos portugueses fazem uma série de recomendações para a concretização de um programa de rastreio de cancro do pulmão em Portugal, que consideram ser “uma necessidade urgente” no país.

A idade (dos 50 aos 75 anos), os hábitos tabágicos (ser fumador ou ter deixado de fumar há menos de 15 anos) e a carga tabágica (mais de 20 maços de tabaco por ano) são os critérios de elegibilidade para o programa de rastreio.

Recomendam que se faça rastreio todos os anos a esta população e defendem que a combinação dos rastreios com a cessação do tabagismo “é crucial para aumentar a adesão à triagem e melhorar a relação custo-eficácia”.

“Ao fazer TAC anualmente consegue-se detetar um número maior de lesões que são passíveis de ser ressecadas cirurgicamente e que têm potencial curativo”, explica António Morais.

No caso dos resultados positivos, os peritos traçam uma série de recomendações de seguimento e tratamento, consoante o grau de risco do tumor detetado, sugerindo que o programa possa avançar com um projeto-piloto.

Questionado sobre como chegar a esta população, admitindo que muitos não têm médico de família, António Morais disse que os centros de saúde, que já hoje informam quem está dentro dos respetivos critérios para os rastreios de outros cancros, podem fazer esse contacto com os utentes.

Referiu que não há muitos países na Europa com rastreios nacionais ao cancro do pulmão, mas apontou os exemplos de alguns que mostram resultados, como a Republica Checa, Polónia e Croácia.

O documento de consenso com as recomendações envolveu especialistas da SPP, da Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear (SPRMN), da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP).

Contou ainda com a colaboração de elementos da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica (SPAP), da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardíaca, Torácica e Vascular (SPCCTV), da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) e da Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica).

O anterior ministro da Saúde, Manuel Pizarro, tinha anunciado o alargamento dos rastreios ao cancro do pulmão, mas o projeto nunca avançou.

A Lusa questionou o Ministério da Saúde sobre esta matéria, mas não obteve resposta.

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NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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