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MONTEMOR-O-NOVO: MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA AJUSTES DIRETOS DA AUTARQUIA

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra abriu inquérito a ajustes diretos do município de Montemor-o-Velho a uma empresa que tem como gerente um vereador da oposição, disse à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra abriu inquérito a ajustes diretos do município de Montemor-o-Velho a uma empresa que tem como gerente um vereador da oposição, disse à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Numa exposição enviada à PGR, o cidadão Fernando Pereira denunciou que aquela câmara do distrito de Coimbra efetuou cinco ajustes diretos, em montante global superior a 110 mil euros, com a empresa “Peróneo – Centro Terapêutico L.da”, cujo gerente é o vereador da oposição Aurélio Rocha (PSD), sem pelouros atribuídos.

As adjudicações respeitam aos anos de 2018, 2019 e 2020 para aquisição de vários serviços nas áreas da segurança, higiene e saúde no trabalho e Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no âmbito da candidatura “Planos Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar”.

Todos os contratos, de acordo com a denúncia de Fernando Pereira, foram assinados pelo sócio-gerente Flávio e Melo e pelo sócio Rui Dias Costa, irmão da mulher do vereador Aurélio Rocha, que também integra o capital social da sociedade.

No entender do denunciante, “existe benefício direto ao vereador Aurélio Rocha” e violação do Regime Jurídico de Incompatibilidades e Impedimentos dos Titulares de Cargos Políticos e Altos Cargos Público.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão (PS), disse desconhecer que o vereador social-democrata Aurélio Rocha fosse gerente da sociedade, “que tem excelentes profissionais e efetua um excelente trabalho”.

“O único interlocutor desta empresa que trabalha com o município desde 2009, ainda antes de eu ser presidente, que eu conheço chama-se Rui Costa”, referiu o autarca, salientando que a Câmara cumpre as regras da contratação.

Emílio Torrão salientou ainda que os processos de contratação são analisados pelos serviços competentes, não sendo uma competência do presidente, que, “mesmo nos ajustes diretos”, manda proceder a consulta preliminar e contactar três empresas.

Contactado pela agência Lusa, Aurélio Rocha confirmou que é gerente da empresa, que completa 25 anos de atividade em 2021 e que há “muitos anos, ainda antes de ser gerente, rubrica contratos com a Câmara de Montemor-o-Velho”.

“Tenho a dizer que é uma empresa de referência no concelho na área da saúde”, frisou o vereador do PSD, acrescentando que o cunhado Rui Dias Costa é o sócio maioritário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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