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PAÍSES NÓRDICOS ACONSELHAM CIDADÃOS A PREPARAREM-SE PARA UMA GUERRA

A Suécia, a Finlândia e a Noruega estão a avisar os respetivos cidadãos para se prepararem para uma potencial guerra, dado o agravamento da situação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, avançou hoje a BBC.

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A Suécia, a Finlândia e a Noruega estão a avisar os respetivos cidadãos para se prepararem para uma potencial guerra, dado o agravamento da situação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, avançou hoje a BBC.

Os três países nórdicos – dois dos quais (Finlândia e Noruega) têm fronteiras terrestres com a Rússia – começaram a preparar as suas populações com conselhos para “se a crise ou a guerra vier”, depois de, neste fim de semana, a Ucrânia ter recebido dos Estados Unidos da América (EUA) autorização para usar mísseis de longo alcance em território russo, referiu a estação pública britânica.

A autorização, dada pelo Presidente Joe Biden depois de meses de hesitação e a cerca de dois meses de deixar a Casa Branca (presidência norte-americana), já obteve reação do Kremlin (presidência russa), que acusou os EUA de estarem a atirar gasolina para a fogueira.

Hoje, milhões de suecos começaram a receber nas caixas de correio uma versão do panfleto “Se a crise ou a guerra vier”, que aconselha a população sobre como se preparar e enfrentar uma guerra.

O panfleto já tinha sido distribuído quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, mas tem agora o dobro do tamanho e dos conselhos.

Também a vizinha Finlândia publicou ‘online’ novos conselhos sobre “preparação para incidentes e crises”, enquanto os noruegueses receberam um panfleto instando-os a estarem preparados para sobreviverem sozinhos durante uma semana em “caso de condições meteorológicas extremas, de guerra ou de outras ameaças”.

Os conteúdos publicados ‘online’ pelas entidades finlandesas incluem uma secção sobre conflitos militares, onde é explicado como é que o Governo e o Presidente responderiam em caso de um ataque armado, sublinhando que as autoridades estão “bem preparadas para a autodefesa”.

Já no verão, a agência de gestão de emergências da Dinamarca tinha anunciado que ia enviar por correio eletrónico aos adultos dinamarqueses detalhes sobre como manter água, alimentos e medicamentos necessários para três dias, em caso de crise.

Após décadas de neutralidade, a Suécia (em março deste ano) e a Finlândia (em abril de 2023) passaram a fazer parte da NATO, tendo decidido candidatarem-se à Aliança Atlântica depois de Moscovo ter avançado para o território ucraniano.

A Noruega foi membro fundador da aliança defensiva ocidental, liderada pelos EUA, cujo tratado fundador inclui o artigo 5.º, que determina que um ataque armado contra um ou vários países do bloco será considerado um ataque a todos.

A lista de preparativos divulgada pela Noruega inclui a sugestão de que sejam comprados e guardados alimentos de longa duração, como latas de feijão, barras energéticas e massas, e também medicamentos, incluindo comprimidos de iodo, em caso de acidente nuclear.

Oslo enviou uma versão anterior da lista em 2018, mas completou-a agora com o argumento de que eventos climáticos mais extremos, como inundações e deslizamentos de terra, trouxeram riscos acrescidos.

Para os suecos, a ideia de um folheto de emergência civil não é novidade. A primeira edição de “If War Comes” foi produzida durante a Segunda Guerra Mundial e foi atualizada durante a Guerra Fria.

No entanto, uma das passagens do texto foi alterada, já que estava associada à época em que o país ainda era neutro: “Se a Suécia for atacada por outro país, nunca desistiremos. Todas as informações no sentido de que a resistência deve cessar são falsas”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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TRUMP AMEAÇA RÚSSIA COM MAIS SANÇÕES SE NÃO HOUVER ACORDO DE PAZ NA UCRÂNIA

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu hoje que, se Moscovo não chegar de imediato a acordo com a Ucrânia, o seu Governo irá impor elevadas tarifas e sanções a tudo o que for importado da Rússia.

“Este é o tempo de tentar um acordo”, escreveu Trump na plataforma Social Truth, assegurando que essa será sempre uma solução de último recurso.

“Não estou a tentar prejudicar a Rússia. Adoro o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o Presidente Putin”, explicou o Presidente norte-americano, aproveitando para pressionar a posição do líder russo, Vladimir Putin, sobre o conflito na Ucrânia.

“Se não chegarmos a um acordo em breve, não terei outra escolha senão impor elevados níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer produto que a Rússia venda aos Estados Unidos, bem como a outros países participantes”, ameaçou Trump.

Apesar de Trump não ter especificado que países podem ser sancionados, a China, o Irão e a Coreia do Norte — que já estão sujeitos a restrições comerciais por parte dos EUA — são os que mais têm apoiado a Rússia, com remessas de equipamento militar ou apoio diplomático em organizações internacionais.

O Presidente dos EUA também apelou diretamente a Putin, dizendo que o fim da guerra beneficiaria a Rússia, dado o estado atual da sua economia.

Apesar da ameaça de tarifas contra a Rússia, o comércio entre os dois países já tinha sido severamente limitado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Na sequência da invasão russa da Ucrânia, os Estados Unidos impuseram inúmeras sanções contra a Rússia, incluindo restrições ao setor petrolífero e aos principais bancos russos, com o objetivo de isolar Moscovo do sistema financeiro internacional baseado no dólar.

De acordo com os mais recentes dados disponibilizados pelas autoridades norte-americanas, o comércio de bens e serviços entre os Estados Unidos e a Rússia em 2022 atingiu um total estimado de 20 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros).

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, embora nunca tenha detalhado como o faria.

Contudo, Keith Kellogg, o enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, reduziu recentemente as expectativas, numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, falando num período de 100 dias para negociar a paz.

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