REGIÕES
PONTE DE SOR: FÁBRICA DE AERONAVES VAI CRIAR 1200 POSTOS DE TRABALHO
O Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Portalegre) vai acolher a produção da primeira aeronave ligeira integralmente feita em Portugal, cujo primeiro protótipo deverá estar concluído em 2023, disse esta quarta-feira fonte do município à agência Lusa.
O Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Portalegre) vai acolher a produção da primeira aeronave ligeira integralmente feita em Portugal, cujo primeiro protótipo deverá estar concluído em 2023, disse esta quarta-feira fonte do município à agência Lusa.
“A parte da industrialização da aeronave será em Ponte de Sor, devido às condições do aeródromo”, disse o presidente do município, Hugo Hilário, após o encerramento do primeiro dia da cimeira aeronáutica “Portugal Air Summit”, que decorre até sexta-feira naquela cidade alentejana.
A fábrica que vai ser construida no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor está integrada no Programa ATL-100, o primeiro programa aeronáutico completo de Portugal e que envolve o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto e a empresa brasileira DESAER, fundada por antigos quadros da construtora aeronáutica Embraer, também do Brasil.
O autarca explicou que este projeto vai criar 1.200 postos de trabalho, que serão repartidos pelo centro de engenharia que este programa está a desenvolver no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, e também numa outra área em Beja.
“Este projeto vai criar 1.200 postos de trabalho, não todos em Ponte de Sor. O centro de engenharia vai ser em Évora, prevê-se também alguma atividade em Beja no âmbito deste triangulo aeronáutico Ponte de Sor, Évora e Beja, mas desses postos de trabalho, aquilo que eu penso, é que a maior parte vai ser em Ponte de Sor, mas não vou quantificar”, disse.
O projeto luso-brasileiro que vai desenvolver, fabricar e operar uma aeronave ligeira integralmente feita em Portugal, a partir do Alentejo, foi apresentado no dia 25 de setembro em Évora, tendo sido anunciado que a previsão para a comercialização do primeiro avião seria “no final de 2025 ou início de 2026”.
O Programa ATL-100, o primeiro programa aeronáutico completo de Portugal, “prevê quatro protótipos” da nova aeronave ligeira que vai ser construída, sendo que a “planificação prevê que o ‘roll-out’ do primeiro aconteça no final de 2023”, disse na altura aos jornalistas Miguel Braga, diretor do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto. O projeto foi apresentado no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, onde o CEiiA tem escritórios e onde vai ser feita a fase de desenvolvimento da aeronave.
O programa, que prevê o envolvimento de “mais de 30 empresas e universidades nacionais e internacionais, nomeadamente ligadas aos programas como o MIT”, envolve um investimento global estimado na ordem dos “164 milhões de dólares”, ou seja, à volta de 140 milhões de euros, afirmou o diretor do CEiiA.
Este investimento, “como já está a ter nesta fase inicial”, conta com financiamento de fundos comunitários, nomeadamente através do programa operacional regional Alentejo 2020, “mas a grande fatia” do montante “vai ser assegurada pela DESAER e pelo CEiiA e, numa segunda linha, por investidores”, sobretudo internacionais.
“Os 20 milhões de euros que temos neste momento é para a fase de desenvolvimento que vai acontecer” em Évora, onde o objetivo passa por “ter 50 engenheiros a trabalhar em permanência e dedicados em exclusivo ao desenvolvimento do programa até ao final do ano”, adiantou Miguel Braga.
A ATL-100 é uma aeronave “de transporte leve, para operar em pistas com condições não muito exigentes, com um alcance de 1.600 quilómetros”, e que poderá “transportar até 19 passageiros”, mas que “em duas horas pode ser transformada”, passando para carga ou vice-versa, sendo “uma alternativa para zonas menos desenvolvidas do ponto de vista de infraestruturas, em África ou na América do Sul”.
REGIÕES
LISBOA: ASSEMBLEIA MUNICIPAL VENDE TERRENOS PARA HABITAÇÃO ACESSÍVEL
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira a alienação pela câmara de um terreno em Benfica à junta de freguesia, por 1,8 milhões de euros, para construir habitação acessível, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira a alienação pela câmara de um terreno em Benfica à junta de freguesia, por 1,8 milhões de euros, para construir habitação acessível, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A proposta foi aprovada com os votos contra de Iniciativa Liberal (IL) e Chega, a abstenção de PEV, PCP e PAN, e os votos a favor de BE, Livre, uma deputada do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PS, PSD, MPT, PPM, Aliança e CDS-PP.
Subscrita pelo presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), a proposta prevê a alienação de uma parcela de terreno municipal, com a área total de 2.677 metros quadrados (m2), na Estrada do Calhariz de Benfica, pelo valor de 1.800.500 euros, à Junta de Freguesia de Benfica, presidida por Ricardo Marques (PS).
Em causa está a construção de 50 fogos de habitação acessível naquele terreno, projeto apresentado pela Junta de Freguesia de Benfica, que apresentou candidatura ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para acesso a financiamento do PRR.
Contra a proposta, a deputada da IL Angélique da Teresa alertou para a “enorme impreparação” desta iniciativa, considerando que poder ser encarada como uma delegação de competências na área da habitação, “uma delegação de confusão”, que poderá gerar problemas futuros quanto à gestão do património.
Bruno Mascarenhas, do Chega, defendeu que “a promoção imobiliária não deve competir a uma junta de freguesia, a promoção imobiliária deve-se dar oportunidade aos privados de a favor”, criticando “este entendimento entre o PS e o PSD”.
No mandato 2021-2025, existem 13 grupos municipais que integram este órgão deliberativo da cidade de Lisboa: PS (27 deputados), PSD (17), CDS-PP (sete), PCP (cinco), BE (quatro), IL (três), Chega (três), PEV (dois), PAN (um), Livre (um), PPM (um), MPT (um) e Aliança (um), e dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), num total de 75 eleitos.
No âmbito da câmara, a proposta foi aprovada em 27 de março, com a abstenção do PCP e os votos a favor dos restantes, nomeadamente da liderança PSD/CDS-PP, PS, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pelo PS/Livre), Livre e BE.
O executivo da Câmara de Lisboa é composto por 17 membros, dos quais sete eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.
REGIÕES
MOGADOURO: PROTOLO COM CENTRO HÍPICO PARA ATIVIDADES EQUESTRES
O município de Mogadouro e a Associação Centro Hípico assinaram um protocolo de colaboração para o fomento das várias atividades equestres, contando com 30 alunos inscritos, neste concelho, foi hoje divulgado.
O município de Mogadouro e a Associação Centro Hípico assinaram um protocolo de colaboração para o fomento das várias atividades equestres, contando com 30 alunos inscritos, neste concelho, foi hoje divulgado.
Este Centro Hípico, certificado pela Federação Equestre Portuguesa, é o primeiro da região do Planalto Mirandês e vai funcionar no Espaço de Promoção e Valorização das Associações e Raças Autóctones (EPVARA) com capacidade para 500 pessoas sentadas, numa arena com cerca 1.618 metros quadrados de área útil.
A vereadora do município de Mogadouro, Márcia Barros, disse à Lusa que o espaço exterior do EPVARA foi cedido à Associação Centro Hípico de Mogadouro, um edificado já existente e cuja atividade era diminuta e que poderá passar a abarcar a hipoterapia, além do ensino da equitação, em diferentes formatos.
“O município de Mogadouro, através do associativismo, apoia esta iniciativa de forma a promover uma modalidade desportiva que, pela sua arte e contacto com o cavalo – animal cuja nobreza é inquestionável, potencia a formação equilibrada do indivíduo e alarga ainda mais o leque de opções a nível de atividades culturais e desportivas”, indicou a autarca.
João Moreira, membro da Associação Centro Hípico de Mogadouro, avançou que a ideia de criar um centro hípico nesta vila transmontana surgiu no ano de 2018 aquando da fundação da associação.
“Com a inauguração do EPVARA em outubro de 2023, surgiu um espaço onde o Centro Hípico poderia tornar-se uma realidade. A associação propôs um protocolo de parceria com o município que foi imediatamente bem recebido e encarado com todo o entusiasmo”, descreveu o também cavaleiro.
O Centro Hípico de Mogadouro encontra-se federado na Federação Equestre Portuguesa.
No plano de atividades estão incluídas aulas de equitação, já há cerca de 30 alunos inscritos, passeios a cavalo e de charrete, galas e participação em diversas iniciativas equestres.
Para já os cavalos são transportados para o local nos dias das atividades, prometendo a autarquia de Mogadouro a instalação de alojamentos para os cavalos para que possam permanecer no local, onde se encontra instalado o Centro Equestre.
O município de Mogadouro investiu 1,3 milhões de euros no EPVARA destinado à promoção das raças autóctones destinadas às atividades ligadas à agropecuária e mercados de gado, e agora ganha novas competências.
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