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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

PROJETO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE RELAÇÃO ENTRE DOENÇA DE PARKINSON E DIABETES PREMIADO

Um projeto de investigação de cientistas portugueses sobre a possibilidade de impedir o desenvolvimento da doença de Parkinson atuando sobre a enzima degradadora da insulina foi hoje distinguido com o Prémio Nacional de Diabetologia.

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Um projeto de investigação de cientistas portugueses sobre a possibilidade de impedir o desenvolvimento da doença de Parkinson atuando sobre a enzima degradadora da insulina foi hoje distinguido com o Prémio Nacional de Diabetologia.

Os investigadores da faculdade de medicina da Universidade Nova de Lisboa (Nova Medical School) pretendem determinar a relação entre a doença degenerativa e a enzima degradadora da insulina, importante na manutenção do metabolismo, mas que tem menores níveis nos diabéticos, e foram distinguidos com o prémio no valor de 20 mil euros durante uma cerimónia comemorativa dos 100 anos da descoberta da insulina, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Diabetologia.

Estudos recentes verificaram que os doentes com diabetes tipo 2 apresentam um risco aumentado até 380% de vir a desenvolver a doença de Parkinson e que os doentes que têm diabetes e Parkinson desenvolvem um quadro sintomatológico de doença de Parkinson mais severo e com maior rapidez de progressão.

Segundo os investigadores da Nova Medical School, o objetivo é investigar se é possível evitar a agregação de proteínas no cérebro e a morte de neurónios, impedindo o desenvolvimento da doença de Parkinson, ao atuar sobre a enzima degradadora da insulina, que, podendo ser medida no sangue, poderá também permitir identificar os doentes com diabetes tipo 2 que estão em maior risco de desenvolver a doença de Parkinson.

Em declarações à agência Lusa, o investigador Hugo Vicente Miranda considerou esta investigação “muito importante” porque ainda existe “algum desconhecimento de que a diabetes, embora tenha tratamentos que conseguem melhorar a vida e salvar a vida”, desenvolve outro tipo de doenças, algumas do foro do cérebro, como a doença de Alzheimer e de Parkinson.

“Estou a tentar relacionar de que forma é que as pessoas que têm diabetes vêm a desenvolver a doença de Parkinson” para tentar preveni-la, afirmou o investigador principal no Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Nova Medical School.

“O que este estudo vai tentar perceber é se compensarmos a perda desta enzima degradadora de insulina, conseguimos prevenir que esta proteína tóxica em Parkinson comece a agregar-se e comece a ser tóxica e a matar neurónios”, explicou.

O financiamento agora atribuído pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia vai permitir dar “alguns passos essenciais” para perceber se este “é um mecanismo em que vale mesmo a pena apostar”.

“Se estes estudos genéticos [feitos em modelos animais] disserem que o aumento da enzima degradadora de insulina protege do desenvolvimento da doença, estamos num passo muito mais à frente para desenvolver estratégias farmacológicas que consigam ir ao cérebro e consigam aumentar no cérebro esta enzima”, adiantou.

A confirmar-se será não só uma hipótese de tratamento para prevenir que os doentes com ‘diabetes mellitus’ tipo 2 venham a desenvolver Parkinson, mas também uma possível terapia para os doentes de Parkinson.

“Portanto, tem estas duas valências de prevenir o desenvolvimento da doença e de tratar a doença”, disse Hugo Vicente Miranda, observando que só 2% a 5% dos casos de doença de Parkinson são genéticos.

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CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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IDENTIFICADAS CÉLULAS-CHAVE PARA PREVENIR A ATEROSCLEROSE NO SÍNDROME DA PROGÉRIA

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

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Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados esta segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e participaram no estudo cientistas do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) do Instituto de Saúde Carlos III, do Centro de Investigação em Rede de Doenças Cardiovasculares, do Centro de Investigação Biológica Margarita Salas do Conselho Superior de Investigação Científica, da Universidade de Oviedo (todos em Espanha) e da Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

Embora os pacientes com este síndrome normalmente não apresentem os fatores de risco cardiovasculares típicos (hipercolesterolemia, obesidade ou tabagismo), a sua principal causa de morte são as complicações da aterosclerose, como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca.

Atualmente não há cura para a progéria, observou o CNIC, e enfatizou a urgência do desenvolvimento de novas terapias que previnam a aterosclerose e outras alterações vasculares associadas à doença para aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o CNIC, em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

Para responder a esta questão, o laboratório do investigador Vicente Andrés (CNIC) gerou ratos com esta síndrome e os investigadores apontaram as células musculares lisas vasculares como um possível alvo terapêutico para combater a aterosclerose prematura na progéria.

No novo trabalho publicado pela PNAS e utilizando os mesmos tipos de ratos, os investigadores estudaram se a aterosclerose associada a esta síndrome pode ser evitada suprimindo a progerina e restaurando a “lâmina A” nas células “endoteliais” ou em células musculares lisas vasculares.

Os cientistas descobriram assim que a eliminação da progerina nas células endoteliais não trazia nenhum benefício, mas trazia quando era eliminada nas células musculares lisas vasculares.

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