REGIÕES
SAMORA CORREIA: ARQUIDIOCESE AFASTA PADRE POR ESCONDER ALEGADOS ABUSOS
A Arquidiocese de Évora revelou que abriu uma investigação e afastou um padre da paróquia de Samora Correia, no concelho de Benavente (Santarém), acusado de esconder alegados abusos sexuais a dois menores cometidos por um “colaborador leigo”.

A Arquidiocese de Évora revelou que abriu uma investigação e afastou um padre da paróquia de Samora Correia, no concelho de Benavente (Santarém), acusado de esconder alegados abusos sexuais a dois menores cometidos por um “colaborador leigo”.
Em comunicado, publicado na sua página de Internet e consultado hoje pela agência Lusa, a arquidiocese disse ter tomado conhecimento, em 22 de junho, da prática, “por um colaborador leigo” da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, em Samora Correia, “de dois atos enquadráveis como possíveis abusos sexuais sobre dois menores, um ocorrido em 2020 e outro em 2021”.
Afirmando deplorar “esses factos gravíssimos” e expressando “aos menores, às famílias e às comunidades” a sua “dor profunda”, a arquidiocese indicou que “os factos estão já a ser objeto de apreciação judicial, que permitirá conhecer a totalidade do que aconteceu”.
“A Arquidiocese colaborará com as autoridades civis em tudo o que for conveniente e respeitará as decisões da Justiça”, tendo já tomado “medidas para proteger a paróquia de qualquer ameaça aos menores”.
Foi aberta “uma averiguação interna ao sucedido para procurar que uma situação semelhante não se repita” e, nesse âmbito, “por motivos cautelares”, o padre acusado de esconder os alegados abusos sexuais foi afastado preventivamente de todas as suas tarefas pastorais, “até à conclusão dos procedimentos canónicos”, destacou.
O Porto Canal revelou, esta segunda-feira, que “o padre Heliodoro Nunes, de 50 anos, ao serviço da paróquia de Samora Correia”, que pertence à Arquidiocese de Évora, “está acusado de ter escondido alegados abusos sexuais cometidos dentro da igreja, a duas meninas, pelo chefe dos acólitos que também ajudava na catequese”.
“O padre arrisca a uma pena de prisão até oito anos e vai responder por um crime de abuso sexual de crianças por omissão, já que a procuradora afirma que tinha obrigação de zelar pela segurança e bem-estar das crianças nas atividades da paróquia”, pode ler-se na notícia.
O Correio da Manhã também noticiou hoje este assunto, referindo que o padre “mantém-se à frente da igreja naquela paróquia” e que “soube de um caso de abuso sexual a uma menor há dois anos e não o reportou à hierarquia”.
No seu comunicado, a Arquidiocese de Évora, além de dar conta do afastamento preventivo do padre e da investigação interna, disse que, quando soube do caso, a Comissão Diocesana para Proteção de Menores “foi de imediato notificada para se encontrar com os pais” e ofereceu-se “para ajudar em tudo” o que fosse necessário.
“O pároco, que foi em ambos os casos imediatamente alertado por familiares de uma das vítimas, limitou as tarefas do suspeito, mas sem êxito, tornando, infelizmente, possível a reincidência”, disse.
Segundo o Porto Canal, as duas vítimas “já foram ouvidas para memória futura” e o alegado pedófilo “está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, há cinco meses”.

REGIÕES
RECUSA DOS MÉDICOS A HORAS EXTRAS CAUSA CONSTRANGIMENTOS EM 27 HOSPITAIS
A porta-voz do movimento Médicos em Luta disse esta terça-feira à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país. “Já existem constrangimentos que cheguem, constrangimentos esses que já deveriam ser suficientes para sensibilizar o governo a tomar alguma medida”, afirmou Susana Costa.

A porta-voz do movimento Médicos em Luta disse esta terça-feira à Lusa que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “está a ruir” e que os médicos já não conseguem travar essa “demolição”, registando-se constrangimentos em 27 hospitais do país. “Já existem constrangimentos que cheguem, constrangimentos esses que já deveriam ser suficientes para sensibilizar o governo a tomar alguma medida”, afirmou Susana Costa.
Traçando um panorama geral do país, a médica revelou que entre hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde, 27 estão com problemas devido ao facto de os médicos se recusarem a fazer mais horas extraordinárias do que as 150 que a lei lhes impõe, nomeadamente os de Almada, Amadora, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Covilhã, Famalicão, Gaia, Guarda, Leiria, Lisboa, Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Na região Norte, há unidades hospitalares sem cirurgia geral no serviço de urgência desde domingo e até final do mês, uns onde a recusa destes profissionais em fazer horas extras ultrapassa os 90%, nomeadamente em obstetrícia, anestesiologia, cirurgia ou pediatria e outros com constrangimentos nas urgências ao receber doentes fora da área de residência, especificou Susana Costa.
No centro e sul do país, o cenário é semelhante com hospitais a cancelar a atividade cirúrgica adicional para aliviar as listas de espera, sem urgência de obstetrícia nos próximos fins de semana ou com escalas sem chefes de equipa, adiantou. Susana Costa assumiu que o SNS já está “para além da boa vontade” destes profissionais de saúde sendo, por isso, o momento de “dar um grito”.
“É o momento de nós darmos um grito e gritarmos aos portugueses e ao governo que o SNS está a ruir, ainda que haja muito boa vontade nossa já não conseguimos frenar esta demolição e, portanto, são precisas medidas”, ressalvou. Na opinião da porta-vos do movimento, o Governo de António Costa tem de olhar para o SNS com a “gravidade e a urgência com que ele se apresenta”.
Os médicos, ao recusarem fazer horas extraordinárias, expuseram a realidade “nua e crua” do SNS, sublinhou. Susana Costa assumiu que os médicos não estão mais disponíveis para continuar a ser tratados como têm sido tratados, falando em “falta de respeito” por parte do Governo. A luta destes profissionais de saúde vai-se manter até que as reivindicações sejam atendidas, garantiu ainda a médica.
REGIÕES
MIRANDA DO DOURO: PADRE CONDENADO POR BURLA À SEGURANÇA SOCIAL
Uma padre e dois dirigentes da Casa da Criança Mirandesa, em Miranda do Douro, foram condenados a penas suspensas de prisão por lesarem a Segurança Social em 81.221 euros através de esquema fraudulento.

Uma padre e dois dirigentes da Casa da Criança Mirandesa, em Miranda do Douro, foram condenados a penas suspensas de prisão por lesarem a Segurança Social em 81.221 euros através de esquema fraudulento.
De acordo com a sentença do Tribunal de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, a que a Lusa teve hoje acesso, os três arguidos em conjunto forjaram o número de utentes.
“Por via das funções exercidas, os arguidos decidiram, em conjugação de esforços e de comum acordo, que as listas nominativas remetidas mensalmente à Segurança Social, quer em relação ao Serviço de Apoio Domiciliário quer no que respeita ao Centro de Dia, iriam incluir utentes que delas não beneficiavam, para permitir à Casa da Criança Mirandesa receber valores de comparticipação financeira que legalmente e ao abrigo dos citados Acordos de Cooperação não poderia receber, porquanto não eram legalmente devidas”, refere a sentença.
O padre, que ocupa o lugar de presidente do Conselho de Administração da Casa da Criança, com sede social em Sendim, no concelho de Miranda do Douro, foi condenado a uma pena suspensa de dois anos e cinco meses de prisão.
Outro dos arguidos, e de acordo com a sentença do tribunal, foi condenado a uma pena suspensa de prisão de dois anos e dois meses, sendo que a outra arguida foi-lhe aplicada uma pena de prisão de dois anos e um mês, também suspensa.
Em causa estão a prática dos crimes de burla tributária, na forma continuada.
A suspensão das penas dos três arguidos ficou condicionada ao pagamento da quota-parte da vantagem indevidamente obtida, no montante de 20.305,25 euros.
Também a Casa da Criança foi condenada, como responsável penal por um crime de burla tributária, a uma multa de 4.200 euros.
O tribunal condenou ainda todos os arguidos ao pagamento de uma indemnização à Segurança Social de 81.221 euros a título de comparticipações entregues e não devidas.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da diocese Bragança – Miranda esclareceu que está acompanhar canónicamente e pastoralmente a situação até o caso estar completamente resolvido na justiça, mantendo toda a confiança no pároco, que é presidente do Conselho Administração da Casa da Criança, por inerência de funções e que o mesmo já recorreu da sentença bem como a instituição que dirige.
“Aguardamos a decisão dos recursos submetidos em fevereiro e um outro que agora foi igualmente submetido. Logo que o tribunal se pronuncie, em definitivo, sobre esta situação a diocese poderá igualmente, pronunciar-se, posteriormente. Até lá o sacerdote continua com as suas funções na Casa da Criança e funções pastorais”, rematou a mesma fonte.
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