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SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO PRAZO NO VALE DO CÔA LEVA VISITANTE A VIAJAR NO TEMPO

O Sítio Arqueológico do Prazo, em Freixo de Numão, no concelho de Foz Côa, é um lugar que transporta os visitantes numa viagem pela História que começa no neolítico até a idade contemporânea, com muitas lendas associadas.

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O Sítio Arqueológico do Prazo, em Freixo de Numão, no concelho de Foz Côa, é um lugar que transporta os visitantes numa viagem pela História que começa no neolítico até a idade contemporânea, com muitas lendas associadas.

Encaixado em pleno Douro Superior, a escassos três quilómetros da Freixo de Numão, no distrito da Guarda, o sítio arqueológico do Prazo foi descoberto ao acaso e depressa o local a se transformou num local de investigação para os arqueólogos no início da década de 80 do século passado.

Quem passar por este local depressa se apercebe de um povoado com diversas estruturas agrícolas, senhoriais e até mesmo templos e necrópoles de várias eras cronológicas.

Ao longo dos séculos, e apesar da importância do lugar, o mesmo foi abandonado pelos residentes que subiriam até ao que é hoje a aldeia de Freixo de Numão e as lendas começaram a circular pela região.

“Aqui foi uma povoação imponente onde viveu muita gente e fizeram a sua vida. Mas depois tiveram de abandonar o lugar, porque aqui existiam, de acordo com as lendas, formigas muito grandes que atingiam e comiam as criancinhas e os habitantes foram obrigados a abandonar este lugar para fugir desta praga”, explicou Fernanda Ramos, habitante de Freixo de Numão.

Fernanda disse ainda que este lugar é muito procurado por portugueses e estrangeiros, bem como alunos de várias escolas do país, que querem conhecer e estudar o sítio do Prazo e as suas ruínas

“Vem muita gente, mesmo de todo lado, e também muitos alunos de várias escolas”, vincou.

Por seu lado, Sandra Naldinho, técnica superior do Museu da Casa Grande de Freixo de Numão, explicou que a primeira intervenção do arqueólogo António Sá Coixão se deu neste sítio após a movimentação de terras para plantar oliveiras, no início da década de 80 do século passado.

“O sítio arqueológico do Prazo é muito particular porque tem uma janela cronológica muito ampla desde a pré-história até à idade contemporânea. Num conjunto de sítios arqueológicos existentes nesta freguesia, a época romana é a que mais de destaca”, explicou a técnica à Lusa.

Quem por ali passou apelidou este lugar de “Machu Picchu português” o que para Sandra Naldinho pode ter duas leituras diferentes: se por um lado há orgulho com esta comparação, a história do local não diz o mesmo. O que é certo é que a comparação ficou gravada.

“Um grupo de visitantes comparou o sítio do Prazo ao Machu Picchu [situado na cordilheira dos Andes, no Peru] o que é extrapolado, porque o período cronológico nada tem a ver. O que é certo é que nos sentimos honrados, porque estamos a ser comparados com um local com a chancela da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência) e trazer esta apelação a um sítio do interior do país é motivo de satisfação”, disse.

Para a Sandra Naldinho, estas ruínas do Prazo são um complemento da Arte Rupestre do Vale do Cão, que fica nas imediações, porque há continuidade cronológica.

“Quem vem conhecer a Arte do Côa tem uma continuidade cronológica, já que o sítio do Prazo começa onde acaba o período do paleolítico superior. Há uma continuidade cronológica”, frisou.

Quem olhar em volta desta paisagem típica do Douro Superior, onde nesta altura do ano se destaca o colorido das amendoeiras em flor, o destaque vai um exemplar perfeito de uma vila romana, remontando ao século I e início do século V d.C.

Este local foi também a residência de diversas outras civilizações ao longo do tempo, como os vestígios pré-históricos dos períodos paleolítico, mesolítico e neolítico podem atestar que estão bem conservadas.

Existem também vestígios de ocupação até à idade média. Podem-se observar vestígios de uma basílica paleocristã muito bem conservada, que se manteve ativa até ao século XIII.

Podem também ser vistos vestígios de 22 sepulturas, com ossadas de diferentes épocas, uma estela antropomórfica de grandes dimensões (que pode reportar-se ao neolítico) e um grandioso Menir que está assinalado para gáudio de quem por ali passa.

Já Paulo Moutinho, que é mediador cultural deste lugar, refere que quem visita o sítio arqueológico do Prazo leva uma experiência única, tal como quem mergulha na história.

“Quem aqui chega consegue viajar no tempo e sentir arrepios na pele, sentindo as vivências do homem da pré-história ou a presença dos romanos, ou até sentir a presença da peste negra, através do homem da idade média”, destacou.

O que esta a descoberto é apenas um terço da área arqueológica do Prazo, havendo ainda muito para escavar e investigar para melhor se compreender a história deste local enigmático.

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PENAMACOR: POLÍCIA JUDICIÁRIA FAZ BUSCAS NA CÂMARA MUNICIPAL

A Câmara de Penamacor está hoje a ser alvo de buscas desde o início da manhã, confirmou fonte da Polícia Judiciária à agência Lusa.

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A Câmara de Penamacor está hoje a ser alvo de buscas desde o início da manhã, confirmou fonte da Polícia Judiciária à agência Lusa.

As diligências decorrem no edifício da Câmara Municipal e os inspetores estiveram, pelo menos, no Serviço de Obras e Urbanismo.

Durante a tarde continuavam nas instalações vários inspetores da Polícia Judiciária.

O município de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, é presidido por António Beites, eleito pelo Partido Socialista.

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PÓVOA DE LANHOSO: FALSO PROCURADOR COMPENSA LESADO E LIVRA-SE DE JULGAMENTO

Um antigo funcionário judicial do Tribunal da Póvoa de Lanhoso que estava acusado de burla qualificada, por se ter feito passar por procurador, acabou por não ser julgado, porque, entretanto, reparou integralmente o prejuízo causado.

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Um antigo funcionário judicial do Tribunal da Póvoa de Lanhoso que estava acusado de burla qualificada, por se ter feito passar por procurador, acabou por não ser julgado, porque, entretanto, reparou integralmente o prejuízo causado.

Em nota hoje publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Regional do Porto refere que a responsabilidade criminal daquele arguido foi dada como extinta por despacho de 04 de janeiro de 2024, face à concordância do lesado, depois da reparação integral do prejuízo.

O processo tem mais três arguidos, um dos quais acabou também por não ser julgado, nas mesmas condições do “falso procurador”.

Os outros dois arguidos foram condenados a penas suspensas por corrupção na forma tentada.

Um dos arguidos é um empresário ligado à noite, a quem fora aplicada, em processo criminal, a medida de coação de obrigação de permanência na habitação.

Este empresário comentou o assunto com outro arguido, “que se predispôs a pô-lo em contacto com um amigo, que tinha outro amigo, pretensamente procurador, que poderia resolver-lhe a situação”, ou seja, a alterar-lhe a medida de coação.

Em fevereiro de 2020, o arguido que se atribuía o estatuto de procurador e outro arguido contactaram o empresário e convenceram-no a entregar-lhes 50 mil euros, “com vista a conseguirem a alteração da medida de coação a que estava sujeito”.

O arguido preso em casa pagou aquele valor em duas tranches, uma das quais de 20 mil euros e outra de 30 mil.

No entanto, a medida de coação não seria alterada.

Um dos arguidos foi condenado na pena de três anos de prisão, suspensa na sua execução por igual período, com sujeição a regime de prova e imposição, entre outros, do dever de pagar ao Estado a quantia de 1.750 euros.

Outro arguido foi condenado, como cúmplice, na pena de um ano e seis meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período, com obrigação de pagar ao Estado a quantia de 2.000 euros.

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