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TRÁS-OS-MONTES: AUTARCAS DE VILA REAL E VILA POUCA DE AGUIAR PEDEM MEIOS AÉREOS

Os autarcas de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar reclamaram hoje o apoio dos meios aéreos para combater o incêndio que atravessou os concelhos, estradas e ameaçou casas de várias aldeias.

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Os autarcas de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar reclamaram hoje o apoio dos meios aéreos para combater o incêndio que atravessou os concelhos, estradas e ameaçou casas de várias aldeias.

“Este fogo começou em Vila Pouca de Aguiar, já galgou para o concelho de Vila Real, ultrapassou a autoestrada, estradas nacionais. Nós solicitamos atempadamente meios aéreos, acho que era a forma mais eficiente e eficaz de parar este incêndio. Infelizmente, durante todo este dia, este incêndio não teve qualquer apoio de meios aéreos”, afirmou Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real.

O fogo teve início pelas 18h30 de segunda-feira, em Vreia de Jales, concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas desceu a montanha, entrou na aldeia de Zimão, passou por Gralheira, Tourencinho e hoje chegou a Covelo, onde foram retiradas três pessoas por precaução.

Ao todo, contabilizam-se já cinco bombeiros feridos desde segunda-feira nas ocorrências de Vila Pouca de Aguiar, três com queimaduras, um com fraturas e outro por inalação de fumo.

Em Covelo, uma frente de grande dimensão ameaçou a aldeia, bombeiros e população protegeram as casas, mas as projeções arrastadas pelo vento forte levaram o fogo para o outro da Estrada Nacional 2(EN2), já no concelho de Vila Real, e bateu na aldeia, sem atingir casas.

Rui Santos realçou que, por mais esforços que os operacionais façam, não conseguem parar a força do fogo, sobretudo por causa do vento e das suas mudanças repentinas.

“O vento é forte, intenso e não há qualquer meio aéreo, e eu pedi esses meios aéreos por escrito e, para já, não obtive qualquer resposta”, afirmou, mostrando-se preocupado porque, se não for travado nesta zona, o fogo pode prosseguir até ao Parque Natural do Alvão.

A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, disse que o concelho mantém esta tarde situações complicadas devido aos três fogos que já deflagraram na segunda-feira.

As situações complicadas verificam-se a norte, na zona de Sabroso de Aguiar, na Freiria, já na freguesia de Vila Pouca de Aguiar, no Alvão e em Covelo.

“Lamentavelmente acabo de falar com o senhor comandante regional que me diz que o meu território terá a intervenção quando chegar o momento dele. Eu não sei qual é o momento, deve ser quando isto estiver tudo em cinzas e a população toda em pânico. Será o momento da intervenção quando estivermos todos em estado de sítio”, afirmou Ana Rita Dias.

A autarca disse não ter recebido qualquer justificação para que não tenham sido acionados meios aéreos para este teatro de operações.

“Estávamos a aguardar os meios aéreos há duas horas quando nos disseram que vinham para aqui, mas qual o nosso espanto quando eles realmente vieram para esta zona, mas para foi para Chaves”, afirmou.

Nos incêndios que deflagraram em Vila Pouca de Aguiar estão mobilizados 242 operacionais, entre bombeiros, sapadores do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e elementos da Proteção Civil.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região Norte e Centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.

Hoje, cerca das 17h30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 180 ocorrências, envolvendo mais de 6.300 operacionais, apoiados por 1.900 meios terrestres e 39 meios aéreos.

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VIANA DO CASTELO: EÓLICAS DEVEM “REPENSAR” AS COMPENSAÇÕES A PESCADORES

A cooperativa VianaPescas alertou esta sexta-feria que “vão ter de ser repensadas as contrapartidas” aos pescadores devido à implantação de eólicas offshore ao largo de Viana do Castelo, porque não foram contempladas todas as pretensões dos profissionais.

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A cooperativa VianaPescas alertou esta sexta-feria que “vão ter de ser repensadas as contrapartidas” aos pescadores devido à implantação de eólicas offshore ao largo de Viana do Castelo, porque não foram contempladas todas as pretensões dos profissionais.

“Tínhamos pedido para libertarem, para a pesca, toda a Zona Livre Tecnológica prevista para Viana do Castelo. Mas só foi libertada metade dessa área. Isso vai prejudicar algumas embarcações, porque há zonas de pesca que vão desaparecer, e algumas terão de ser abatidas. As contrapartidas vão ter de ser repensadas”, disse à Lusa Portela Rosa, que representa a cooperativa VianaPescas de produtores de peixe de Viana do Castelo, com cerca de 450 associados.

O responsável reagia ao Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore (PAER), esta sexta-feira publicado em Diário da República e que reduziu a área norte e eliminou a área sul de Viana do Castelo.

“Prejudicaram metade do que estava previsto libertar a norte. Há barcos que pescam nessa zona e que vão ter de ir para outros sítios”, observou Portela Rosa.

O projeto que teve início com o anterior Governo socialista previa a criação de um parque eólico ‘offshore’ em Portugal, com 10 gigawatts (GW) de potência, e delimitava como possíveis áreas de exploração de energias renováveis Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.

Várias associações do setor da pesca manifestaram preocupações quanto ao impacto nas comunidades piscatórias e fauna marinha e a Avaliação Ambiental Estratégica do projeto assumia que a instalação de eólicas ‘offshore’ “deve conduzir ao abate de embarcações” e reduzir a pesca.

O plano esta sexta-feira publicado prevê uma área total para exploração de 2.711,6 km2, valor que inclui uma área de 5,6 km2 na Aguçadoura (Póvoa de Varzim), para instalação de projetos de investigação e demonstração não comerciais, o que representa uma diminuição de 470 km2 face à proposta submetida a discussão pública.

Assim, prevê-se uma área de 229 km2 em Viana do Castelo, para uma potência de 0,8 gigawatts (GW), 722 km2 em Leixões (2,5 GW), 1.325 km2 na Figueira da Foz (4,6 GW), 430 km2 em Sines (1,5 GW) e 5,6 km2 em Aguçadoura.

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PORTO: FUNCIONÁRIO DE ATL DETIDO POR SUSPEITA DE ABUSO DE MENORES

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um funcionário de um centro de Atividades de Tempos Livres (ATL) da Área Metropolitana do Porto por suspeitas de abusar sexualmente de duas crianças de 12 e 13 anos, anunciou hoje esta força policial.

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve um funcionário de um centro de Atividades de Tempos Livres (ATL) da Área Metropolitana do Porto por suspeitas de abusar sexualmente de duas crianças de 12 e 13 anos, anunciou hoje esta força policial.

Em comunicado, a PJ revelou que o suspeito, de 45 anos, foi detido na quinta-feira.

Segundo a PJ, as duas menores estavam à guarda e responsabilidade daquele funcionário no âmbito da sua atividade profissional.

A detenção aconteceu depois de uma das menores ter revelado que o homem a tinha molestado sexualmente e que uma outra teria uma “relação especial” com aquele, explicou.

A PJ indicou que os abusos terão ocorrido na casa do suspeito e de uma das menores e no carro do centro de estudos.

“Recolhidos elementos probatórios de natureza material e digital foi possível ainda atestar a prática de inúmeros crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores”, sublinhou.

O suspeito terá ainda criado na menor de 12 anos a ilusão de que tais práticas correspondiam a uma relação de namoro.

O detido, sem antecedentes criminais e suspeito de diversos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Matosinhos, no distrito do Porto.

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