Ligue-se a nós

NACIONAL

TRÊS EM CADA 10 PORTUGUESES JÁ FORAM DIAGNOSTICADOS COM DEPRESSÃO – ESTUDO

Três em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão e seis já sentiram sinais da doença num momento da sua vida, estima um estudo hoje divulgado, números que o psiquiatra Gustavo Jesus considera “avassaladores”.

Online há

em

Três em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão e seis já sentiram sinais da doença num momento da sua vida, estima um estudo hoje divulgado, números que o psiquiatra Gustavo Jesus considera “avassaladores”.

Os dados constam de um inquérito para perceber a visão dos portugueses sobre a depressão promovido pela Lundbeck Portugal, farmacêutica especializada em doenças neurológicas e psiquiátricas, e indicam que 33,6% dos inquiridos respondeu que já lhe foi diagnosticada a doença por um profissional de saúde.

De acordo com o estudo, a que a agência Lusa teve acesso, 62,1% dos portugueses sentiu que estava com uma depressão em algum momento da sua vida e 77,3% tem ou já teve um amigo ou familiar próximo a quem foi diagnosticada a doença.

“É de esperar que haja um elevado número de pessoas diagnosticadas com depressão porque Portugal é dos países do mundo com maiores taxas” desta doença mental, alertou Gustavo Jesus, ao salientar ainda que a pandemia da covid-19 provocou um aumento desta prevalência nos últimos anos.

Segundo adiantou o especialista à Lusa, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que está a “passar por um período de grande dificuldade”, não consegue dar a resposta necessária face à elevada prevalência da depressão em Portugal, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.

“Os médicos de família estão aptos [a fazer o diagnóstico], mas o problema é que não há médicos de família. Há muitos portugueses que não têm médico de família e, os que têm, sentem o seu acesso dificultado”, salientou o psiquiatra.

Já nos casos em que os doentes têm de ser referenciados dos cuidados de saúde primários para a psiquiatria hospitalar, confrontam-se com tempos de espera para a primeira consulta nos hospitais que “têm vindo a aumentar sucessivamente”, sublinhou também Gustavo Jesus.

O inquérito revela ainda que os “portugueses parecem não ter grandes dúvidas sobre o facto de a depressão ser uma doença”, mas 28,5% ainda consideram que se trata de um estado de espírito.

Mais de 70% dos inquiridos considerou que a doença é pouco valorizada pela sociedade, enquanto 29% tem a perceção de que é crónica, ou seja, que “fica para a vida toda”.

A tristeza (91,3%) e a perda de autoestima (89,6%) são os dois sintomas que maior número de inquiridos associa à depressão, seguindo-se a falta de prazer e de interesse (85,3%), a ansiedade (82,3%) e o cansaço físico ou diminuição de energia (81,9%).

De acordo com Gustavo Jesus, na maior parte dos casos, a depressão é uma doença aguda, que deve ser tratada no momento em que é diagnosticada, e que não evoluiu para uma situação crónica na maioria das situações.

“É uma doença altamente frequente. Embora a depressão não seja sempre uma doença crónica, é neste momento a doença responsável por mais dias de vida doentes no mundo”, salientou o psiquiatra.

O inquérito “a visão dos portugueses sobre a depressão” envolveu um total de 1.215 inquiridos, telefonicamente, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro de 2022.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Online há

em

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

LER MAIS

NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

Online há

em

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

LER MAIS

MAIS LIDAS