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NACIONAL

UM TERÇO DOS PORTUGUESES ADMITE EXPOSIÇÃO FREQUENTE À DESINFORMAÇÃO

Quase um terço dos portugueses inquiridos num inquérito do Parlamento Europeu hoje divulgado admite ter sido muito ou frequentemente exposto a notícias falsas, sendo que 12% dizem estar muito confiantes em reconhecer desinformação.

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Quase um terço dos portugueses inquiridos num inquérito do Parlamento Europeu hoje divulgado admite ter sido muito ou frequentemente exposto a notícias falsas, sendo que 12% dizem estar muito confiantes em reconhecer desinformação.

Em causa está um Eurobarómetro hoje divulgado sobre hábitos dos europeus relativamente aos media e a atitude face à desinformação, no âmbito do qual foram feitas 1.079 entrevistas em Portugal de um total de 52.347 no conjunto da União Europeia (UE), entre os dias 26 de abril e 11 de maio.

Segundo os resultados divulgados pelo Parlamento Europeu, 10% dos inquiridos portugueses disse ter sido exposto com muita frequência a desinformação e ‘fake news’ (notícias falsas), enquanto 18% respondeu com frequência, levando assim a que 28% dos questionados em Portugal admitam uma elevada exposição, em linha com o conjunto da UE.

Já 36% dos portugueses inquiridos indicou que só foi exposto algumas vezes a desinformação e notícias falsas, 21% respondeu com raramente, 5% com nunca e 11% não sabiam.

Questionados se estariam confiantes em reconhecer a desinformação e as notícias falsas, 12% dos inquiridos portugueses assinalou sentir-se muito confiante para o fazer, enquanto 54% respondeu estar confiante, 25% pouco confiante, 6% nada confiante e 4% não sabiam.

O Parlamento Europeu observa que, no conjunto da UE, “o nível de confiança na distinção entre notícias reais e notícias falsas diminui com a idade e aumenta com o nível de educação”.

As perceções sobre a UE e o Parlamento Europeu são influenciadas pelo que os cidadãos veem, ouvem e leem em vários meios de comunicação social, mas também nas redes sociais, razão pela qual a assembleia europeia decidiu fazer (através de uma consultora) uma análise sobre estes hábitos, com uma amostra representativa dos europeus com idade igual ou superior a 15 anos, em cada um dos 27 Estados-membros da União Europeia.

Neste Eurobarómetro, os cidadãos foram também questionados sobre as fontes de comunicação social mais fiáveis, sendo que 67% dos portugueses inquiridos apontaram as estações de televisão e rádio públicas, incluindo a sua presença ‘online’ (face a 49% na UE), enquanto 50% destacou a imprensa escrita, como jornais e revistas, incluindo a sua presença ‘online’ (face a 39% na UE).

Seguiram-se as estações de televisão e as rádios privadas (com 49% de respostas em Portugal, que comparam com 27% na UE).

Ainda avaliado foi o uso das redes sociais pelos cidadãos europeus, com os portugueses a mencionarem utilizar principalmente o Facebook (81%), o WhatsApp (74%), o Instagram (56%), o Messenger (56%) e o YouTube (55%).

De acordo com a assembleia europeia, no conjunto da UE, “em todos os grupos etários, cerca de metade dos inquiridos utilizam as redes sociais para enviar mensagens diretas a amigos e familiares e pelo menos quatro em cada 10 utilizam as redes sociais para acompanhar as notícias e eventos atuais”, com percentagens que variam entre os 44% e os 46%.

Ainda assim, “existe uma diferença nos hábitos de publicação”, já que “28% dos jovens de 15-24 anos publicam os seus próprios conteúdos nas redes sociais, em comparação com 15% das pessoas com mais de 55 anos de idade”, conclui a instituição.

Os resultados da UE são ponderados de acordo com a dimensão da população de cada país.

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NACIONAL

BOMBAS AUTOMÁTICAS DE INSULINA DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS NOS PRÓXIMOS DIAS

As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

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As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

“Esperamos que nos próximos dias a situação esteja estabilizada e que já seja possível fazer essa encomenda através das farmácias”, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.

Em 21 de janeiro, foi publicada a portaria que criou o regime excecional de comparticipação dos dispositivos médicos de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) e dos respetivos consumíveis, permitindo que possam ser adquiridos nas farmácias comunitárias, uma medida que era reivindicada pelas associações representativas dos diabéticos.

A portaria do Ministério da Saúde, que entra em vigor na sexta-feira, justificou a medida com a necessidade de “melhorar o desempenho do processo atual” com o objetivo de garantir a disponibilização das bombas automáticas de insulina a um maior número de utentes e com maior celeridade.

Até agora essas bombas eram disponibilizadas através dos centros de tratamento.

“Neste momento, estamos a preparar o processo, que é algo complexo, uma vez que implica atribuir códigos informáticos a cada uma das bombas e a cada um dos consumidores das bombas”, adiantou Ema Paulino.

Além disso, está a ser adaptada a cadeia logística, ou seja, estão a ser “criadas as pontes” entre a indústria, os distribuidores farmacêuticos e as próprias farmácias, referiu a presidente da ANF, ao adiantar que também “é preciso assegurar o sistema de prescrição”.

“Os códigos que estão a ser criados para as bombas e para os consumíveis também vão ser os códigos que vão ser utilizados pelos médicos prescritores para poderem passar as receitas”, explicou.

“A informação que tenho é que não demorará mais de uma a duas semanas para todo o sistema estar estabilizado”, estimou a presidente da ANF, ao salientar que está também a ser preparada formação adicional para as equipas das farmácias no sentido de prestarem esclarecimentos aos utentes sobre os dispositivos.

A prescrição destes dispositivos só poderá ser realizada por especialistas em medicina interna, endocrinologia e pediatria, desde que devidamente autorizados e identificados pelos centros de tratamento, reconhecidos pela Direção-Geral da Saúde no âmbito da consulta onde o utente é acompanhado.

Segundo a portaria, os dispositivos médicos abrangidos por este regime excecional são comparticipados a 100% pelo Estado no seu preço, quando destinados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dispensados em farmácia de oficina.

O programa integrado de tratamento das pessoas com diabetes tipo 1 pretende garantir a disponibilização destes dispositivos a todos os potenciais beneficiários com desenvolvimento progressivo até 2026.

Segundo a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que tem exigido a disponibilização das bombas nas farmácias, a sua utilização pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

A APDP estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.

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PRODUÇÃO DE AZEITE EM PORTUGAL PODERÁ SUBIR 15% EM 2025

A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

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A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

Em declarações à agência Lusa, Susana Sassetti, diretora executiva da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, indicou que esta estimativa é feita com base na produção dos associados da organização.

Os olivicultores e lagares da Olivum, salientou, produziram, “no ano passado, à volta das 105 mil toneladas” de azeite e a produção apurada na campanha deste ano “foi de 120 mil toneladas”, correspondendo a um aumento de cerca de 15%.

“De acordo com a percentagem que representávamos na produção do ano passado, que era mais ou menos de 70%, prevemos que a campanha nacional deste ano ande à volta das 170 mil toneladas”, adiantou a responsável.

Segundo a diretora executiva da Olivum, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a produção nacional de azeite na campanha de 2024 tinha atingido as 150 mil toneladas.

“Esta percentagem [da representação da produção dos associados da Olivum em termos nacionais] pode não corresponder à realidade”, pois “muitos novos olivais foram plantados e entraram em produção”, advertiu.

Questionada pela Lusa sobre se o aumento da quantidade produzida em Portugal pode fazer descer o custo do azeite, Susana Sassetti esclareceu que “o preço não depende da produção nacional”, sendo “definido por Espanha, o maior produtor a nível mundial”.

“Se Portugal anda à volta das 150 mil ou das 200 mil toneladas, em Espanha há anos que chega a 1,4 milhões de toneladas”, comparou, lembrando que as campanhas mais recentes no país vizinho tiveram produções mais baixas, devido à seca, fazendo disparar os preços.

Assinalando que, este ano, “Espanha volta a ter a produção que normalmente costuma ter”, a diretora executiva da Olivum observou que o preço tem vindo a baixar, mas “não voltará ao nível em que estava há quatro ou cinco anos”.

Quanto à campanha deste ano, Susana Sassetti realçou que “a produção de azeitona foi maior do que a do ano passado”, mas, “em termos do rendimento em azeite, ou seja, a transformação da azeitona em azeite, acabou por ser igual à do ano passado, por causa das condições climatéricas”.

“Foi uma campanha que começou mais cedo do que normalmente costuma começar e originou bons azeites”, apesar de, na parte final, ter havido “alguma chuva e calor ao mesmo tempo, o que não é bom e favorece o surgimento de doenças ou pragas nos olivais”, acrescentou.

Com sede em Beja, a Olivum é uma associação de olivicultores e lagares e foi constituída em 2013 para dar respostas a novas questões da cultura do olival, incluindo a necessidade da defesa e representatividade do setor, na altura quase inexistente.

Esta associação representa mais de 50 mil hectares de olival, 20 lagares e cerca de 70% da produção nacional de azeite.

Portugal é o sexto maior produtor olivícola mundial e o quarto europeu.

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