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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DE COIMBRA GANHA 492 MIL EUROS PARA ESTUDAR EFEITOS DO ‘STRESS’ NO CÉREBRO

Um projeto dedicado ao estudo dos efeitos do ‘stress’ crónico no cérebro, coordenado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), ganhou 492 mil euros de financiamento.

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Um projeto dedicado ao estudo dos efeitos do ‘stress’ crónico no cérebro, coordenado pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), ganhou 492 mil euros de financiamento.

Este financiamento de quase meio milhão de euros, anunciou hoje a Universidade de Coimbra, é concedido no âmbito de Concurso CaixaResearch de Investigação na Saúde, iniciativa da Fundação la Caixa, que conta com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

“O ‘stress’ crónico é cada vez mais prevalente nas sociedades modernas e resulta num risco aumentado para a saúde mental, devido aos seus efeitos no cérebro”, afirma, numa nota enviada à agência Lusa, a UC, referindo que “uma das regiões do cérebro mais afetadas pelo ‘stress’ é o córtex pré-frontal, que está envolvido no planeamento de comportamentos complexos e na tomada de decisões”.

Estima-se que na Europa mais de 40 milhões de pessoas sofram de ansiedade e depressão – distúrbios mentais associados ao ‘stress’ crónico –, adianta a UC, sublinhando que “estes distúrbios estão a piorar, de modo significativo, devido à pandemia de covid-19”. Torna-se assim “urgente encontrar soluções”, sustenta.

“Sabe-se que indivíduos sujeitos a ‘stress’ de forma crónica têm maior probabilidade de sofrer alterações nas suas capacidades cognitivas, mas não se conhece as bases moleculares desta associação”, explica, citado pela UC, Paulo Pinheiro, responsável pelo projeto.

Desta forma, esclarece o investigador do CNC, pretende-se estudar “a função de uma molécula reguladora da expressão de genes – o miR-186-5p – que se sabe estar aumentada no cérebro em situações de ‘stress’ crónico, e que regula processos celulares e moleculares envolvidos na aprendizagem e memória”.

Os investigadores adiantam que vão “testar a hipótese de que ao normalizar os níveis do miR-186-5p seja possível contrariar os efeitos negativos do ‘stress’ crónico na cognição”.

Assim, o principal objetivo deste projeto, intitulado “Regulação da função sináptica e do comportamento dependente do córtex pré-frontal pelo microRNA-186-5p induzido por ‘stress’ crónico”, é perceber como é que os níveis do miR-186-5p variam no córtex pré-frontal em resposta ao stress crónico, e qual o impacto desta regulação na função neuronal e nos comportamentos dependentes desta região cerebral.

Adicionalmente, os investigadores pretendem perceber se a regulação do miR-186-5p é distinta entre sexos, o que poderá ajudar a explicar diferentes suscetibilidades aos efeitos nefastos do ‘stress’ crónico.

Com a duração de três anos, este estudo poderá levar à identificação de novos alvos terapêuticos para mitigar os efeitos do ‘stress’ crónico e melhorar a saúde mental.

Para além do coordenador do projeto, Paulo Pinheiro, também integram a equipa Ana Luísa Carvalho, líder do grupo de Biologia da Sinapse do CNC e do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, Ângela Inácio, Beatriz Rodrigues, Lino Ferreira, Mariline Silva, Miguel Lino, Sandra Santos, investigadores do CNC, e Jorge Valero, investigador do Achucarro – Basque Center for Neuroscience (Espanha).

Nesta edição de 2021, o CaixaResearch de Investigação na Saúde atribuiu um financiamento total de 22,1 milhões de euros aos 30 projetos selecionados.

Dos 644 projetos apresentados a concurso, 195 foram submetidos por instituições portuguesas, tendo sido financiados 12 com uma verba global de 7,9 milhões de euros.

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CIENTISTAS PODEM TER DESCOBERTO “VACINA UNIVERSAL”

Cientistas da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) revelaram uma nova estratégia para a vacina baseada em RNA que é eficaz contra qualquer estirpe de um vírus e segura mesmo para bebés e para quem tem o sistema imunitário enfraquecido.

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Cientistas da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) revelaram uma nova estratégia para a vacina baseada em RNA que é eficaz contra qualquer estirpe de um vírus e segura mesmo para bebés e para quem tem o sistema imunitário enfraquecido.

A vacina, como funciona e uma demonstração da sua eficácia em ratos são descritas num artigo publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica um comunicado da Universidade da Califórnia – Riverside (UCR).

“O que quero destacar em relação a esta estratégia de vacina é que ela é ampla (…) aplicável a qualquer número de vírus, (…) eficaz contra qualquer variante de um vírus e segura para um amplo espetro de pessoas. Esta pode ser a vacina universal que procurávamos”, disse Rong Hai, virologista da UCR e autor do artigo, citado no comunicado.

Todos os anos, os investigadores tentam prever as quatro estirpes do vírus da gripe com maiores possibilidades de prevalecer na próxima temporada da doença e a vacina atualizada deve ser tomada anualmente.

O mesmo aconteceu com as vacinas contra o SARS-CoV-2, coronavírus que causa a covid-19, que foram sendo reformuladas para atingir subvariantes das estirpes dominantes em circulação.

Ao visar uma parte do genoma viral que é comum a todas as estirpes de um vírus, a nova estratégia eliminará a necessidade de criar vacinas diferentes.

“Tradicionalmente, as vacinas contêm uma versão viva, morta ou modificada de um vírus. O sistema imunológico do corpo reconhece uma proteína no vírus e organiza uma resposta imunológica”, produzindo “células T que atacam o vírus e impedem a sua propagação” e “células B ‘de memória’ que treinam o sistema imunológico” para evitar futuros ataques.

A vacina agora revelada “utiliza uma versão viva modificada de um vírus”, mas “não depende” da referida resposta imunitária — por isso pode ser tomada por bebés com um incipiente sistema imunitário ou por imunocomprometidos -, mas sim de pequenas moléculas de RNA que silenciam os genes causadores da doença.

“Um hospedeiro — uma pessoa, um rato, quem quer que esteja infetado — produzirá pequenos RNAs interferentes como resposta imunológica à infeção viral. Esses RNAi então abatem o vírus”, explicou Shouwei Ding, professor de microbiologia da UCR e principal autor do artigo, citado no comunicado.

Dado que os vírus causam doenças porque produzem proteínas que bloqueiam a resposta de RNAi do hospedeiro, a criação de um vírus mutante que não consegue produzir a proteína para suprimir o RNAi, enfraquece o vírus.

“Ele pode-se replicar até certo ponto, mas depois perde a batalha para a resposta do RNAi do hospedeiro”, disse ainda Ding, acrescentando: “Um vírus enfraquecido desta forma pode ser usado como vacina para reforçar o nosso sistema imunitário RNAi.”

A nova estratégia foi testada em ratos mutantes, sem células T e B, e descobriu-se que com uma injeção de vacina os ratos ficavam protegidos de uma dose letal do vírus não modificado durante pelo menos 90 dias (alguns estudos mostram que nove dias em ratos equivalem aproximadamente a um ano humano). Mesmo os ratos recém-nascidos produzem pequenas moléculas de RNAi, pelo que a vacina também os protegeu.

A UC Riverside já obteve uma patente nos Estados Unidos para esta tecnologia de vacina RNAi e o próximo passo dos investigadores é criar uma vacina contra a gripe para proteger as crianças.

“Se tivermos sucesso, elas deixarão de depender dos anticorpos das mães”, referiu Ding.

Os cientistas dizem ainda ser pequena a hipótese de um vírus ter uma mutação para evitar esta estratégia de vacinação.

“Os vírus podem sofrer mutações em áreas não visadas pelas vacinas tradicionais. No entanto, neste caso, o alvo dos milhares de pequenos RNAs é todo o seu genoma. Eles não podem escapar “, disse Hai.

Com um processo de “corta e cola” da estratégia, os investigadores acreditam igualmente poder fazer uma vacina única para qualquer tipo de vírus.

“Existem vários patógenos humanos bem conhecidos, como o dengue e o SARS. Todos eles têm funções virais semelhantes”, pelo que a nova estratégia “deve ser adequada a esses vírus”, adiantou Ding.

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INSTAGRAM LANÇA NOVAS MEDIDAS PARA PROTEGER FOTOGRAFIAS DE MENORES

A Meta, dona da rede social Instagram, anunciou hoje novas medidas para proteger os jovens da chantagem com fotos íntimas, quando as plataformas são cada vez mais escrutinadas na Europa e Estados Unidos para a proteção de menores.

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A Meta, dona da rede social Instagram, anunciou hoje novas medidas para proteger os jovens da chantagem com fotos íntimas, quando as plataformas são cada vez mais escrutinadas na Europa e Estados Unidos para a proteção de menores.

A rede social irá criar, nos próximos meses, um “controlador de nudez” por defeito para contas de menores, que desfocará imagens de natureza sexual enviadas por mensagens no Instagram, mas também limitará as interações entre utilizadores jovens e contas identificadas como sendo de possíveis chantagistas.

“Assim, o destinatário não é exposto de forma indesejada a conteúdos íntimos e tem a opção de ver ou não esta imagem”, explicou à Agência France Presse (AFP) Capucine Tuffier, responsável pela proteção infantil da Meta France.

Mensagens de conscientização sobre a chantagem sexual com fotos – também chamada de ‘sextorsion’ – serão enviadas ao mesmo tempo ao remetente e ao destinatário das imagens, lembrando-lhes que esse conteúdo sensível pode resultar em capturas de ecrã e transferência de informação por pessoas mal-intencionadas.

“Trata-se de reduzir a criação e a partilha desse tipo de imagem”, resume Tuffier.

Além disso, quando uma conta for identificada pelas ferramentas de inteligência artificial da Meta como sendo potencialmente fonte deste tipo de chantagem, as suas interações com utilizadores menores serão fortemente limitadas.

Uma eventual conta criminosa não poderá, por exemplo, enviar mensagens privadas para a conta de um menor, não terá acesso à sua lista completa de seguidores e as contas dos menores deixarão de aparecer na pesquisa, explicou Capucine Tuffier.

A Meta também passará a avisar o jovem utilizador se ele entrar em contacto com um potencial chantagista.

O menor será então direcionado para um ‘site’ dedicado a esta matéria – “Stop Sextortion” – e terá acesso a uma linha telefónica de apoio, em parceria com associações.

Estas novas medidas serão testadas a partir de maio em diversos países da América Central e Latina, antes de serem aplicadas globalmente.

A Meta, acusada nos Estados Unidos e em França de prejudicar a saúde mental dos adolescentes, já tinha anunciado em janeiro um primeiro conjunto de medidas para melhorar a proteção dos utilizadores mais jovens.

Entre elas está a que obriga agora o utilizador menor de idade a ter permissão explícita dos pais para alterar a sua conta de privada para pública, aceder a conteúdos considerados “sensíveis” ou ter a possibilidade de receber mensagens de pessoas que ainda não segue na plataforma.

A Comissão Europeia lançou investigações separadas sobre Meta, Snap (Snapchat), TikTok e YouTube relativamente às medidas para proteger a “saúde física e mental” dos menores.

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