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VILA POUCA DE AGUIAR: APICULTORES PREOCUPADOS COM ANOS SUCESSIVOS DE BAIXA PRODUÇÃO

Anos consecutivos de baixas produções estão a preocupar os apicultores de Vila Pouca de Aguiar, concelho que acolhe a 21.ª edição da Feira do Mel entre sexta e segunda-feira para promover este setor.

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Anos consecutivos de baixas produções estão a preocupar os apicultores de Vila Pouca de Aguiar, concelho que acolhe a 21.ª edição da Feira do Mel entre sexta e segunda-feira para promover este setor.

“Os últimos anos têm sido muito difíceis na apicultura. Têm sido anos de baixas produções apícolas em Trás-os-Montes e, em concreto, em Vila Pouca de Aguiar”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da câmara, Alberto Machado.

O autarca e também apicultor apontou o dedo às alterações climáticas e explicou que a abelha é um inseto e que, como tal, é muito afetado pelas condições meteorológicas.

“Por exemplo, se houver muito calor a floração aguenta-se muito menos tempo. E num ano muito seco essa floração tem um período muito mais reduzido, o que quer dizer que as abelhas têm menos tempo para se alimentaram e produzirem o mel”, explicou.

Este ano acresce ainda o problema dos incêndios recentes que afetaram este concelho do distrito de Vila Real.

Segundo dados da Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar (Aguiarfloresta), o fogo queimou 112 colmeias, mas no total foram afetadas 1.728 colmeias nas freguesias de Tresminas, Alfarela e Vreia de Jales.

A maior parte dos 93 produtores de mel registados em Vila Pouca de Aguiar concilia a atividade profissional com a apicultura, que se tornou num complemento à economia familiar deste concelho. Neste município há 238 apiários e 5.273 colónias.

Em algumas destas colmeias já tinha sido retirado o mel, mas verifica-se, segundo Duarte Marques, da Aguiarfloresta, “uma perda da capacidade produtiva futura”.

“É um prejuízo que vem agravar a situação difícil das produções apícolas. Sentimos que há uma sequência de anos maus em termos de produção”, referiu.

Luís Rodrigues tem 250 colmeias e disse à Lusa que este ano a produção “é muito fraca”, apontando para uma quebra a rondar os “70 a 80% em relação à média de produção”.

“Ainda não tirámos tudo, mas é mais um ano muito fraco. As alterações climáticas estão a complicar a vida às abelhas. As abelhas são os bichinhos que mais sentem o efeito das alterações climáticas”, salientou, referindo que os “últimos quatro a cinco anos têm sido muito fracos”.

A seca sentida este ano é, na sua opinião, “mais um problema a juntar a tantos outros, como os custos de produção e à vespa asiática”.

João Campos não prevê uma quebra tão acentuada como em 2021, mas, mesmo assim, fala em “menos 50%” de produção nas suas 50 colmeias. É apicultor há quase 40 anos e salientou que “não tem sido fácil nos últimos anos”. “No ano passado deu para as despesas e mal”, apontou.

O presidente Alberto Machado revelou ainda um projeto que se pretende concretizar no concelho e que passa pela criação do “primeiro santuário de abelhas em Portugal”.

“É um conjunto de colónias, que constituem um ou mais apiários de uma região com a garantia de que essas abelhas não estão em contacto com produtos químicos. Trata-se de área completamente natural e o que queremos é dar mais vida às abelhas”, afirmou.

Para divulgar o setor, a Câmara de Vila Pouca de Aguiar realiza a Feira do Mel e do Artesanato, entre sexta e segunda-feira (feriado nacional), no Parque Termal de Pedras Salgadas.

“A feira tem já um conjunto de clientes garantido, assim fossem as produções. É uma feira significativa porque contribui para a socioeconomia local”, apontou Alberto Machado.

O apicultor João Campos participa no certame e disse que este ajuda a “escoar os produtos” e a “divulgar a marca”.

São 15 os expositores de mel num total de 107 que vão participar na 21.ª edição do certame que, este ano, abre as portas já sem as restrições impostas pela pandemia de covid-19.

Para além do mel, a feira divulga a gastronomia e ainda o trabalho das de artesãos locais e a organização espera a presença de muitos visitantes, entre eles os emigrantes que nesta altura regressam à terra natal.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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