REGIÕES
VILA REAL: UTAD AVANÇA COM OBRAS NAS RESIDÊNCIAS PARA DUPLICAR A CAPACIDADE
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) iniciou esta semana a construção, renovação e adaptação das residências universitárias. Em causa está um projeto de 18 milhões de euros anunciado esta quinta-feira que vai permitir criar 540 novas camas.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) iniciou esta semana a construção, renovação e adaptação das residências universitárias. Em causa está um projeto de 18 milhões de euros anunciado esta quinta-feira que vai permitir criar 540 novas camas.
O pró-reitor para o Planeamento, Território e Património, Ricardo Bento, explicou que as 540 camas vão ser feitas em “três operações diferentes” e vão permitir mitigar a falta de alojamento para os estudantes universitários em Vila Real.
A intervenção consiste na construção de uma residência nova dentro do campus universitário, com 200 camas, mais a renovação e adaptação do edifício que era usado para o ensino, já na cidade (antigo CIFOP), com 250 camas, com tipologia desde apartamentos a quartos duplos e individuais. Por fim, vai ser renovada a residência de Codessais, com uma beneficiação das camas existentes e uma alteração nos pisos inferiores para criar mais 90 camas.
O pró-reitor realçou que o número de alunos a estudar na UTAD aumenta gradualmente e provém, cada vez mais, de regiões que distam a mais de uma hora de distância de Vila Real, pelo que considerou que é fundamental reforçar a oferta de alojamento estudantil. Atualmente, a UTAD dispõe de 530 camas distribuídas por cinco residências, localizadas no Complexo Residencial de Além-Rio e em Codessais.
Ricardo Bento explicou que os estudos feitos de procura futura, quando foram lançadas as primeiras candidaturas, apontam para que, quando estiverem concluídas as obras, a academia transmontana tenha “capacidade de acolher cerca de 90 a 95% da procura potencial de alojamento”.
“É sempre uma incógnita, não vamos conseguir responder a tudo, mas certamente será um alívio grande porque os preços são claramente de referência, não especulativos, são preços referenciados e acordados com o Governo, indexados ao apoio social”, realçou. E acrescentou que a UTAD vai “ter uma oferta de qualidade e que vai garantir que mais estudantes não tenham a falta de alojamento como um motivo de abandono escolar”. “É algo que devemos evitar”, frisou.
O investimento, segundo Ricardo Bento, ascende a 18 milhões de euros, prevendo-se que as obras estejam concluídas em fevereiro de 2026. “É uma proposta interessante e arrojada de inovação tecnológica e com grande eficiência hídrica e energética e que vai permitir mudar o paradigma da forma como nós nos relacionamos com os nossos alunos para além da parte letiva”, afirmou Ricardo Bento.
Neste ecossistema, explicou, “entre complexo desportivo, campus universitário, residência e a biblioteca vai ser criado um sistema em que o aluno tenha, 24 sobre 24 horas, condições de desenvolver a sua atividade letiva e não letiva dentro do campus”.
Estes investimentos vão ser concretizados no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, financiado parcialmente pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que prevê a criação de 26 mil camas para estudantes do Ensino Superior até 2026.

REGIÕES
VIANA DO CASTELO: EÓLICAS DEVEM “REPENSAR” AS COMPENSAÇÕES A PESCADORES
A cooperativa VianaPescas alertou esta sexta-feria que “vão ter de ser repensadas as contrapartidas” aos pescadores devido à implantação de eólicas offshore ao largo de Viana do Castelo, porque não foram contempladas todas as pretensões dos profissionais.

A cooperativa VianaPescas alertou esta sexta-feria que “vão ter de ser repensadas as contrapartidas” aos pescadores devido à implantação de eólicas offshore ao largo de Viana do Castelo, porque não foram contempladas todas as pretensões dos profissionais.
“Tínhamos pedido para libertarem, para a pesca, toda a Zona Livre Tecnológica prevista para Viana do Castelo. Mas só foi libertada metade dessa área. Isso vai prejudicar algumas embarcações, porque há zonas de pesca que vão desaparecer, e algumas terão de ser abatidas. As contrapartidas vão ter de ser repensadas”, disse à Lusa Portela Rosa, que representa a cooperativa VianaPescas de produtores de peixe de Viana do Castelo, com cerca de 450 associados.
O responsável reagia ao Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore (PAER), esta sexta-feira publicado em Diário da República e que reduziu a área norte e eliminou a área sul de Viana do Castelo.
“Prejudicaram metade do que estava previsto libertar a norte. Há barcos que pescam nessa zona e que vão ter de ir para outros sítios”, observou Portela Rosa.
O projeto que teve início com o anterior Governo socialista previa a criação de um parque eólico ‘offshore’ em Portugal, com 10 gigawatts (GW) de potência, e delimitava como possíveis áreas de exploração de energias renováveis Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.
Várias associações do setor da pesca manifestaram preocupações quanto ao impacto nas comunidades piscatórias e fauna marinha e a Avaliação Ambiental Estratégica do projeto assumia que a instalação de eólicas ‘offshore’ “deve conduzir ao abate de embarcações” e reduzir a pesca.
O plano esta sexta-feira publicado prevê uma área total para exploração de 2.711,6 km2, valor que inclui uma área de 5,6 km2 na Aguçadoura (Póvoa de Varzim), para instalação de projetos de investigação e demonstração não comerciais, o que representa uma diminuição de 470 km2 face à proposta submetida a discussão pública.
Assim, prevê-se uma área de 229 km2 em Viana do Castelo, para uma potência de 0,8 gigawatts (GW), 722 km2 em Leixões (2,5 GW), 1.325 km2 na Figueira da Foz (4,6 GW), 430 km2 em Sines (1,5 GW) e 5,6 km2 em Aguçadoura.
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PORTO: FUNCIONÁRIO DE ATL DETIDO POR SUSPEITA DE ABUSO DE MENORES
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um funcionário de um centro de Atividades de Tempos Livres (ATL) da Área Metropolitana do Porto por suspeitas de abusar sexualmente de duas crianças de 12 e 13 anos, anunciou hoje esta força policial.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um funcionário de um centro de Atividades de Tempos Livres (ATL) da Área Metropolitana do Porto por suspeitas de abusar sexualmente de duas crianças de 12 e 13 anos, anunciou hoje esta força policial.
Em comunicado, a PJ revelou que o suspeito, de 45 anos, foi detido na quinta-feira.
Segundo a PJ, as duas menores estavam à guarda e responsabilidade daquele funcionário no âmbito da sua atividade profissional.
A detenção aconteceu depois de uma das menores ter revelado que o homem a tinha molestado sexualmente e que uma outra teria uma “relação especial” com aquele, explicou.
A PJ indicou que os abusos terão ocorrido na casa do suspeito e de uma das menores e no carro do centro de estudos.
“Recolhidos elementos probatórios de natureza material e digital foi possível ainda atestar a prática de inúmeros crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores”, sublinhou.
O suspeito terá ainda criado na menor de 12 anos a ilusão de que tais práticas correspondiam a uma relação de namoro.
O detido, sem antecedentes criminais e suspeito de diversos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Matosinhos, no distrito do Porto.
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