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ZERO ALERTA “QUEIMAR FLORESTA PARA PRODUZIR ENERGIA NÃO É SUSTENTÁVEL”

A associação ambientalista Zero alertou hoje que a queima de floresta para a produção de energia é insustentável, e diz que a energia gerada não pode ser considerada renovável.

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A associação ambientalista Zero alertou hoje que a queima de floresta para a produção de energia é insustentável, e diz que a energia gerada não pode ser considerada renovável.

No Dia Internacional de Ação sobre a Biomassa, criado por organizações ambientalistas e que hoje se assinala, a Zero junta-se a mais de 200 outras organizações na preocupação de se queimar a biomassa para gerar energia, defendendo uma aposta em verdadeiras energias renováveis.

Organizações de ambiente de vários países lembram que em dezembro, no Dubai, a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima (COP28) vai discutir o objetivo global para as energias renováveis, e avisam que nelas não deve ser incluída a energia gerada pela combustão de biomassa florestal, por gerar de imediato grande volume de emissões de dióxido de carbono (CO2).

“A queima de biomassa florestal para fins energéticos é frequentemente apelidada de ´falsa energia renovável´, porque não passa nos critérios básicos: não tem baixas emissões, não é limpa e o potencial renovável é questionável”, afirma a Zero num comunicado divulgado hoje.

A queima de biomassa florestal emite, pelo menos, tanto CO2 como a queima de carvão por unidade de energia produzida, além de contribuir para a desflorestação e a violação dos direitos das comunidades locais em todo o mundo, alertam organizações ligadas ao ambiente.

E a Zero acrescenta que são necessárias décadas ou séculos para que as florestas cresçam novamente e sequestrem o carbono libertado pela queima.

A associação lembra que para se limitar o aumento da temperatura mundial a 1,5º C, como indica o Acordo de Paris sobre o clima, é preciso retirar CO2 da atmosfera. Uma forma de o fazer é proteger e restaurar as florestas naturais. Abater árvores em larga escala para produzir energia reduz a capacidade de sequestro das florestas.

Além de afastar o investimento em outras energias, renováveis, usar a biomassa prejudica ainda a saúde e o bem-estar humanos.

A Zero tem alertado para a exploração insustentável dos recursos florestais, ao ser usada madeira de qualidade para produzir “pellets” ou para fazer energia, quando só deviam ser usados resíduos florestais ou industriais.

Para a associação, continua a não haver garantias de uma utilização sustentada dos recursos.

É preciso, acrescenta, que se cumpra a lei nesta matéria, que se conheça o verdadeiro potencial de resíduos florestais passíveis de utilização no setor energético, e que se avalie o impacto que as centrais de biomassa têm na prevenção de incêndios. E que se aposte em verdadeiras formas de energia renovável.

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NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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