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SERRA D’ARGA: MOVIMENTO CÍVICO ‘USARÁ TODOS OS MEIOS’ CONTRA AS MINAS DE LÍTIO

O movimento cívico que contesta a exploração mineira na Serra d’Arga, no distrito de Viana do Castelo, avisou hoje que irá “empregar todos os esforços e recorrer a todos os meios ao seu dispor” para proteger aquele território.

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O movimento cívico que contesta a exploração mineira na Serra d’Arga, no distrito de Viana do Castelo, avisou hoje que irá “empregar todos os esforços e recorrer a todos os meios ao seu dispor” para proteger aquele território.

“Acabou-se o tempo de pedir transparência e soberania local. Já de nada serve pedir que se ouça a vontade da população. Chegou a hora de exigir. Exigimos de uma vez por todas que o Governo retire a Serra d’Arga desse programa mineiro altamente destrutivo”, refere uma resolução hoje enviada à agência Lusa.

A Serra d’Arga abrange uma área de 10 mil hectares nos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Ponte de Lima, dos quais 4.280 hectares se encontram classificados como Sítio de Importância Comunitária.

A Serra d’Arga está atualmente em fase de classificação como Área de Paisagem Protegida de Interesse Regional, numa iniciativa conjunta daqueles quatro concelhos do distrito de Viana do Castelo.

O processo deverá estar concluído no início deste ano para garantir a proteção daquele território.

A resolução hoje enviada à Lusa foi aprovada no domingo, numa reunião realizada em Dem, no concelho de Caminha, e será remetida ao Governo, ao ministro do Ambiente e Ação Climática e ao secretário de Estado Adjunto e da Energia.

“Exigimos a todas as empresas mineiras que retirem os seus pedidos de prospeção e exploração. A nossa posição é final e não vamos ceder nem um milímetro: aqui não entram. Aqui não furam. Minas aqui nunca mais”, reforça o documento.

A resolução resulta de uma reunião promovida pelo movimento SOS Serra d’Arga com 15 “autarcas e representantes dos conselhos diretivos dos baldios de freguesias diretamente afetadas por três pedidos de concessão de exploração de lítio” nos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura e Ponte de Lima.

Segundo o movimento SOS Serra d’Arga, os pedidos foram apresentados pela empresa José Aldeia Lagoa e Filhos, S.A à Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG)”.

Em causa está o projeto LEDO, “que afeta território das freguesias de Covas, em Vila Nova de Cerveira, e São Martinho de Coura, em Paredes de Coura”.

Um segundo pedido, designado ALDEIA, abrange a União Freguesias de Arga, freguesias de Argela e Dem e União de Freguesias de Venade e Azevedo, no concelho de Caminha.

Por último, o pedido VILARINHO, “que afeta territórios da União de Freguesias de Arga, Freguesia de Covas, em Vila Nova de Cerveira e União de Freguesias de Cabração e Moreira do Lima, em Ponte de Lima”, especifica o movimento.

Na resolução a enviar ao Governo, os signatários insistem na “total oposição a qualquer projeto de mineração nos seus territórios” e garantem “repudiar qualquer atentado contra o seu património natural e cultural, únicos e insubstituíveis, e não permitir qualquer tipo de exploração mineira que ponha em risco a saúde, o modo de vida e bem-estar das comunidades locais, o investimento privado e ainda todo o investimento público realizado na valorização do território”.

Pretendem ainda “exigir ao Governo a imediata exclusão do território do plano nacional do lítio e a não atribuição de quaisquer direitos de exploração de depósitos minerais a empresas privadas”.

“Os pareceres negativos a todos os pedidos de prospeção e exploração de lítio e outros minerais, o não às minas de todos os cinco municípios onde se insere a Serra D’Arga não foram suficientes para este Governo perceber que a população do Alto Minho não aceita ver o seu património destruído”, frisam.

Reforçam que querem “desenvolvimento”, mas “um desenvolvimento verdadeiramente sustentável”.

“O senhor ministro do Ambiente e senhor secretário de Estado da Energia teimam em manter o nosso território na rota da mineração, mas vamos repetir as vezes que forem necessárias, nunca aceitaremos”, reforçam.

Em outubro último, em declarações à Lusa, o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, disse que a inclusão ou exclusão de Arga no concurso para prospeção e pesquisa de lítio, que deverá ocorrer no terceiro trimestre de 2021, está dependente da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que irá iniciar-se.

Antes, em novembro, o movimento cívico apelou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para vetar a nova lei das minas e a devolver ao Governo para reformulação.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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