Ligue-se a nós

REGIÕES

BOMBEIROS DO PORTO AMEAÇAM ESTACIONAR VIATURAS À PORTA DO INEM EM PROTESTO

A Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto (FBDP) ameaçou hoje estacionar por tempo indeterminado as viaturas PEM (Posto de Emergência Médica), junto à Delegação Regional do INEM-Norte, em protesto pela falta de colaboração institucional daquela organização.

Online há

em

A Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto (FBDP) ameaçou hoje estacionar por tempo indeterminado as viaturas PEM (Posto de Emergência Médica), junto à Delegação Regional do INEM-Norte, em protesto pela falta de colaboração institucional daquela organização.

Em causa, segundo a FBDP está “a constante desvalorização do trabalho desenvolvido pelos bombeiros portugueses e a falta de colaboração institucional do INEM, numa permanente subalternização do seu principal parceiro do Sistema Integrado de Emergência Médica (Associações Humanitárias / Corpos de Bombeiros)”.

Aludindo a uma reunião de trabalho ocorrida a 29 de outubro, a federação revelou ter sido “aprovado por unanimidade” o envio a Ministério da Administração Interna, Ministério da Saúde, Ministério das Finanças e todos os presidentes de câmara, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e Liga dos Bombeiros de Portugal e Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto de uma série de denúncias.

Em três pontos, os cerca de 80% de corpos de bombeiros presentes na reunião, alertaram para “a necessidade de distribuição imediata pela ANEPC aos corpos de bombeiros de equipamentos de proteção individual completos de acordo com a orientação técnica Nº 09/2020 do INEM, em quantidade e qualidade de acordo com os serviços realizados”, considerando que as “entregas efetuadas até ao momento estão muito aquém das necessidades”.

Na segunda reclamação, os bombeiros apontam “à revisão imediata do protocolo com o INEM, (Artigo 7.º-B da Lei n.º 42/2020 de 18 de agosto), por forma a mitigar os elevados custos da prestação do serviço de emergência pré-hospitalar, nomeadamente através da revisão das tabelas de comparticipações trimestrais e prémios de saída”.

Neste ponto, as corporações reunidas assinalam também como “premente rever o protocolo de implementação das PEM no que refere às comparticipações referentes a seguros e manutenção dos veículos”.

“Acrescem ainda em contexto de pandemia os custos com a desinfeção/descontaminação e tempo de paragem dos veículos”, enfatiza o documento, onde é também apresentado o “cálculo médio mensal do custo extra aproximadamente 45Euro/serviço suportado pelos corpos de bombeiros voluntários” e que “multiplicado pelo número médio de serviços mês, 12.000 ocorrências, perfaz mais de meio milhão de euros, valores estes onde as associações se estão a substituir ao Estado e que as está a levar ao colapso financeiro”.

Os signatários reiteram na “falta de lealdade institucional do INEM pelo parceiro-bombeiros na tomada de decisão unilateral de proibir os seus colaboradores que cumulativamente são bombeiros voluntários de exercerem essa função, ameaçando-os com processos disciplinares”.

O documento conclui que a “não efetivação das medidas anteriormente referidas” e da “revisão urgente do protocolo entre as AHBV/ INEM / ANEPC num prazo máximo de 72 horas, põe em causa a prestação do socorro e proteção de bens da população do distrito do Porto”.

Findo esse prazo, lê-se no documento, os “corpos de bombeiros do distrito do Porto vão parquear por tempo indeterminado as viaturas (PEM) Posto de Emergência Médica, junto à Delegação Regional do INEM-Norte, como forma de protesto”.

Em declarações à Lusa, o comandante dos bombeiros de Coimbrões, Luís Araújo, vincou que o protesto simbólico “nunca colocará em causa a prestação do socorro com as ambulâncias de reserva, demonstrando assim a importância da participação no (SIEM) Sistema Integrado de Emergência Médica”.

A Lusa tentou obter uma reação do INEM, mas até ao momento não foi possível.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

REGIÕES

VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

Online há

em

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

LER MAIS

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

MAIS LIDAS