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LISBOA: MORADORES DENUNCIAM MESQUITA EM ARROIOS

Uma denúncia da associação de moradores Vizinhos de Arroios, em Lisboa, sobre a abertura de uma mesquita num prédio de habitação motivou esta sexta-feira uma visita técnica do Serviço Municipal de Proteção Civil, para avaliar várias questões, inclusive a segurança.

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Uma denúncia da associação de moradores Vizinhos de Arroios, em Lisboa, sobre a abertura de uma mesquita num prédio de habitação motivou esta sexta-feira uma visita técnica do Serviço Municipal de Proteção Civil, para avaliar várias questões, inclusive a segurança.

“Não tive informação que algum dos serviços tivesse identificado a necessidade de encerramento imediato, portanto não foi tomada nenhuma medida cautelar imediata, sem prejuízo de, depois de uma melhor análise, poder vir a ser determinada qualquer medida, inclusive o encerramento”, afirmou à Lusa a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Margarida Castro Martins.

De acordo com esta responsável, a visita técnica foi realizada na sequência de uma denúncia da associação de moradores Vizinhos de Arroios sobre a abertura de uma nova mesquita na Rua Maria Andrade, nº 46, que está instalada numa fração comercial de um prédio de habitação, composta por um piso térreo e uma cave, totalizando 417 metros quadrados.

A associação Vizinhos de Arroios, que denunciou a situação também à junta de freguesia, disse que a informação por parte da comunidade do Bangladesh é de que “este espaço terá capacidade para acolher cerca de 1.200 pessoas”.

Referindo que esta denúncia “mereceu preocupação”, a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil indicou que a resposta do município passou por uma visita técnica ao local, que foi realizada esta tarde, entre as 15:00 e as 16:30, para avaliar a situação, com a presença de elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros, da Polícia Municipal, da Direção Municipal de Urbanismo, da Direção Municipal de Mobilidade e da Junta de Freguesia de Arroios.

Margarida Castro Martins disse que há preocupações relacionadas com a presença de mais pessoas na rua, nomeadamente constrangimento ou altercação da ordem pública, questões de mobilidade, de segurança contra incêndios e de adequação do licenciamento urbanístico para o uso do imóvel para culto.

A avaliação técnica vai concluir “se há condições de segurança ou legais que permitam manter aberto ou obriguem a encerrar” este local de culto, apontou a responsável da Proteção Civil, referindo que, no início da próxima semana, irá receber os contributos de todos os serviços municipais envolvidos, com a devida análise e conclusões, para fazer uma proposta neste âmbito e remeter para o departamento de Urbanismo.

Sem adiantar detalhes sobre a situação, fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), confirmou à Lusa a visita de responsáveis do município ao local da nova mesquita.

Atualmente, as mesquitas da Mouraria — zona que concentra uma significativa comunidade oriunda do Sul da Ásia, na maioria do Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão — não conseguem acolher todos os que as procuram, que fazem fila no exterior, verificando-se a existência de espaços de culto informais em garagens ou lojas.

Em 2012 surgiu um projeto para a construção de uma nova mesquita na Mouraria, que está, desde então, envolto em protestos e atrasos.

Inicialmente estava prevista a demolição de edifícios para a criação de uma praça que permitisse aceder ao local de culto através de uma passagem pedonal entre a Rua da Palma e a Rua do Benformoso.

Três anos depois, em 2015, o assunto voltou a ser discutido na Câmara de Lisboa, que pediu à assembleia municipal que aprovasse a declaração de utilidade pública da expropriação dos prédios necessários à execução do projeto – proposta que foi aprovada por unanimidade.

Desde então, nada avançou e a Assembleia Municipal de Lisboa está, neste momento, a produzir um parecer sobre o assunto, na sequência de audições a várias organizações com intervenção nesta área, inclusive a Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL).

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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