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FAFE: RAUL CUNHA EX-PRESIDENTE DA AUTARQUIA ACUSADO DE PREVARICAÇÃO

O Ministério Público (MP) acusa o ex-presidente da Câmara de Fafe, Raul Cunha, e o antigo vice-presidente, Pompeu Martins, de prevaricação e participação económica em negócio, foi revelado esta quarta-feira.

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Fotografia Notícias de Fafe.

O Ministério Público (MP) acusa o ex-presidente da Câmara de Fafe, Raul Cunha, e o antigo vice-presidente, Pompeu Martins, de prevaricação e participação económica em negócio, foi revelado esta quarta-feira.

De acordo com uma informação publicada esta quarta-feira na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o processo envolve outros dois vereadores por factos ocorridos no mandato autárquico entre 2013 e 2017.

Nos termos da acusação, estão em causa um concurso público para adjudicação de uma prestação de serviços no ano de 2014 e dois procedimentos por ajuste direto no ano de 2015 com a mesma cooperativa de prestação de serviços no domínio do turismo, desporto, cultura e tempos livres.

Nesse âmbito, segundo o MP, terão sido adjudicados de “forma ilegal” serviços que acarretaram um prejuízo patrimonial de, pelo menos, 52.500 euros para o Município de Fafe, no distrito de Braga.

Raul Cunha, atual presidente da Assembleia Municipal, à data dos factos que constam da acusação, chefe do executivo, responde por alegados três crimes de prevaricação e um crime de participação económica em negócio.

O atual deputado do PS, Pompeu Martins, responde nesta acusação por alegados três crimes de prevaricação e um crime de participação económica em negócio.

Dois outros arguidos, anteriores vereadores, estão acusados pelo mesmo tipo de crime, assim como dois funcionários do município.

Segundo o MP, “os titulares de cargos políticos participaram na contratação pública para adjudicação de serviços, ao mesmo tempo que eram titulares dos órgãos de decisão, deliberação e fiscalização da cooperativa [Naturfafe], o que não os impediu de contratar os seus serviços, com a participação de funcionários camarários na sua dependência hierárquica”.

A situação, refere-se ainda, ocorreu “em detrimento de, pelo menos, um prestador de serviços que apresentou proposta economicamente mais favorável ao município”.

O Ministério Público pede como penas acessórias a proibição do exercício de qualquer cargo político por um período de 2 a 10 anos e a perda de mandato como membros de autarquia local.

Relativamente aos funcionários da autarquia, a acusação pede que seja proibido o exercício de funções, por um período de 2 a 8 anos.

À Lusa, o antigo presidente da câmara lamentou a atual situação, 10 anos depois dos factos, sublinhando que a sua participação nas deliberações tiveram o parecer prévio dos serviços jurídicos do município.

Raul Cunha disse que era um procedimento normal, que vinha do passado, porque a cooperativa, detida em 66% pela câmara, prestava serviços ao município.

“A câmara não podia parar”, comentou.

Garantindo não ter “ganhado um tostão” com essa situação, mostrou-se seguro de que “tudo será esclarecido ao juiz”, quando for requerida a abertura de instrução.

Já Pompeu Martins, antigo vice-presidente, assinalou que se está na presença de um ato administrativo, frisando que a presença dos autarcas nos órgãos sociais da cooperativa ocorria apenas por inerência de funções.

“Não ganhámos um cêntimo na Naturfafe. Estamos todos tranquilos nesta matéria”, referiu.

Acrescentou que a sua participação na votação quando a matéria foi tratada pelo executivo ocorreu porque os serviços da câmara indicaram que legalmente o podia fazer.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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