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VILA REAL: FORMAÇÃO DE OLEIROS PARA ‘PERPETUAR’ O BARRO NEGRO DE BISALHÃES

A formação de oleiros é o “maior desígnio” da Câmara de Vila Real “para perpetuar” a arte do barro negro de Bisalhães que foi classificada como património imaterial da UNESCO há cinco anos.

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A formação de oleiros é o “maior desígnio” da Câmara de Vila Real “para perpetuar” a arte do barro negro de Bisalhães que foi classificada como património imaterial da UNESCO há cinco anos.

São atualmente seis os oleiros que mantêm viva a arte do barro preto cujo processo de confeção e de cozedura foi inscrito na lista do património cultural imaterial que necessita de salvaguarda urgente da UNESCO a 29 de novembro de 2016.

Destes seis oleiros, quatro têm mais de 80 anos. É, por isso, necessário atrair mais artesãos. “Esse é o maior desígnio que temos”, afirmou hoje à agência Lusa Mara Minhava, vereadora da Cultura da Câmara de Vila Real.

O objetivo é, acrescentou, “formar novos oleiros” para “perpetuar a arte ancestral”.

“Estamos a trabalhar afincadamente no processo de recrutamento. Estamos nessa parte final para conseguirmos fazer formação certificada na área da olaria”, referiu.

Acrescentou que o “que vai criar novos oleiros é a formação de longa duração que, no final, possa conferir um certificado de qualificação profissional na área da olaria”.

“Afigura-se como fundamental ‘urdir’ os artesãos, os novos designers e os consumidores, pois só assim se poderá vislumbrar um possível caminho para a salvaguardada desta arte, uma arte que já não pertence só às gentes de Bisalhães, mas ao mundo, a toda a humanidade”, afirmou.

Os cursos, um que será a tempo inteiro e outro em horário pós-laboral, deverão realizar-se na freguesia de Mondrões e terão como entidade formadora o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e promotores a Câmara de Vila Real e a junta local.

O que se pretende é, segundo Mara Minhava, que arranque o “mais rapidamente possível”. A pandemia de covid-19, segundo a responsável, atrasou este processo.

Neste momento estão a decorrer sessões de esclarecimento para atrair formandos. Uma delas realizou-se na junta de Mondrões, freguesia na qual está inserida a aldeia de Bisalhães.

O presidente da junta, Félix Touças, salientou que se pretende “arrancar efetivamente com a formação em olaria” para que novas pessoas comecem a trabalhar e “a arte não morra”.

O autarca disse que alguns jovens já se mostraram interessados em frequentar a formação.

“Estamos num ponto que não podemos olhar para trás, temos que olhar para a frente”, salientou Félix Touças.

Leonel Ribeiro, 61 anos e desempregado, foi à sessão de esclarecimentos e disse estar interessado em participar no curso.

Aos jornalistas disse que foi “criado na arte desde muito novo” e que, por estar desempregado, tem aproveitado a roda que era do seu sogro para treinar um pouco a olaria e, agora, quer aprender mais, mais técnicas e mais recentes para ajudar a que “isto não acabe”.

O município está também a colocar um múpi e vários totens (mobiliário urbano para informação) e está, ainda, a trabalhar no sentido de promover visitas guiadas a Bisalhães, coordenadas com a loja interativa de turismo.

A ideia é aproveitar os dias de cozedura das peças de barro nos fornos tradicionais, articulando com os oleiros e a loja de turismo, de forma a que esta prática ancestral possa ser observada pelos turistas.

As peças que nascem pelas mãos dos artesãos são cozidas em velhinhos fornos abertos na terra, onde são queimadas giestas, musgo, carquejas e abafadas depois com terra escura, a mesma que lhe vai dar a cor negra.

A estratégia do município passa ainda pela revitalização da feira de São Pedro, a 29 de junho, e dos tradicionais jogos, como o do panelo de barro.

Mara Minhava considerou que a chancela UNESCO “trouxe reconhecimento” para os oleiros e que o “maior benefício foi a incorporação de valor nesta arte”.

“A visibilidade que esta arte ancestral ganhou, quer em Vila Real, na região ou no próprio panorama nacional repercutiu-se na atividade económica e isso é inequívoco, houve um aumento das vendas e das visitas”, salientou a vereadora.

Recentemente, numa ação conjunta com a Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal, o município de Vila Real levou a olaria negra à “montra mundial” da Expo Dubai, o que, segundo Mara Minhava, já se refletiu “numa encomenda por parte da Arábia Saudita”.

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PORTO: MP QUER FERNANDO MADUREIRA E “POLACO” NA PRISÃO POR AGRESSÃO A POLÍCIAS

O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Fernando Madureira e de outros oito arguidos acusados de agressões a agentes da PSP, que protegiam adeptos do Benfica, antes de uma partida de hóquei em patins, em 2018.

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O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Fernando Madureira e de outros oito arguidos acusados de agressões a agentes da PSP, que protegiam adeptos do Benfica, antes de uma partida de hóquei em patins, em 2018.

O processo, que está a ser julgado no Tribunal do Bolhão, no Porto, tem nove arguidos, incluindo Madureira, líder da claque Super Dragões, Hugo Carneiro, conhecido por “Polaco” – ambos em prisão preventiva no âmbito da “Operação Pretoriano” -, e outros sete elementos, acusados do crime de participação em rixa no contexto de espetáculo desportivo.

Nas alegações finais, a procuradora do MP pediu a condenação de todos os arguidos, alguns a penas efetivas de prisão, mas sem especificar nomes, admitindo que, em relação aos arguidos primários (sem antecedentes criminais), as penas possam ser suspensas ou substituídas pelo pagamento de multa.

A magistrada sustentou que os arguidos agiram “em coautoria e em comunhão de esforços”, sublinhando “a gravidade dos factos, o tumulto criado e o número de intervenientes” na rixa, que, refere a acusação do MP, envolveu o arremesso de pedras e de tochas contra os agentes policiais, que protegiam os adeptos do Benfica que chegavam à estação de Metro do Dragão, para assistirem ao jogo de hóquei em patins, em abril de 2018, no Pavilhão Dragão Caixa.

Para a procuradora do MP, os testemunhos dos agentes da PSP e as imagens de videovigilância “desmentem” as versões apresentadas em julgamento por Fernando Madureira e por outros três arguidos – cinco mantiveram-se em silêncio -, segundo as quais nada tiveram a ver com a rixa, pois estavam a distribuir bilhetes quando se aperceberam “da confusão instalada junto ao metro”.

O MP frisa que as testemunhas colocaram “todos os arguidos” no local da contenda, lembrando que um dos agentes policiais foi atingido na face por uma pedra arremessada pelo grupo.

Advogados de defesa argumentam

Já o advogado de Fernando Madureira, que assistiu à sessão por videoconferência a partir do estabelecimento prisional onde está em prisão preventiva, apontou “incongruências” aos depoimentos dos agentes policiais, sustentando não ter havido qualquer tipo de premeditação ou “coautoria moral” por parte do seu cliente.

Gonçalo Cerejeira Namora sublinhou que nada se pode provar contra o seu constituinte, pois o mesmo nada teve a ver com os factos em julgamento, acrescentando que Madureira estava a distribuir cerca de 600 bilhetes para o jogo de hóquei em patins.

Nesse sentido, o advogado pugnou pela absolvição do seu constituinte.

O advogado de Hugo “Polaco” também pediu a absolvição do seu cliente e de outro arguido, negando a participação dos seus constituintes na rixa, mas admitiu a condenação de outros dois arguidos, os quais assumiram a sua intervenção nos factos, mas a penas de multa, pois, disse, são ambos primários.

As restantes defesas pediram igualmente a absolvição dos respetivos constituintes.

A leitura da sentença ficou marcada para 23 de maio, às 9h30.

Em julgamento estão alegadas agressões a adeptos do Benfica e a agentes da PSP cometidas antes de um jogo de hóquei em patins, em 2018, nas imediações do Estádio do Dragão e do pavilhão do FC Porto.

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AVEIRO: ATLETA MORREU EM MARATONA APÓS PARAGEM CARDIORRESPIRATÓRIA

Um atleta de 43 anos que participava este domingo na maratona de Aveiro sofreu uma paragem cardiorrespiratória no decorrer da prova, acabando por morrer, disse à Lusa fonte da Câmara de Aveiro.

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Um atleta de 43 anos que participava este domingo na maratona de Aveiro sofreu uma paragem cardiorrespiratória no decorrer da prova, acabando por morrer, disse à Lusa fonte da Câmara de Aveiro.

Segundo a fonte, o incidente ocorreu ao quilómetro 33, a vítima foi assistida no local e transportada ainda com vida para o hospital onde acabou por morrer.

O atleta era português, residente na Grande Lisboa, acrescentou.

O vencedor da maratona foi o marroquino Mohamed Chaaboud, com o tempo de 02:09:19.290.

O atleta português melhor classificado nesta prova foi Carlos Costa que chegou à meta em quinto lugar.

A maratona levou a Aveiro mais de 20 mil pessoas, de 91 nacionalidades diferentes.

Organizada pela Global Sport, promovido pelo Município de Aveiro e Turismo do Centro de Portugal e com o apoio do Município de Ílhavo, a prova dividiu-se em quatro distâncias: a maratona, 42 quilómetros, a meia-maratona, 21 quilómetros, corrida, 10 quilómetros, e a caminhada, 5 quilómetros.

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