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ENFERMEIROS: ANA RITA CAVACO ACUSADA DE PECULADO COMEÇA A SER JULGADA

Mais de oito anos após alegadamente desviarem milhares de euros da Ordem dos Enfermeiros (OE), a ex-bastonária Ana Rita Cavaco e o sucessor, Luís Filipe Barreira, começam a ser julgados na segunda-feira por peculato e falsificação de documento.

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Imagem do videoclip musical em que Ana Rita Cavaco participou.

Mais de oito anos após alegadamente desviarem milhares de euros da Ordem dos Enfermeiros (OE), a ex-bastonária Ana Rita Cavaco e o sucessor, Luís Filipe Barreira, começam a ser julgados na segunda-feira por peculato e falsificação de documento.

Na contestação apresentada no Tribunal Central Criminal de Lisboa, Ana Rita Cavaco e Luís Filipe Barreira admitem “um certo desleixo, falta de rigor ou amadorismo” no preenchimento, em 2016, de declarações de despesas, mas garantem que nunca “tiveram o objetivo de receber um cêntimo a mais do que o vencimento que tinham acordado” com a OE.

“Não só a acusação é manifestamente improcedente, […] mas também é verdadeiramente injusta, porque é direcionada contra os enfermeiros que fizeram da Ordem uma estrutura idónea, profissional, sofisticada e cumpridora da lei”, refere a defesa da ex e do atual bastonários e de outros dez arguidos, assegurada por Rui Patrício e Tiago Costa Andrade.

No total, vão ser julgadas 13 pessoas por peculato e falsificação de documento, todas ligadas à OE no primeiro mandato de Ana Rita Cavaco (2016-2019).

Luís Filipe Barreira, bastonário desde dezembro de 2023, era então vice-presidente do Conselho Diretivo da associação profissional.

Em causa está o recebimento de um total de mais de 63 mil euros em ajudas de custo por viagens no âmbito da atividade da OE que, sustenta o Ministério Público (MP) na acusação, não terão sido realizadas.

Ana Rita Cavaco terá obtido indevidamente 10.631,16 euros e Luís Filipe Barreira 5.432,80.

“Quiseram todos os arguidos, enquanto trabalhadores de uma associação pública e no exercício da sua atividade pública, adulterar os mapas de reembolso de despesas em deslocações em viatura própria, inserindo percursos e quilómetros forjados, para causar prejuízos, como causaram, à Ordem dos Enfermeiros, que se viu privada das quantias monetárias das quais os arguidos se apropriaram, assim logrando obter vantagens patrimoniais que não lhes eram devidas”, lê-se na acusação, datada de janeiro de 2023.

A comparação com a despesa em deslocações dos arguidos em 2017 e 2018, com um custo inferior, e a existência de faturas de refeições que serão incompatíveis com os percursos descritos são os principais argumentos do MP.

Ana Rita Cavaco, de 48 anos, e Luís Filipe Barreira, de 50, contrapõem, entre outros aspetos, que não preencheram a maioria dos boletins presumivelmente falsificados, que usaram um carro distinto do indicado e que o MP, além de apresentar valores errados, confunde a duração das reuniões com a das viagens que asseguram ter realizado.

Inicialmente, o MP tinha acusado 14 pessoas. Uma delas, dirigente nos Açores à data dos atos sob suspeita, foi ilibada em março de 2024 na instrução, uma fase facultativa requerida sobretudo pelos arguidos, na qual um juiz avalia se uma acusação tem condições para seguir para julgamento.

A primeira sessão do julgamento está agendada para 20 de janeiro, às 09h30, no Tribunal Central Criminal de Lisboa e, segundo fonte judicial, destina-se ao interrogatório dos arguidos que pretendam prestar declarações.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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RELATÓRIO DE SEGURANÇA INTERNA DE 2024 SEM DADOS DE NACIONALIDADE E GÉNERO

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

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O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

“O Relatório Anual de Segurança Interna 2024, encontra-se em fase de execução, não se prevendo alterações relativamente ao modelo e conteúdo. Deste modo, os dados respeitantes a crimes praticados por estrangeiros, vão continuar a poder ser consultados no capítulo relativo à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”, refere o Sistema de Segurança Interna, numa resposta enviada à Lusa.

A 15 de janeiro, num debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro manifestou abertura a uma proposta do presidente da Iniciativa Liberal para que o Relatório Anual de Segurança Interna inclua no futuro dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género.

Na resolução entregue no parlamento, a IL defende que o RASI passe a divulgar a nacionalidade e o género dos criminosos e das vítimas, argumentando que esses dados contribuiriam para combater a desinformação.

O Sistema de Segurança Interna acrescenta ainda que “qualquer eventual alteração que este relatório possa vir a sofrer, apenas deverá ter lugar no próximo ano”.

O RASI, que reúne as estatísticas da criminalidade das forças e serviços de segurança, é da responsabilidade do Sistema de Segurança Interna e é entregue anualmente na Assembleia da República até 31 de março.

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