CIÊNCIA & TECNOLOGIA
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CHEGOU À COMUNICAÇÃO SOCIAL
A Inteligência Artificial (AI) chegou à comunicação social portuguesa. Um grupo de comunicação social regional sediado na região norte anunciou no passado dia 6 de março o desenvolvimento e integração com sucesso de tecnologia assente em Inteligência Artificial.
A Inteligência Artificial (AI) chegou à comunicação social portuguesa. Um grupo de comunicação social regional sediado na região norte detentor da estação de rádio radioregional.pt e da publicação nacional jornalonline.pt anunciou no passado dia 6 de março o desenvolvimento e integração com sucesso de tecnologia assente em Inteligência Artificial.
“Hoje fez-se história em Portugal, pela primeira vez a Inteligência Artificial escreveu integralmente um artigo noticioso sem qualquer intervenção humana” disse Vítor Fernandes, Diretor de Informação do grupo.
Segundo o gestor, o primeiro artigo integralmente redigido em português de Portugal por inteligência artificial e sem qualquer intervenção humana foi “merecidamente” dedicado à breve história do Dia Internacional da Mulher que pode ser visto AQUI ou AQUI.
“A Inteligência Artificial não é nem será nos próximos anos um substituto dos jornalistas humanos, mas seguramente para lá caminhamos num horizonte de 10 anos (…) claro que a AI ainda está em modo de aperfeiçoamento e sob supervisão jornalística humana mas admito que à velocidade a que estamos a trabalhar acredito que tudo vai ser mais rápido que pensamos, vejam os avanços incríveis nesta área que a Google acaba de anunciar ao nível do serviço de workspace” sublinhou o diretor que cumulativamente gere o desenvolvimento tecnológico da empresa.
“Isto é só o princípio de algo incrível e maravilhoso para a generalidade das atividades profissionais, mas temos um longo caminho pela frente (…) nos ensaios registamos que é possível gerar vários artigos noticiosos a uma velocidade incrível conforme o poder de processamento disponível dado que a AI vive num surpreendente metaverso de algoritmos (…) numa experiência pedi à Inteligência Artificial que escrevesse um artigo sobre um certo tema polémico da atualidade, para meu espanto recusou-se terminantemente a cumprir a minha ordem porque não tinha fontes credíveis suficientes, confesso que fiquei surpreendido e acredito que se existir regulação pode ser o princípio do fim das fake-news (…) acho que estamos no bom caminho apesar dos novos riscos que agora se colocam” sublinhou Vítor Fernandes.
Sobre questões éticas e deontológicas que se impõem às atividades reguladas, “Estamos a quebrar uma barreira que até agora se julgava exclusivamente humana e por isso vou dialogar com as autoridades reguladoras da Comunicação Social em Portugal para avaliar as novas fronteiras éticas e deontológicas que a AI trazem ao mundo” disse Vítor Fernandes.
A Inteligência Artificial já esta a ser usada desde 2020 na gestão diária das tarefas de monitorização avançada e manutenção da empresa, nomeadamente emissões, gestão do parque tecnológico de emissores e servidores da Rádio Regional e JornalOnline. O investimento não foi revelado mas segundo Vítor Fernandes trata-se de uma opção “muito inteligente” a médio e longo prazo.
A Rádio Regional foi a primeira rádio local/regional portuguesa a disponibilizar emissão online no ano 2000 aquando da sua fundação, foi também das primeiras empresas a trabalhar em cloud online desde 2009 e é detentora de infraestrutura própria localizada em datacenters internacionais, cujo investimento tecnológico, sem apoios ou subsídios, é uma prioridade para a Administração.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
MARTE TEVE PERÍODOS QUENTES E ÁGUA DURANTE 40 MILHÕES DE ANOS
Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.
Cientistas de Harvard determinaram os mecanismos químicos através dos quais Marte era capaz de manter calor suficiente nos seus primórdios para sustentar água e possivelmente vida.
O facto de atualmente Marte ser frio e seco mas ter tido rios e lagos há vários milhares de milhões de anos intriga os cientistas há décadas.
“Tem sido um verdadeiro mistério que houvesse água líquida em Marte, porque Marte está mais longe do Sol e, além disso, o Sol era mais fraco no início”, explicou, em comunicado, Danica Adams, investigadora de pós-doutoramento da NASA na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas John A. Paulson (SEAS) de Harvard e principal autora do novo artigo publicado na Nature Geoscience.
Anteriormente, existia a teoria de que o hidrogénio era o ingrediente mágico que, quando misturado com o dióxido de carbono da atmosfera marciana, desencadeava episódios de aquecimento global. Mas a vida útil do hidrogénio atmosférico é curta, pelo que foi necessária uma análise mais detalhada.
Agora, Adams, o professor Robin Wordsworth de Ciências Ambientais e Engenharia na SEAS, e a sua equipa realizaram modelação fotoquímica (semelhante aos métodos utilizados hoje em dia para rastrear poluentes atmosféricos) para preencher os detalhes da relação da atmosfera marciana primitiva com o hidrogénio e como este relacionamento mudou ao longo do tempo.
“Marte antiga é um mundo perdido, mas pode ser reconstruído em detalhe se fizermos as perguntas certas”, frisou Wordsworth.
“Este estudo sintetiza a química atmosférica e o clima pela primeira vez para fazer algumas previsões surpreendentes que podem ser testadas quando trouxermos rochas de Marte para a Terra”, acrescentou.
Adams modificou um modelo chamado CINETICA para simular como uma combinação de hidrogénio e outros gases que reagem com o solo e o ar controlavam o clima marciano primitivo.
Descobriu que durante os períodos Noachiano e Hesperian, entre há 4 e 3 mil milhões de anos, Marte passou por períodos quentes episódicos ao longo de cerca de 40 milhões de anos, com cada evento a durar 100.000 anos ou mais.
Estas estimativas são consistentes com as características geológicas de Marte atualmente. Os períodos quentes e húmidos eram causados pela hidratação da crosta, ou perda de água do solo, que fornecia hidrogénio suficiente para se acumular na atmosfera durante milhões de anos.
“Identificámos escalas de tempo para todas estas alternâncias. E descrevemos todas as peças no mesmo modelo fotoquímico”, sublinhou Adams.
O trabalho de modelação fornece novas perspetivas potenciais sobre as condições que sustentaram a química prebiótica (os fundamentos da vida posterior como a conhecemos) durante os períodos quentes, e os desafios para a persistência dessa vida durante os intervalos frios e oxidativos.
Adams e outros cientistas estão a começar a trabalhar para encontrar evidências destas alternâncias utilizando modelos químicos isotópicos e planeiam comparar estes resultados com rochas da próxima missão Mars Sample Return (MRS).
Como Marte não possui placas tectónicas, ao contrário da Terra, a superfície visível atualmente é semelhante à de antigamente, tornando a sua história dos lagos e rios muito mais intrigante, realçou ainda.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
ASTEROIDE BENNU REVELOU EXISTÊNCIA DE MOLÉCULAS DE ADN
Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.
Cientistas japoneses detetaram numa amostra do asteroide Bennu as moléculas necessárias para a formação de ADN e ARN, suportando a teoria de que os asteroides podem ter transportado, por impacto, os blocos de construção da vida para a Terra.
De acordo com o trabalho publicado esta quarta-feira na revista científica Nature Astronomy, as amostras analisadas revelaram a presença das cinco bases nitrogenadas — adenina, guanina, citosina, timina e uracilo — necessárias para a construção de ADN e ARN.
Foram igualmente identificados pelos investigadores da Universidade Hokkaido, no Japão, os compostos xantina, hipoxantina e ácido nicotínico (vitamina B3).
Uma amostra de 121,6 gramas do asteroide Bennu chegou à Terra em 2023 à “boleia” da missão Osiris-Rex, da agência espacial norte-americana (NASA).
Tratou-se da maior amostra extraterrestre recolhida e enviada para a Terra.
Segundo uma das teses, os asteroides (corpos rochosos do Sistema Solar) contribuíram com água e componentes químicos essenciais para a vida na Terra há milhares de milhões de anos.
Embora os meteoritos na Terra provenham de asteroides, a interpretação dos seus dados “é desafiante” face à “exposição à humidade” da atmosfera e a “uma biosfera descontrolada”, refere a Universidade Hokkaido em comunicado, assinalando que “amostras imaculadas recolhidas de asteroides no espaço são os candidatos ideais”.
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