REGIÕES
ABRANTES: UTENTES EXIGEM MATERNIDADE ABERTA SETE DIAS POR SEMANA
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) reivindicou hoje a “manutenção da maternidade em Abrantes” e “em funcionamento sete dias por semana, 24 horas por dia”, tendo afirmado que o anúncio de eventuais encerramentos gerou “ansiedade coletiva”.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) reivindicou hoje a “manutenção da maternidade em Abrantes” e “em funcionamento sete dias por semana, 24 horas por dia”, tendo afirmado que o anúncio de eventuais encerramentos gerou “ansiedade coletiva”.
Em declarações aos jornalistas à entrada do hospital de Abrantes, no distrito de Santarém, o porta-voz da CUSMT reivindicou do Governo, entre outras medidas, mais recursos humanos e a recuperação de consultas e cirurgias em atraso, tendo criticado o “estado de ansiedade coletiva” que gerou o anúncio do possível encerramento de algumas maternidades no país, exigindo a manutenção da maternidade em Abrantes, que serve a região do Médio Tejo e municípios envolventes.
O Expresso ‘online’ divulgou na terça-feira que a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional de saúde do Centro: as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco.
“Iniciou-se um processo de reformulação de urgências de obstetrícia, lançaram-se parcelas dessas possíveis tomadas de decisão, e agora diz-se que só para o ano é que se vão tomar decisões, o que dá a entender que andam a experimentar e a ver o que podem fazer e onde podem fazer”, disse Manuel Soares.
Tendo feito notar que “Abrantes não consta da lista de maternidades indicadas como possíveis de encerrar”, o dirigente afirmou que, “no entanto, nada diz ao certo quais vão encerrar e quais vão trabalhar em complemento”.
“Em termos de coesão territorial, em termos humanos, em termos, inclusive, de saúde, a maternidade de Abrantes, no local onde está situada e tendo em conta a envolvência geográfica, deve trabalhar sete dias por semana, 24 horas por dia. É esta a nossa exigência”, vincou.
Na conferência de imprensa, a Comissão de Utentes abordou ainda outras questões, como a necessidade de colocação de mais recursos humanos (médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais) nos centros de saúde e hospitais, de consultórios de dentistas nos centros de saúde e o alargamento de rastreios e prevenção de doenças e episódios agudos de saúde.
“É urgente o reforço dos recursos humanos para valorizar o funcionamento de algumas especialidades, casos da Ortopedia, Cardiologia, Obstetrícia e a Urgência”, afirmou Manuel Soares, reclamando pela “concretização, tão rápido quanto possível, e na sequência de outras em curso, das obras na urgência do hospital [de Abrantes], prometidas há uma dezena de anos”.
Salientando que a preocupação da CUSMT é encontrar “caminhos para resolver” as situações que dificultam o acesso das populações a cuidados de saúde “de qualidade e proximidade”, o porta-voz da CUSMT defendeu e necessidade de uma análise “fina” à dificuldade na contratação de recursos humanos, “não se ficando pelo argumento salarial, mas percebendo se não existem outros fatores, como as condições de trabalho ou as distâncias em relação às famílias”, que pesam na ausência de candidatos aos concursos.
Por outro lado, a CUSMT defende uma “abordagem alargada ao conceito de saúde pública” que considere outros fatores “a montante” que interferem com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), tendo afirmado que “muitos desses problemas podem ser resolvidos com campanhas eficientes, ao nível do combate ao tabagismo, diabetes, obesidade, dependências e sinistralidade rodoviária”.
A CUSMT tem na sua área de influência o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, que abrange cerca de 225 mil utentes de 11 municípios (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha), e o Centro Hospitalar do Médio Tejo, que integra três unidades hospitalares, localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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