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AÇORES: AUTARCA DE VILA FRANCA DO CAMPO ACUSADO DE PREVARICAÇÃO E ABUSO DE PODER

O Ministério Público (MP) acusou o presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, nos Açores, o socialista Ricardo Rodrigues, dos crimes de prevaricação e abuso de poder, segundo um despacho a que agência Lusa teve hoje acesso.

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O Ministério Público (MP) acusou o presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, nos Açores, o socialista Ricardo Rodrigues, dos crimes de prevaricação e abuso de poder, segundo um despacho a que agência Lusa teve hoje acesso.

Em causa está a concessão da exploração de um espaço destinado à restauração a uma associação constituída pelo irmão do presidente da autarquia, Luís Rodrigues, e pelo marido da ex-vereadora socialista Nélia Guimarães.

Nélia Guimarães e o ainda vereador na autarquia Carlos Pimentel estão igualmente acusados daqueles crimes pelo MP.

O caso remonta a 2018, quando a Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito sobre a concessão de um espaço de restauração construído pela Câmara de Vila Franca do Campo, em São Miguel, à Associação Amigos de Vila Franca do Campo.

De acordo com o despacho, entre finais de 2017 e início de 2018, os quatro intervenientes “delinearam um plano” para que a concessão do espaço de restauração da Rotunda dos Frades fosse “assegurada” a Luís Rodrigues.

O MP alega que o irmão do presidente da autarquia e o marido da vereadora “constituíram uma associação sem fins lucrativos” com a intenção de apresentar uma proposta de concessão, “preparada previamente à abertura do procedimento”.

A associação, prossegue o despacho, “cederia a sua posição contratual a uma sociedade dominada” por Luís Rodrigues, a Nutriatlântico.

“Seria esta sociedade que, sob a capa daquela associação, na realidade exploraria o espaço”, observa o MP.

A autarquia liderada por Ricardo Rodrigues procurou “diminuir a possibilidade de serem apresentadas outras propostas”, através da “publicitação no menor número de locais possíveis” e “fixaria um prazo muito curto” para o concurso, de 15 dias, acrescenta.

Segundo o MP, chegou a surgir um outro interessado em concorrer à exploração, mas só obteve os elementos solicitados à Câmara (como a cópia do projeto de arquitetura, pareceres e alvarás) quando faltava “uma hora e meia para o termo do prazo do concurso”, razão pela qual “não apresentou proposta”.

O espaço foi adjudicado à associação, que, posteriormente, através de um requerimento enviado ao município, propôs a cessão da exploração à Nutriatlântico, de acordo com o MP.

Para o MP, esta proposta foi construída para “dar a aparência da inexistência de qualquer relação” entre Luís Rodrigues e aquela sociedade.

Ricardo Rodrigues, Carlos Pimentel e Nélia Guimarães são acusados de “crime de abuso de poderes”, que é “sancionado com a pena acessória de perda de mandato” e do “crime de prevaricação”.

Já Orlando Guimarães e Luís Rodrigues são acusados do crime de prevaricação.

O MP entende que “não deverão ser aplicadas aos arguidos penas superiores a cinco anos de prisão”, pelo que será “deduzida acusação perante o tribunal singular” e rejeita acusar as entidades coletivas Associação Amigos de Vila Franca e Nutriatlântico.

O inquérito iniciado em 2018 surgiu na sequência de uma participação que o PSD fez junto do MP sobre a concessão daquele espaço junto à rotunda dos Frades “a familiares de membros” da maioria socialista do executivo municipal.

Contactado pela Lusa, Ricardo Rodrigues recusou prestar declarações, remetendo para as declarações prestadas a outros órgãos de comunicação social no fim da reunião camarária de hoje, altura em que afirmou “não ser razoável condenar as pessoas antes” de o caso ser “apreciado por um juiz”.

“Antes da apreciação do juiz, vou manter-me em funções. Faz parte das regras. O MP omitiu alguns factos. Não vou dizer que intencionalmente, mas omitiu alguns factos para que a sua versão tenha consistência”, disse o autarca.

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PORTO: TINA DE RANS CONFIRMA NOVA CANDIDATURA À AUTRARQUIA

O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

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O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

“O Porto precisa de movimento, precisa de frescura e é isto que esta candidatura vai trazer”, afirmou Tino de Rans na Estação de São Bento, no Porto, a segurar uma mala de viagem onde se lia o lema da campanha “Porto a Bom Porto”.

O candidato à autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira que não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, disse pretender ainda dar voz às pessoas, fixar os jovens e respeitar os idosos.

Na sua opinião, o Porto tem coisas “muito importantes”, mas falta-lhe algo simples que é fixar as pessoas na cidade.

“Fico triste quando um concelho com este potencial tem vindo a perder muita gente”, referiu.

Segundo Tino de Rans, é importante criar condições, nomeadamente habitação a preços acessíveis, para fixar os jovens no Porto.

Além disso, acrescentou, é necessário ouvir as pessoas para saber o que estas veem, querem e pensam para a cidade.

“O Porto tem potencial e futuro”, atirou o candidato, de 53 anos.

Tino de Rans, que diz conhecer o Porto muito bem fruto da sua profissão, assumiu que também quer voltar a ver as pessoas felizes com a cidade.

Entretanto, a Direção Política Nacional do Reagir, Incluir e Reciclar (RIR), partido fundado por Tino de Rans, manifestou “enorme surpresa” pela candidatura deste às eleições autárquicas.

O RIR revelou que Tino de Rans nunca apresentou à direção do partido qualquer projeto de candidatura à Câmara do Porto, nem expressou interesse nisso.

Considerando-se “totalmente desrespeitado” pelo fundador do partido, o RIR vincou que “não tem donos, nem pode ficar manietado à vontade e à vaidade do seu fundador”.

Motivo pelo qual irá reunir, a seu tempo, para decidir se apoiará ou não a candidatura de Tino de Rans às eleições autárquicas de 2025.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.

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LEÇA DA PALMEIRA: PERNAS HUMANAS DERAM À COSTA NA PRAIA DO ATERRO

As pernas de um cadáver deram à costa da praia do aterro, em Leça da Palmeira, esta quinta-feira, avançou o Notícias ao Minuto, que cita fonte dos Bombeiros Voluntários de Leixões.

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As pernas de um cadáver deram à costa da praia do aterro, em Leça da Palmeira, esta quinta-feira, avançou o Notícias ao Minuto, que cita fonte dos Bombeiros Voluntários de Leixões.

A parte do corpo foi removida do local e enviada para o Instituto de Medicina Legal do Porto para autópsia.

O alerta aos meios de socorro foi dado pelas 13h26.

De acordo com a mesma fonte, estiveram no local os Bombeiros Voluntários de Leixões, a Polícia Marítima e a Polícia Judiciária.

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