REGIÕES
ALCANENA: AUTARQUIA TERÁ SIDO ALVO DE UM CIBERATAQUE “GRAVE E DESTRUTIVO”
O presidente da Câmara de Alcanena disse esta quarta-feira que o ataque ao sistema informático do município, no dia 6 de novembro, foi “destrutivo” e de “grande gravidade”, tendo indicado que “os prazos de resposta da autarquia encontram-se suspensos”.
O presidente da Câmara de Alcanena disse esta quarta-feira que o ataque ao sistema informático do município, no dia 6 de novembro, foi “destrutivo” e de “grande gravidade”, tendo indicado que “os prazos de resposta da autarquia encontram-se suspensos”.
Em conferência de imprensa no Salão Nobre da Câmara de Alcanena (Santarém), Rui Anastácio (coligação PSD/CDS/MPT) disse que “a situação se reveste de grande gravidade” porque “condiciona a atividades dos diferentes serviços municipais”.
“Na sequência deste incidente, os prazos de resposta da autarquia encontram-se suspensos”, afirmou.
No dia 6 de novembro, a Câmara Municipal de Alcanena informou que tinha sido alvo de um ataque informático e que estava a fazer todos os esforços no sentido de avaliar o seu impacto e de “assegurar o normal funcionamento dos serviços”.
Esta quarta-feira, o presidente explicou que alguns serviços estão condicionados, nomeadamente aqueles que dizem respeito ao atendimento ao público e à área administrativa, ressalvando que os funcionários estão a fazer tudo para minimizar a situação, mantendo os serviços a funcionar, e que vão ter uma “tarefa ciclópica” para a reposição manual dos dados.
Tivemos que recuperar algumas coisas que antes se faziam à mão. Vamos voltar a fazê-las, mas não encerrámos. Há câmaras que em situação similar optaram por encerrar. Nós optámos por não encerrar, mas estamos, claro, com dificuldades”, admitiu Rui Anastácio.
O autarca adiantou que, “a partir de terça-feira, os dados perdidos vão começar a ser introduzidos no sistema”, de forma manual e progressiva.
A Câmara Municipal participou o ataque e as suas consequências às entidades competentes, como a Autoridade Tributária e Aduaneira, Segurança Social e Tribunal de Contas, e a Polícia Judiciária (PJ) também está a acompanhar a situação, assim como a Comissão Nacional de Proteção de Dados e Comissão Nacional de Cibersegurança.
Paralelamente, de forma a apurar a tipologia e a dimensão do ataque, o município de Alcanena recorreu ao serviço de empresas especializadas”, que estão a terminar uma auditoria forense, indicou o autarca.
Presente na conferência de imprensa, o responsável pelos serviços de informática da Câmara de Alcanena, Pedro Moisés, disse que o ataque foi “violento e sofisticado”, com “muito cuidado no eliminar de rastos e com pormenores reveladores de profissionalismo” do autor.
Não sabemos quem o fez nem os motivos. Foi um ataque destrutivo e sabemos de que país é que veio. O ataque não é interno, é externo, e já fizemos participação à PJ e ao Ministério Público”, acrescentou o presidente da Câmara.
O autarca falou ainda num “ataque atípico”, centrado ao “núcleo da informação administrativa”, não havendo, até ao momento, pedido de resgate ou evidências de roubo de dados pessoais.
Até ao dia de hoje não se verificaram evidências de exfiltração de dados nem tão pouco houve qualquer pedido de resgate, o que configura uma situação atípica na tipologia conhecida destes ataques”, indicou Rui Anastácio.
“A quem tentou que a Câmara Municipal parasse, o que eu quero dizer é que não vão conseguir”, assegurou, pedindo “a maior compreensão” aos munícipes e fornecedores. Lamentando os “transtornos causados”, o autarca assegurou “enveredar todos os esforços para que esta situação seja resolvida a curto prazo”.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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