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ALFÂNDEGA DA FÉ VAI RECORRER A REGADIO PARA GARANTIR ÁGUA À POPULAÇÃO

A água armazenada para regadio está a ser analisada como solução para garantir o abastecimento, durante o verão, à população de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, disse hoje o presidente da Câmara.

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A água armazenada para regadio está a ser analisada como solução para garantir o abastecimento, durante o verão, à população de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, disse hoje o presidente da Câmara.

Em declarações à Lusa, o autarca Eduardo Tavares assegurou que a campanha agrícola tem a rega assegurada e que será precisamente o reserva para regadio que ajudará a resolver a “situação bastante complicada” que se perspetiva em relação ao abastecimento da população de parte deste concelho do distrito de Bragança.

O mês de julho será decisivo para a tomada de decisões, mas o município coloca já a possibilidade de ir buscar água à barragem de regadio da Estevainha para suprir as faltas na barragem de Sambade que serve para abastecimento humano.

“Podemos ter que transportar água da Estevainha para Sambade ou até instalar uma ETA (Estação de Tratamento de Água) móvel na barragem da Estevainha para fornecer água tratada a uma parte do nosso concelho”, concretizou.

O autarca explicou à Lusa que “as Águas de Portugal também estão a fazer as suas projeções, estão a avaliar custos” e que o município está “a aguardar que saiam algumas medidas por parte do Ministério do Ambiente” para “ter dinheiro para estas medidas que vão ter que ser implementadas”.

“Esta sim é uma dificuldade, uma preocupação ainda maior, neste momento, que a utilização para rega e, nessa medida, obviamente estamos preocupados e estamos também a trabalhar com as Águas de Portugal, com as entidades oficiais, no sentido de salvaguardar o abastecimento humano”, salientou.

O município está, entretanto, como disse o autarca, a tentar “sensibilizar a população, os agricultores” para a necessidade de “poupar água, regar menos, usar melhor a água, de forma mais eficiente”.

“Para ver se conseguimos ultrapassar este verão e aguardar que as condições climatéricas também melhorem e que, no próximo outono/inverno, tenhamos chuva e água em quantidade para repor os volumes armazenados nas barragens”, acrescentou.

A barragem que se assume como a solução para os problemas causados no abastecimento humano, a da Estevainha, “não está bem, está longe da sua capacidade máxima”, como referiu o presidente da Câmara, ressalvando, contudo, que tem água armazenada para assegurar o regadio.

“Olhando ao cenário da região e de outros regiões e de outros perímetros de rega, podemos dizer que temos água para esta campanha, obviamente tem que haver aqui cautelas, tem que haver aqui um plano de contingência que já temos vindo a trabalhar com a associação local para a sua implementação e já tivemos algumas ações”, vincou.

O perímetro de rega deste aproveitamento hidroagrícola abrange pomares de cereja e outros frutos, amendoais, olivais e hortícolas e foi reabilitado em 2012, com resultados que Eduardo Tavares destacou.

“Deu uma eficiência, uma sustentabilidade muito grande à rede de rega e felizmente que conseguimos, por isso, ser mais resilientes à seca, e este ano, apesar das dificuldades, prevemos ter água para a campanha toda”, declarou.

O Governo reconheceu na segunda-feira oficialmente a existência de uma situação de seca severa e extrema agrometeorológica em todo o continente, “o que consubstancia um fenómeno climático adverso, com repercussões negativas na atividade agrícola”.

Em despacho publicado na segunda-feira em Diário da República, citam-se os dados de monitorização agrometeorológica e hidrológica para se dizer que a situação de seca no continente, após ligeira melhoria nos meses de março e abril, “voltou a apresentar um agravamento significativo nos meses de maio e junho de 2022 com consequentes impactos negativos na atividade agrícola”.

Portugal continental estava em maio com cerca de 97,1% do território na classe de seca severa e 1,4% na classe de seca extrema. “Esta situação sofreu um agravamento na 1.ª quinzena de junho com a totalidade do território continental em situação de seca severa ou extrema”, diz-se no documento.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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