REGIÕES
PORTO: ASSOCIAÇÃO COMERCIAL QUER NOVA COMPANHIA AÉREA PARA ‘TOMAR O LUGAR’ DA TAP
O presidente da Associação Comercial do Porto defende uma nova companhia aérea para “tomar o lugar” da TAP nas ligações transatlânticas e considera o apoio do Estado à mesma “irracional e contrário aos interesses económicos”.
O presidente da Associação Comercial do Porto defende uma nova companhia aérea para “tomar o lugar” da TAP nas ligações transatlânticas e considera o apoio do Estado à mesma “irracional e contrário aos interesses económicos”.
Numa carta dirigida à Direção-Geral da Concorrência, Nuno Botelho sugeriu a criação de uma nova companhia aérea para os voos intercontinentais a partir de Lisboa e o apoio à captação de rotas para ligações nacionais e europeias, referiu, em comunicado.
Botelho alertou a Comissão Europeia, na missiva de 13 páginas, para o facto de os apoios estatais à TAP não protegerem o turismo português, não respeitarem as ligações no território nacional e serem incompatíveis com o funcionamento do mercado.
Entre as várias observações, o presidente da Associação Comercial salientou o serviço “quase residual” da TAP aos aeroportos do Porto (12% do total de passageiros) e de Faro (cerca de 5% do total de passageiros), ao contrário da concentração que se verifica em Lisboa, onde a TAP é responsável por 50% do total de passageiros, sublinhou.
Além disso, Nuno Botelho entendeu que a TAP não pode pretender ser “muito relevante” para a indústria turística portuguesa e, ao mesmo tempo, estar a abrir rotas para aeroportos que são destinos turísticos estrangeiros (Punta Cana, Agadir, Ibiza e Fuerteventura).
“O auxílio do Estado português à TAP é irracional, contrário aos interesses económicos e ao equilíbrio territorial nacionais, para além de ser claramente desproporcionado”, afirmou.
Acrescentando que a “TAP, SGPS apresenta capitais próprios e resultados líquidos continuadamente negativos (mais de 2 mil milhões de prejuízos nos últimos 11 anos)”.
Por outro lado, Nuno Botelho ressalvou que, numa análise comparativa efetuada pela Associação Comercial, verifica-se uma “enorme incongruência” entre a detenção pelo Estado da totalidade do capital da empresa e a tendência mundial no setor, com os estados a venderem as suas participações em companhias aéreas (como fez o Estado Alemão com a Lufthansa).
Entre as 20 maiores transportadoras mundiais, o dirigente vincou que apenas a Emirates (detida pelo governo do Dubai), a Air China (participada pelo Estado chinês) e a Singapore Airlines (do fundo soberano de Singapura) apresentam capital público relevante na sua composição acionista.
Por esse motivo, Nuno Botelho defendeu que a conectividade aérea e a proteção das atividades económicas se alcançam através da afetação dos ativos da TAP em matéria de `slots´ e como plataforma de voos transatlânticos a uma nova companhia aérea, limpa de passivo e livre de interesses noutras empresas (como as participações no Brasil).
“Este foi, aliás, o caminho seguido por outras companhias aéreas europeias que se encontravam, como a TAP, em situação continuada e estruturalmente deficitária, como a Swissair, a Sabena ou a Alitalia (cujo processo de falência e passagem de ativos para a nova companhia ITA está em curso)”, concluiu.
Na segunda-feira, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal apelou à TAP para revelar “rapidamente” se o plano de reestruturação em curso prevê a reposição das rotas com os mercados brasileiro e americano.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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