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BRAGA: MULHER AGREDIDA E VIOLADA POR NÃO PARTICIPAR EM “REUNIÕES DE JEOVÁ”

O Ministério Público (MP) acusou um homem de agredir reiteradamente a mulher, em Braga, por esta se recusar a participar nas reuniões das Testemunhas de Jeová, um movimento religioso a que o arguido entretanto aderira.

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O Ministério Público (MP) acusou um homem de agredir reiteradamente a mulher, em Braga, por esta se recusar a participar nas reuniões das Testemunhas de Jeová, um movimento religioso a que o arguido entretanto aderira.

Aacusação, datada de 26 de fevereiro e a que a Lusa hoje teve acesso, imputa ao arguido, de 45 anos, os crimes de violência doméstica e de violação.

Em alguns casos, a violação terá ocorrido numa altura em que a vítima se encontrava num estado de “enorme sonolência”, efeito dos antidepressivos e ansiolíticos que o arguido a “obrigou” a tomar.

Segundo a acusação, a relação entre o casal começou a deteriorar-se em 2013, devido ao facto de se gerarem várias discussões entre ambos, “relacionadas com questões religiosas, designadamente por o arguido ter integrado a doutrina das Testemunhas de Jeová”.

O arguido exigiu à mulher que participasse nas reuniões daquela igreja, sendo que quando ela se recusava era agredida verbal e fisicamente, com empurrões, pontapés bofetadas, designadamente na cabeça e no tronco.

“Tais condutas tinham uma periodicidade semanal e ocorriam sobretudo nos dias em que havia reuniões, motivadas pelo facto de a assistente se recusar a comparecer presencialmente nas mesmas”, acrescenta a acusação.

A partir de 2018, estas condutas “aumentaram de intensidade e frequência, passando a ocorrer diariamente”.

Diz ainda que o arguido, devido à sua fé, impediu a mulher e os filhos de festejarem o Natal e os seus aniversários.

Impediu ainda a mulher de ter uma conta bancária em seu nome e de fazer coisas sem a sua autorização prévia, designadamente visitar a mãe.

Em 2017, a mulher quis separar-se e foi não só novamente agredida, como também violada.

Nos dias seguintes, o arguido obrigou a mulher a tomar antidepressivos e ansiolíticos, tendo aproveitado a sonolência daí resultante para a violar.

Pelo meio, o arguido ainda terá agredido a mulher e um filho com um cinto.

O casal acabou por se divorciar em dezembro de 2019, mas as agressões verbais à mulher continuaram.

Para o Ministério Público, o arguido quis atingir a saúde física e psicológica da mulher, lesando a sua integridade moral e o seu corpo, atingindo-a na sua honra e consideração, causando-lhe medo e inquietação e perturbando a sua paz e sossego.

O arguido está a aguardar julgamento sujeito a termo de identidade e residência, a mais leve das medidas de coação.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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