REGIÕES
BRAGANÇA: AUTARQUIA ESPERA VISITA DO GOVERNO AOS PREJUÍZOS DOS INCÊNDIOS
O município de Bragança espera esta semana a visita do Governo à região quando ainda avalia os prejuízos agrícolas causados pelo incêndio que deflagrou no dia 10 no Parque Natural de Montesinho (PNM), informou hoje o presidente da câmara.
O município de Bragança espera esta semana a visita do Governo à região quando ainda avalia os prejuízos agrícolas causados pelo incêndio que deflagrou no dia 10 no Parque Natural de Montesinho (PNM), informou hoje o presidente da câmara.
“Em princípio teremos cá o senhor secretário de Estado das Florestas [Rui Ladeira] para se inteirar exatamente dos prejuízos e daquilo que foi desbastado no PNM, e aí podemos conversar de outra maneira e ver o que se pode fazer tendo em conta uma putativa ajuda aos nossos agricultores”, explicou Paulo Xavier, ressalvando que tudo irá depender das áreas e montantes das perdas relatadas.
“Foi um incêndio de grande densidade. Estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 500 hectares. Em termos de prejuízo, ainda está a ser feito o levantamento. Pedi logo a colaboração dos presidentes de junta. Aliás, estive com eles nestes dois dias de incêndio intenso”, disse Paulo Xavier.
O autarca acrescentou que depois de terminado o levantamento em cada uma das três freguesias afetadas – Carragosa, Rabal e França – o mesmo será enviado para as entidades competentes.
Em Rabal, Carlos Gonçalves perdeu um dos 17 apiários, a mais de 1000 metros de altitude, outros ficaram parcialmente queimados.
“Perdi 48 colmeias. Aproximadamente de prejuízo, entre produção, colmeias, enxames e material apícola, são cerca de 17.600 euros”, lançou contas o apicultor.
Para Carlos Gonçalves, os prejuízos poderiam ter sido evitados se houvesse “um bocadinho de prevenção” por parte das entidades competentes na gestão da área protegida.
“Uma pessoa tem de andar a ziguezaguear giestas e estevas porque o Estado limita-se a observar, tem uma atitude passiva. Multam pequenos agricultores e pessoas com reformas muito pequenas, que não lhes chega para pagar a limpeza dos terrenos, mas o Estado não cumpre. Tem tudo ao abandono. No PNM está tudo abandonado – casas [da floresta], caminhos, sinalética e o parque de campismo”, criticou o apicultor, que garantiu que mantinha todos os seus apiários limpos.
Na sexta-feira assinala-se o Dia do Parque Natural de Montesinho e está convidada para as ações calendarizadas, além do secretário de Estado das Florestas, a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.
O programa das comemorações dos 45 anos foi divulgado esta manhã pela autarquia, com início ao princípio da tarde em Vilarinho de Cova de Lua e término com a inauguração do Centro Interpretativo do PNM, na aldeia de Montesinho.
Paulo Xavier, que acumula o cargo da presidência da cogestão do PNM, reforçou que considera necessária a revisão do plano contra incêndios na zona.
“Acho que é importante preservar o parque mas fazer uma área de contenção à volta da população para que nada possa acontecer. E depois, dentro do que é possível e do que os técnicos dirão, tornar os caminhos com acesso mais fáceis (…)”, reiterou o autarca brigantino, que logo após o fogo tinha defendido ser preciso discutir no âmbito da cogestão do PNM temas como a vigilância, prevenção e ordenamento deste território para evitar incêndios florestais e rurais.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tinha referido à Lusa que os procedimentos após um incêndio ser dado como extinto são “os trabalhos de recuperação da área ardida, incluindo a elaboração do relatório de estabilização de emergência, com a identificação das medidas urgentes a tomar e de um programa para a sua implementação”.
A Lusa solicitou à Guarda Nacional Republicana (GNR), a entidade responsável por esse departamento, o total da área ardida neste incêndio, mas até ao momento ainda não obteve resposta.
O PNM foi reconhecido a 30 de agosto de 1979. Tem cerca de 75 mil hectares nos concelhos de Bragança e Vinhais, a Terra Fria Transmontana, e inclui 92 aldeias.
REGIÕES
BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.
Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.
O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.
“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.
A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.
“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.
Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.
“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.
O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.
“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.
Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.
No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.
O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.
A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.
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