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BRAGANÇA: DOIS MÉDICOS E SETE AGENTES FUNERÁRIOS DETIDOS POR FALSIFICAÇÃO
A Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real deteve dois médicos e sete agentes funenários, em Bragança, por suspeitas de crimes de corrupção, falsificação de documentos, recebimento de vantagem indevida e falsidade informática.

A Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real deteve dois médicos e sete agentes funerários, em Bragança, por suspeitas de crimes de corrupção, falsificação de documentos, recebimento de vantagem indevida e falsidade informática.
Os médicos envolvidos terão certificado a morte de centenas de pessoas à distância, a maioria das quais idosas que viviam nas aldeias, sem apurar se havia ou não indícios de crime.
Um dos médicos detido é o presidente dos Bombeiros Voluntários de Bragança, José Moreno, que é há vários anos diretor clínico do Desportivo de Bragança, membro da Assembleia Municipal e Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia local.
Em comunicado, a PJ revelou que a operação “Rigor Mortis” realizou 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias que resultaram na detenção de seis homens e três mulheres entre os 38 e os 67 anos, durante uma operação realizada esta segunda-feira em várias localidades de Bragança.
Os dois médicos em causa, delegados de saúde, “terão emitido e entregue a agentes funerários várias dezenas de certificados de óbito e respetivas guias de transporte de cadáveres, sem praticarem os atos médicos que lhes competia legalmente e mediante contrapartida financeira”.
“A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração da Diretoria do Norte [da PJ], em inquérito dirigido pelo Ministério Público – DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] do Porto, desencadeou uma ação policial no dia de ontem [segunda-feira], em várias localidades do município de Bragança”, lê-se no comunicado.
Foram realizadas 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias e detidas nove pessoas, seis homens e três mulheres, com idades compreendidas entre os 38 e os 67 anos, suspeitos da autoria dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, falsificação de documento e falsidade informática, revela a Polícia Judiciária em comunicado.
Os detidos vão ser presentes às Autoridades Judiciárias competentes, para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.
