REGIÕES
BRAGANÇA: SINDICATO CONTRA USO DE AMBULÂNCIAS SIV NO TRANSPORTE DE DOENTES
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, alertou hoje que a afetação das duas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) do distrito de Bragança ao transporte de doentes pode subtrair meios ao socorro urgente.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, alertou hoje que a afetação das duas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) do distrito de Bragança ao transporte de doentes pode subtrair meios ao socorro urgente.
Rui Lázaro acusou ainda a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), entidade gestora das unidades hospitalares da região, de adotar uma “medida economicista”, considerando ser a única ULS do país onde a situação se verifica.
A ULSNE esclareceu esta tarde, por escrito, que está apenas a reforçar uma normativa legal.
Numa nota interna, a que a Lusa teve acesso, lê-se que os profissionais de saúde devem passar “a solicitar todo e qualquer transporte de doentes em situação de emergência/urgente, na modalidade de transporte secundário – da instituição de saúde para outra instituição de saúde – seja efetuada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), sendo esse transporte solicitado via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”.
Nestes transportes que são efetuados por ambulâncias tipo B passam deste modo, além dos meios afetos aos bombeiros, a ser incluídas as duas ambulâncias SIV do distrito, sediadas em Mirandela e em Mogadouro.
Estes veículos são tripulados por um técnico especializado e um enfermeiro e são a primeira linha do socorro diferenciado.
“O que prevemos que venha a acontecer é que vá subtrair meios de emergência que deviam estar disponíveis para fazer emergência médica primária, para ir aos locais dos acidentes ou a casa das pessoas (…). O que ainda é mais grave numa região em que esses meios são escassos”, considerou Rui Lázaro, que relembrou, contudo, que a ativação da SIV para este tipo de serviços depende da decisão do CODU.
Além destas ambulâncias, o distrito tem uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), em Bragança, e um helicóptero, em Macedo de Cavaleiros, onde vão um médico e um enfermeiro, sendo as ajudas mais especializadas.
Em comunicado, a ULSNE começou por Portaria 260/2014, citando que o transporte de doentes urgentes e emergentes está reservado ao INEM e às entidades por este reconhecidas, que são os bombeiros voluntários, e que têm meios próprios para o fazer.
Foi também referido que é do profissional de saúde a responsabilidade de qualificar a situação do doente, isto é, se se trata de doente urgente e emergente ou não urgente, sendo depois o CODU a validar o transporte.
“No nosso entendimento, a norma terá sido dirigida para os doentes críticos pontuais. Não para fazer todas as transferências hospitalares, como diz agora a nota da ULSNE. Isto é uma usurpação dos meios de emergência médica, que nos parece mais uma medida economicista”, atirou Rui Lázaro.
Isto porque, explicou o sindicalista, se for solicitado o transporte ao INEM, a unidade hospitalar poupa o custo do transporte e não tem de disponibilizar uma equipa médica para acompanhar o doente, que fica assegurada pela SIV.
Ainda na nota escrita enviada hoje, a ULSNE continuou o esclarecimento dizendo que, à luz da portaria referida, “entendeu, pois, o Conselho de Administração reforçar junto dos seus Serviços o normativo legal referido, devendo estes submeter, assim, o pedido de transporte à apreciação prévia da entidade decisora, o CODU”, sendo o centro que decide quem realiza a deslocação, o INEM ou uma corporação de bombeiros.
“A maior parte dos turnos destas duas ambulâncias hoje já são assegurados por colegas que vêm do Porto. Não sabemos se continuarão disponíveis se for para andar a fazer transferências hospitalares em vez de emergência médica”, avançou Rui Lázaro, acrescentando que as corporações de bombeiros do distrito disponibilizam um bom lote de ambulâncias certificadas para este tipo de serviços.
REGIÕES
BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.
“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.
Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.
O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.
“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.
A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.
“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.
Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.
“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.
O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.
“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.
A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.
Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.
No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.
O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.
A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.
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