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CASCAIS: TRANSFORMAÇÃO DE BIORRESÍDUOS EM ADUBO E ENERGIA ELÉTRICA

Mais de 60 mil agregados de Cascais já reciclam cerca de 45 mil toneladas de biorresíduos por ano, que são transformadas em composto para a agricultura e também em energia elétrica, segundo a Câmara Municipal.

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Mais de 60 mil agregados de Cascais já reciclam cerca de 45 mil toneladas de biorresíduos por ano, que são transformadas em composto para a agricultura e também em energia elétrica, segundo a Câmara Municipal.

Os municípios estão obrigados, desde 01 de janeiro de 2024, a terem um sistema de recolha dos biorresíduos descartados pelos munícipes e, embora a associação ambientalista Zero considere existir um atraso geral, há autarquias onde o processo começou há alguns anos com um projeto-piloto e se tenha estendido entretanto a todas as áreas do concelho.

No concelho de Cascais, distrito de Lisboa, o território tem atualmente a “cobertura total” de um sistema que combina o fator humano com o fator tecnológico e que tem permitido obter “resultados interessantes”, segundo a vereadora do Ambiente, Joana Balsemão.

“As pessoas são contactadas porta-a-porta por equipas de jovens que explicam, tiram dúvidas e deixam um bilhete com mais detalhes, mas nunca deixam o equipamento sem haver uma interação com o agregado. Se a pessoa não estiver em casa, voltam noutra altura”, disse.

Em Cascais foram contactados porta-a-porta 60 mil agregados, além de estabelecimentos de restauração e hotelaria, e não foi possível contactar ainda cerca de 20 mil famílias, sendo agora o objetivo “apertar a malha” para ter cobertura de 100%.

Além das explicações de como acondicionar este lixo biológico, ao cidadão é deixado um balde castanho de sete litros e mensalmente sacos verdes para estes resíduos.

“O que nós notámos é que a explicação, a disponibilidade destas equipas para responderem a dúvidas, etc., fez muita diferença na adesão, que foi na ordem dos 96%, e também no impacto e na utilização”, acrescentou a autarca, salientando que, apesar das explicações, ainda existe um grau de contaminação deste lixo, “mas não é significativo”.

Segundo Joana Balsemão, no concelho de Cascais são gerados cerca de 45 mil toneladas de biorresíduos por ano que servem para produzir sobretudo composto e adubo, mas das quais, desde que o projeto foi implementado, cerca de 10% (4,5 mil toneladas) estão a ser desviadas para a produção de energia, já que cada “tonelada de restos de comida pode gerar cerca de 300 kWh de energia elétrica”.

“Não é de todo onde nós queremos estar, mas já é o começo e já notamos os quantitativos. De cada vez que há este desvio significa que há menos resíduos a irem para um aterro. É só manter o caminho e tentar desviar cada vez mais biorresíduos do aterro para geração de energia elétrica”, afirmou.

Joana Balsemão realçou ainda que “o interessante deste sistema é que não implicou a colocação de mais contentores na rua”: os sacos verdes com os biorresíduos são depositados no mesmo contentor dos indiferenciados, porque a separação entre os dois tipos de sacos é feita já na empresa intermunicipal de tratamento do lixo Tratolixo.

“Nessa reta final há um leitor ótico, já dentro das instalações da Tratolixo, que deteta os sacos verdes, os retira da passadeira automática, e, portanto, assim podem ter encaminhados para o seu destino final”, disse a vereadora.

O sistema de recolha seletiva em saco ótico está a ser replicado também em Sintra, Oeiras e Mafra, os outros municípios abrangidos pela Tratolixo.

Segundo a empresa, atualmente “este sistema de recolha já se encontra alargado a toda a área de intervenção” e “o número de aderentes é já superior a 80.000 famílias, o que corresponde a cerca de 30% da população dos quatro municípios”.

A Tratolixo destacou que no ano passado, até novembro, foram recolhidos seletivamente pelos quatro municípios mais de 55 mil toneladas de resíduos alimentares e verdes.

Por isso, a empresa está já a antecipar a meta estabelecida para 2030, de recolha e tratamento de 70% do potencial de biorresíduos do sistema, que corresponde a 170 mil toneladas por ano.

Além do setor doméstico, os municípios estão agora empenhados em aplicar o programa às escolas, uma vez que as crianças são muito importantes para dinamizar práticas de separação de resíduos nos seus próprios lares, e também no canal HORECA (restauração e hotéis), “onde existe um enorme potencial”, acrescentou.

A empresa intermunicipal realçou que a adaptação das Unidades de Tratamento Mecânico e de Tratamento Biológico da Tratolixo à recolha seletiva de biorresíduos exigiu um investimento total superior a 10 milhões de euros, que teve “uma elevada taxa de cofinanciamento do Fundo de Coesão”.

O tratamento mecânico de Trajouce foi adaptado à recolha seletiva de biorresíduos em sacos óticos e a capacidade da central de tratamento biológico da Abrunheira, que permite tratar os resíduos de forma a produzir biogás e composto, foi ampliada para 120.000 toneladas por ano.

Foi também apresentada candidatura ao POSEUR (com um investimento elegível de 5,5 milhões de euros e uma taxa de cofinanciamento do Fundo de Coesão de 85%) para a nova central de compostagem que trata resíduos verdes recolhidos pelos quatro municípios, com capacidade para 50.000 toneladas por ano.

Segundo a empresa, a central “já está a produzir composto de elevada qualidade, apto para utilização na agricultura biológica”.

O próximo desafio no mundo da reciclagem municipal é o setor têxtil e Cascais está já a preparar um projeto-piloto, com base num estudo académico, para testar a viabilidade de usar o mesmo sistema (com sacos de outra cor) para a reciclagem de têxteis.

Este projeto-piloto irá abranger, numa primeira fase, cerca de cinco mil agregados.

“Vai ser exigente, mas eu acho que o porta-a-porta vai funcionar outra vez”, considerou Joana Balsemão.

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PORTO: MP QUER FERNANDO MADUREIRA E “POLACO” NA PRISÃO POR AGRESSÃO A POLÍCIAS

O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Fernando Madureira e de outros oito arguidos acusados de agressões a agentes da PSP, que protegiam adeptos do Benfica, antes de uma partida de hóquei em patins, em 2018.

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O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Fernando Madureira e de outros oito arguidos acusados de agressões a agentes da PSP, que protegiam adeptos do Benfica, antes de uma partida de hóquei em patins, em 2018.

O processo, que está a ser julgado no Tribunal do Bolhão, no Porto, tem nove arguidos, incluindo Madureira, líder da claque Super Dragões, Hugo Carneiro, conhecido por “Polaco” – ambos em prisão preventiva no âmbito da “Operação Pretoriano” -, e outros sete elementos, acusados do crime de participação em rixa no contexto de espetáculo desportivo.

Nas alegações finais, a procuradora do MP pediu a condenação de todos os arguidos, alguns a penas efetivas de prisão, mas sem especificar nomes, admitindo que, em relação aos arguidos primários (sem antecedentes criminais), as penas possam ser suspensas ou substituídas pelo pagamento de multa.

A magistrada sustentou que os arguidos agiram “em coautoria e em comunhão de esforços”, sublinhando “a gravidade dos factos, o tumulto criado e o número de intervenientes” na rixa, que, refere a acusação do MP, envolveu o arremesso de pedras e de tochas contra os agentes policiais, que protegiam os adeptos do Benfica que chegavam à estação de Metro do Dragão, para assistirem ao jogo de hóquei em patins, em abril de 2018, no Pavilhão Dragão Caixa.

Para a procuradora do MP, os testemunhos dos agentes da PSP e as imagens de videovigilância “desmentem” as versões apresentadas em julgamento por Fernando Madureira e por outros três arguidos – cinco mantiveram-se em silêncio -, segundo as quais nada tiveram a ver com a rixa, pois estavam a distribuir bilhetes quando se aperceberam “da confusão instalada junto ao metro”.

O MP frisa que as testemunhas colocaram “todos os arguidos” no local da contenda, lembrando que um dos agentes policiais foi atingido na face por uma pedra arremessada pelo grupo.

Advogados de defesa argumentam

Já o advogado de Fernando Madureira, que assistiu à sessão por videoconferência a partir do estabelecimento prisional onde está em prisão preventiva, apontou “incongruências” aos depoimentos dos agentes policiais, sustentando não ter havido qualquer tipo de premeditação ou “coautoria moral” por parte do seu cliente.

Gonçalo Cerejeira Namora sublinhou que nada se pode provar contra o seu constituinte, pois o mesmo nada teve a ver com os factos em julgamento, acrescentando que Madureira estava a distribuir cerca de 600 bilhetes para o jogo de hóquei em patins.

Nesse sentido, o advogado pugnou pela absolvição do seu constituinte.

O advogado de Hugo “Polaco” também pediu a absolvição do seu cliente e de outro arguido, negando a participação dos seus constituintes na rixa, mas admitiu a condenação de outros dois arguidos, os quais assumiram a sua intervenção nos factos, mas a penas de multa, pois, disse, são ambos primários.

As restantes defesas pediram igualmente a absolvição dos respetivos constituintes.

A leitura da sentença ficou marcada para 23 de maio, às 9h30.

Em julgamento estão alegadas agressões a adeptos do Benfica e a agentes da PSP cometidas antes de um jogo de hóquei em patins, em 2018, nas imediações do Estádio do Dragão e do pavilhão do FC Porto.

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AVEIRO: ATLETA MORREU EM MARATONA APÓS PARAGEM CARDIORRESPIRATÓRIA

Um atleta de 43 anos que participava este domingo na maratona de Aveiro sofreu uma paragem cardiorrespiratória no decorrer da prova, acabando por morrer, disse à Lusa fonte da Câmara de Aveiro.

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Um atleta de 43 anos que participava este domingo na maratona de Aveiro sofreu uma paragem cardiorrespiratória no decorrer da prova, acabando por morrer, disse à Lusa fonte da Câmara de Aveiro.

Segundo a fonte, o incidente ocorreu ao quilómetro 33, a vítima foi assistida no local e transportada ainda com vida para o hospital onde acabou por morrer.

O atleta era português, residente na Grande Lisboa, acrescentou.

O vencedor da maratona foi o marroquino Mohamed Chaaboud, com o tempo de 02:09:19.290.

O atleta português melhor classificado nesta prova foi Carlos Costa que chegou à meta em quinto lugar.

A maratona levou a Aveiro mais de 20 mil pessoas, de 91 nacionalidades diferentes.

Organizada pela Global Sport, promovido pelo Município de Aveiro e Turismo do Centro de Portugal e com o apoio do Município de Ílhavo, a prova dividiu-se em quatro distâncias: a maratona, 42 quilómetros, a meia-maratona, 21 quilómetros, corrida, 10 quilómetros, e a caminhada, 5 quilómetros.

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