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CHAVES: AUTARCA PREOCUPADO COM O FECHO DA URGÊNCIA PEDIÁTRICA

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, mostrou-se hoje muito preocupado com o encerramento da urgência pediátrica do hospital local esta semana e pela quinta vez este ano, exigindo “soluções estáveis” para o futuro.

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O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, mostrou-se hoje muito preocupado com o encerramento da urgência pediátrica do hospital local esta semana e pela quinta vez este ano, exigindo “soluções estáveis” para o futuro.

“Vejo sinais de preocupação. O primeiro sinal é que esta situação tem vindo em crescendo, ou seja, os períodos de indisponibilidade da urgência pediátrica têm vindo a aumentar, passaram de dois dias para sete ou mais. E a minha pergunta é o que vai acontecer no futuro? Que tipo de soluções é que estão a ser desenhadas para que situações desta natureza não se verifiquem com regularidade”, afirmou hoje Nuno Vaz.

A urgência pediátrica do Hospital de Chaves está fechada desde as 08:00 de hoje e até às 08:00 da próxima segunda-feira, dia 09 de outubro, efetuando-se o atendimento na urgência de Vila Real, sede do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

Esta é quinta vez, desde a Páscoa, que a urgência pediátrica de Chaves fecha, mas é o período que este fecho se prologa por mais tempo.

Com esta tomada de posição pública, Nuno Vaz quis demonstrar a sua indignação e preocupação com a situação e garantiu que tudo fará para garantir o acesso à saúde por parte da população.

O autarca socialista disse que a população da área de influência deste hospital, que corresponde aos concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre e Valpaços, “fica desprotegida na lógica de resposta atempada”.

“Quando falamos com questões que têm a ver com urgência ou emergência significa que o tempo conta, que o tempo de resposta a este tipo de problemas de saúde conta”, frisou, destacando situações de residentes em localidades já distantes de Chaves e que ficam, agora, ainda mais longe da resposta hospitalar, em Vila Real.

Entre a “identificação do assunto, o acionar do meio e a prestação dos cuidados podemos estar a falar de mais de uma hora e meia”, acrescentou.

As cidades de Chaves e de Vila Real distam cerca de 70 quilómetros e são ligadas pela Autoestrada 24 (A24).

Ao Governo e, especificamente, ao Ministério da Saúde o presidente trasmontano exigiu “soluções estáveis” para resolver uma questão “que parecia conjuntural, mas que parece que se está a tornar estrutural”, designadamente o “défice de recursos humanos”.

“A minha questão é que se isto vai ser sempre assim, se vamos ter períodos sem urgência pediátrica todos os meses e se isto também não é um indício do regresso a um passado, não muito distante, de não haver urgência pediátrica”, frisou.

Nuno Vaz deixou ainda uma “nota de preocupação adicional”, com a reforma da saúde anunciada no início de setembro pelo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na qual está incluída a criação da ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, que agregará o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) com os Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Tâmega e do Barroso, do Douro I — Marão e Douro Norte e do Douro II — Douro Sul.

Em consequência, o autarca quer saber se a implementação deste modelo vai “significar abandonar as periferias”.

“E este é um sinal nesse sentido, perante a dificuldade de arranjar pediatras nas três unidades o que é que decidiu o CHTMAD? Concentrar todos os recursos, pediatras, em Vila Real. Este é um mau pronuncio, é um indicio de que porventura a ULS desenhada para a região não é solução”, sublinhou.

E concluiu: “Sempre que há problemas concentra-se, está aqui o exemplo”.

O CHTMAD agrega os hospitais de Chaves, Lango e Vila Real.

A Assembleia Municipal de Chaves e a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso, que inclui os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, aprovaram moções a reivindicar a criação de uma ULS do Alto Tâmega e Barroso.

Contactado pela agência Lusa, o CHTMAD não se quis pronunciar sobre este assunto.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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