NACIONAL
CMVM ALERTA PARA O RISCO DE CIBERATAQUES A MERCADOS FINANCEIROS EM 2023
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou hoje para o risco elevado de ataques cibernéticos “aos mercados financeiros e seus intervenientes” para o ano, classificando esta tendência como “ascendente”, segundo um relatório publicado pela entidade.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou hoje para o risco elevado de ataques cibernéticos “aos mercados financeiros e seus intervenientes” para o ano, classificando esta tendência como “ascendente”, segundo um relatório publicado pela entidade.
“Os ataques cibernéticos deverão permanecer como o tipo de eventos que maior risco operacional acarreta para os mercados financeiros e para os seus intervenientes, sendo expectável que ao longo do próximo ano permaneça o risco elevado e com tendência ascendente”, indicou, numa nota que acompanhou o relatório ‘Risk Outlook 2023’, no seu ‘site’.
A CMVM identificou, para o próximo ano, cinco principais riscos: “o risco de mercado, o de liquidez, de crédito, de conduta e os riscos operacionais”, destacando que quanto ao primeiro, “classificado como muito elevado, e apesar das quedas significativas de cotações registadas após o início da guerra na Ucrânia, persistem sinais de sobrevalorização nos mercados acionistas, incluindo em Portugal, dada a atual conjuntura e as perspetivas de deterioração do crescimento económico”.
O regulador indicou que, no que diz respeito ao risco de liquidez, “apesar de elevado, perspetiva-se relativamente contido no mercado acionista para 2023”.
A CMVM explicou que “os montantes negociados no mercado português nos primeiros dez meses de 2022 encontram-se acima dos registados no período homólogo de 2021, apesar da queda mensal que se tem vindo a observar no valor transacionado”.
No entanto, na gestão de ativos, “em particular no domínio dos fundos de investimento mobiliário” aumentaram “os resgates em 2022 o que pode estar associado à procura de alternativas de investimento com menor risco, uma tendência que poderá prolongar-se por 2023”, alertou.
Já a graduação do risco de crédito “associado aos emitentes soberano e privados” é considerada elevada pela CMVM, “com perspetiva ascendente”, tendo em conta “o agravamento generalizado das condições de financiamento num contexto de aumento das taxas de juro, designadamente por parte dos bancos centrais para conter a subida da inflação”.
O regulador salientou que a “atual estrutura de financiamento dos emitentes privados, bem como as recentes revisões em alta das notações de crédito da República Portuguesa, contribuem para que o risco de crédito no mercado nacional não seja classificado como muito elevado”.
A CMVM destacou ainda riscos de conduta, “em matéria de exigências de reporte sobre a incorporação de elementos ESG (ambiente, sociedade e governação das entidades) nos mercados financeiros” prevendo “a continuação da densificação da regulação financeira em 2023”.
O regulador alertou que, “apesar desta tendência, existem indícios da persistência de ineficiências na gestão dos riscos ESG e crescem as preocupações com os riscos de ‘greenwashing’, já identificados em 2021”, sublinhando que “os casos de entidades suspeitas de práticas de ‘greenwashing’ afetam a credibilidade dos mercados financeiros e a confiança dos seus participantes, em especial dos investidores”.
O ‘greenwashing’ implica a apropriação de questões ambientais para ter uma imagem positiva, por parte de empresas e organizações, sem que os seus produtos sejam ‘verdes’.
Por fim, a CMVM destacou os criptoativos, alertando que “a oferta de serviços e produtos fora do perímetro da regulação e da supervisão expõe esses mercados e os seus participantes a riscos significativos”.
“A falta de transparência quanto às estratégias delineadas, aos modelos de negócio e ao grau de risco e liquidez dos ativos, são exemplos da insuficiência de informação prestada aos investidores (e do risco que assumem)”, salientou o regulador.
A CMVM apresentou ainda, no ‘Risk Outlook’, os resultados de um teste de esforço à liquidez dos fundos de investimento mobiliário, que pretende aferir, contemplando três cenários distintos, “a capacidade de os fundos de investimento domiciliados em Portugal fazerem face a volumes anormais de resgates em situações de disrupção dos mercados”.
“Os resultados obtidos sugerem que, mesmo no cenário mais adverso, apenas 11% dos fundos poderão necessitar do recurso à alienação de títulos menos líquidos, com potenciais perdas associadas a operações de venda com desconto”, indicou, salientando que “neste teste, a generalidade dos fundos de investimento analisados (89%) não necessitaria de realizar operações dessa natureza, dispondo de ativos líquidos suficientes para fazer face a volumes anormais de resgates nos cenários adversos que foram considerados”.
NACIONAL
BOMBAS AUTOMÁTICAS DE INSULINA DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS NOS PRÓXIMOS DIAS
As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.
As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.
“Esperamos que nos próximos dias a situação esteja estabilizada e que já seja possível fazer essa encomenda através das farmácias”, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.
Em 21 de janeiro, foi publicada a portaria que criou o regime excecional de comparticipação dos dispositivos médicos de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) e dos respetivos consumíveis, permitindo que possam ser adquiridos nas farmácias comunitárias, uma medida que era reivindicada pelas associações representativas dos diabéticos.
A portaria do Ministério da Saúde, que entra em vigor na sexta-feira, justificou a medida com a necessidade de “melhorar o desempenho do processo atual” com o objetivo de garantir a disponibilização das bombas automáticas de insulina a um maior número de utentes e com maior celeridade.
Até agora essas bombas eram disponibilizadas através dos centros de tratamento.
“Neste momento, estamos a preparar o processo, que é algo complexo, uma vez que implica atribuir códigos informáticos a cada uma das bombas e a cada um dos consumidores das bombas”, adiantou Ema Paulino.
Além disso, está a ser adaptada a cadeia logística, ou seja, estão a ser “criadas as pontes” entre a indústria, os distribuidores farmacêuticos e as próprias farmácias, referiu a presidente da ANF, ao adiantar que também “é preciso assegurar o sistema de prescrição”.
“Os códigos que estão a ser criados para as bombas e para os consumíveis também vão ser os códigos que vão ser utilizados pelos médicos prescritores para poderem passar as receitas”, explicou.
“A informação que tenho é que não demorará mais de uma a duas semanas para todo o sistema estar estabilizado”, estimou a presidente da ANF, ao salientar que está também a ser preparada formação adicional para as equipas das farmácias no sentido de prestarem esclarecimentos aos utentes sobre os dispositivos.
A prescrição destes dispositivos só poderá ser realizada por especialistas em medicina interna, endocrinologia e pediatria, desde que devidamente autorizados e identificados pelos centros de tratamento, reconhecidos pela Direção-Geral da Saúde no âmbito da consulta onde o utente é acompanhado.
Segundo a portaria, os dispositivos médicos abrangidos por este regime excecional são comparticipados a 100% pelo Estado no seu preço, quando destinados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dispensados em farmácia de oficina.
O programa integrado de tratamento das pessoas com diabetes tipo 1 pretende garantir a disponibilização destes dispositivos a todos os potenciais beneficiários com desenvolvimento progressivo até 2026.
Segundo a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que tem exigido a disponibilização das bombas nas farmácias, a sua utilização pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.
A APDP estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.
A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.
NACIONAL
PRODUÇÃO DE AZEITE EM PORTUGAL PODERÁ SUBIR 15% EM 2025
A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.
A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.
Em declarações à agência Lusa, Susana Sassetti, diretora executiva da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, indicou que esta estimativa é feita com base na produção dos associados da organização.
Os olivicultores e lagares da Olivum, salientou, produziram, “no ano passado, à volta das 105 mil toneladas” de azeite e a produção apurada na campanha deste ano “foi de 120 mil toneladas”, correspondendo a um aumento de cerca de 15%.
“De acordo com a percentagem que representávamos na produção do ano passado, que era mais ou menos de 70%, prevemos que a campanha nacional deste ano ande à volta das 170 mil toneladas”, adiantou a responsável.
Segundo a diretora executiva da Olivum, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a produção nacional de azeite na campanha de 2024 tinha atingido as 150 mil toneladas.
“Esta percentagem [da representação da produção dos associados da Olivum em termos nacionais] pode não corresponder à realidade”, pois “muitos novos olivais foram plantados e entraram em produção”, advertiu.
Questionada pela Lusa sobre se o aumento da quantidade produzida em Portugal pode fazer descer o custo do azeite, Susana Sassetti esclareceu que “o preço não depende da produção nacional”, sendo “definido por Espanha, o maior produtor a nível mundial”.
“Se Portugal anda à volta das 150 mil ou das 200 mil toneladas, em Espanha há anos que chega a 1,4 milhões de toneladas”, comparou, lembrando que as campanhas mais recentes no país vizinho tiveram produções mais baixas, devido à seca, fazendo disparar os preços.
Assinalando que, este ano, “Espanha volta a ter a produção que normalmente costuma ter”, a diretora executiva da Olivum observou que o preço tem vindo a baixar, mas “não voltará ao nível em que estava há quatro ou cinco anos”.
Quanto à campanha deste ano, Susana Sassetti realçou que “a produção de azeitona foi maior do que a do ano passado”, mas, “em termos do rendimento em azeite, ou seja, a transformação da azeitona em azeite, acabou por ser igual à do ano passado, por causa das condições climatéricas”.
“Foi uma campanha que começou mais cedo do que normalmente costuma começar e originou bons azeites”, apesar de, na parte final, ter havido “alguma chuva e calor ao mesmo tempo, o que não é bom e favorece o surgimento de doenças ou pragas nos olivais”, acrescentou.
Com sede em Beja, a Olivum é uma associação de olivicultores e lagares e foi constituída em 2013 para dar respostas a novas questões da cultura do olival, incluindo a necessidade da defesa e representatividade do setor, na altura quase inexistente.
Esta associação representa mais de 50 mil hectares de olival, 20 lagares e cerca de 70% da produção nacional de azeite.
Portugal é o sexto maior produtor olivícola mundial e o quarto europeu.
-
REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
-
NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: JOGO “NACIONAL X PORTO” INTERROMPIDO DEVIDO AO NEVOEIRO
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: VITÓRIA E SPORTING EMPATAM EM JOGO “ÉPICO” COM CHUVA DE GOLOS (VÍDEO)
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BENFICA PERDE NA LUZ COM O BRAGA E DESPERDIÇA EMPATE DO SPORTING (VÍDEO)
-
REGIÕES4 semanas atrás
TROFA: ACIDENTE DE TRABALHO CAUSA UM MORTO EM SANTIAGO DE BOUGADO
-
NACIONAL4 semanas atrás
MINISTÉRIO PÚBLICO ACUSA MULHER DE ACESSO ILEGAL A MAIS DE 80 CONTAS BANCÁRIAS
-
REGIÕES4 semanas atrás
MIRANDA DO DOURO: MOVHERA ACUSADA DE “COMPORTAMENTO COLONIAL” – BARRAGENS