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CONSUMO DE TABACO E ÁLCOOL AUMENTOU NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS EM PORTUGAL

A prevalência do consumo de tabaco em Portugal aumentou de 48,8% para 51% entre 2017 e 2022 e a do consumo de álcool de 49,1% para 56,4%, enquanto o uso de sedativos está nos 13%, abaixo dos 22,%5 em 2001.

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A prevalência do consumo de tabaco em Portugal aumentou de 48,8% para 51% entre 2017 e 2022 e a do consumo de álcool de 49,1% para 56,4%, enquanto o uso de sedativos está nos 13%, abaixo dos 22,%5 em 2001.

Os dados fazem parte do V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral 2022, promovido pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que retrata a mais recente informação sobre o uso de substâncias ilícitas, lícitas, jogo e ecrã.

Entre as substâncias psicoativas estudadas, o tabaco é a segunda (abaixo do álcool) com a experiência de consumo mais generalizado, com cerca de 50% da população entre os 15 e os 64 anos a declarar ter consumido tabaco alguma vez ao longo da vida, refere o inquérito que foi iniciado em 2001, tendo sido replicado em 2007, 2012, 2016/17 e em 2022, sob a responsabilidade de uma equipa de investigação do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa.

“As prevalências dos consumos atuais (nos últimos 30 dias), são sempre mais baixas do que as que registámos no último ano. Isso deve-se ao facto de o número de experiências sem continuidade ou de abandonos durante este período não excederem as novas experiências no último mês”, referem os autores do estudo, que tem uma amostra de 12.000 inquiridos, representativa da população.

Na população total (15-64 anos), a prevalência do consumo de tabaco nos últimos 30 dias aumentou ligeiramente em 2022, atingindo 31,9%, contra os 30,6% registados em 2017, um aumento que se deve ao aumento do consumo dos homens, passando de 36,5% para 40,8%, tendo no mesmo período baixado o consumo das mulheres, de 25% para 23,4%.

Analisando a população dos jovens adultos, o estudo indica que os consumos atuais seguem um padrão similar ao registado para os consumos recentes (últimos 12 meses) e são superiores aos registados no conjunto da população (15-64 anos) exceto em 2022 em que eles diminuem.

“Entre 2017 e 2022 a prevalência dos consumos atuais dos jovens adultos baixou de 37,4% para 27,8%, sendo que no caso dos homens a descida é de 39,6% para 35,8% e no caso das mulheres de 35,3% para 19,6%”, refere o inquérito que é apresentado hoje num evento no SICAD, em Lisboa, que antecipa as comemorações do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico ilícito de Drogas.

Relativamente ao álcool, os dados indicam que a prevalência do consumo ao longo da vida (75,8%) desceu em relação a 2017 (86,4%) e aproxima-se dos valores registados entre 2001 e 2012, mas considerando os consumos atuais (nos últimos 30 dias), a prevalência sobe de 49,1% para 56,4% entre 2017 e 2022, apesar de não atingir os valores de 2001 e 2007 (cerca de 60%).

A prevalência de consumo ‘binge’ (consumo rápido e excessivo de bebidas alcoólicas), pelo menos uma vez no último ano, é de 10,3% para o total da população, similar aos valores de 2012 e 2017, sendo os consumidores sobretudo homens com idades entre os 25 e os 44 anos.

Um consumo ‘binge’ mais severo (uma vez ou mais por mês nos últimos 12 meses) é declarado por 6,1%, uma prevalência que sobe relativamente a 2012 (3,4%) e a 2017 (5,1%).

Quanto à prevalência do consumo de sedativos, o inquérito revela que se situava, na população dos 15 aos 64 anos, nos 13% em 2022, quando em 2017 era de 12,1%, depois de ter atingido 22,5% em 2001, 19,1% em 2007 e 20,4% em 2012.

“De todas as substâncias psicoativas por nós estudadas, esta é a terceira com maior expressão, depois do álcool e do tabaco”, sublinham os investigadores, adiantando que, contrariamente ao álcool e ao tabaco, o consumo de sedativos é maior nas mulheres (16,9%) do que nos homens (9%), um padrão que se tem mantido.

A prevalência do consumo de sedativos nos jovens adultos (15-34 anos) situa-se em torno dos 2% em 2022, os níveis mais baixos, sendo que esta redução se deve essencialmente, à diminuição progressiva dos consumos femininos que passam de 6,1% em 2001, para 1,9% em 2022.

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NACIONAL

BOMBAS AUTOMÁTICAS DE INSULINA DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS NOS PRÓXIMOS DIAS

As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

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As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

“Esperamos que nos próximos dias a situação esteja estabilizada e que já seja possível fazer essa encomenda através das farmácias”, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.

Em 21 de janeiro, foi publicada a portaria que criou o regime excecional de comparticipação dos dispositivos médicos de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) e dos respetivos consumíveis, permitindo que possam ser adquiridos nas farmácias comunitárias, uma medida que era reivindicada pelas associações representativas dos diabéticos.

A portaria do Ministério da Saúde, que entra em vigor na sexta-feira, justificou a medida com a necessidade de “melhorar o desempenho do processo atual” com o objetivo de garantir a disponibilização das bombas automáticas de insulina a um maior número de utentes e com maior celeridade.

Até agora essas bombas eram disponibilizadas através dos centros de tratamento.

“Neste momento, estamos a preparar o processo, que é algo complexo, uma vez que implica atribuir códigos informáticos a cada uma das bombas e a cada um dos consumidores das bombas”, adiantou Ema Paulino.

Além disso, está a ser adaptada a cadeia logística, ou seja, estão a ser “criadas as pontes” entre a indústria, os distribuidores farmacêuticos e as próprias farmácias, referiu a presidente da ANF, ao adiantar que também “é preciso assegurar o sistema de prescrição”.

“Os códigos que estão a ser criados para as bombas e para os consumíveis também vão ser os códigos que vão ser utilizados pelos médicos prescritores para poderem passar as receitas”, explicou.

“A informação que tenho é que não demorará mais de uma a duas semanas para todo o sistema estar estabilizado”, estimou a presidente da ANF, ao salientar que está também a ser preparada formação adicional para as equipas das farmácias no sentido de prestarem esclarecimentos aos utentes sobre os dispositivos.

A prescrição destes dispositivos só poderá ser realizada por especialistas em medicina interna, endocrinologia e pediatria, desde que devidamente autorizados e identificados pelos centros de tratamento, reconhecidos pela Direção-Geral da Saúde no âmbito da consulta onde o utente é acompanhado.

Segundo a portaria, os dispositivos médicos abrangidos por este regime excecional são comparticipados a 100% pelo Estado no seu preço, quando destinados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dispensados em farmácia de oficina.

O programa integrado de tratamento das pessoas com diabetes tipo 1 pretende garantir a disponibilização destes dispositivos a todos os potenciais beneficiários com desenvolvimento progressivo até 2026.

Segundo a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que tem exigido a disponibilização das bombas nas farmácias, a sua utilização pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

A APDP estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.

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PRODUÇÃO DE AZEITE EM PORTUGAL PODERÁ SUBIR 15% EM 2025

A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

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A produção de azeite em Portugal deverá subir este ano quase 15% em relação ao ano passado e atingir as 170 mil toneladas, estimou hoje a maior associação nacional do setor, responsável por 120 mil toneladas.

Em declarações à agência Lusa, Susana Sassetti, diretora executiva da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, indicou que esta estimativa é feita com base na produção dos associados da organização.

Os olivicultores e lagares da Olivum, salientou, produziram, “no ano passado, à volta das 105 mil toneladas” de azeite e a produção apurada na campanha deste ano “foi de 120 mil toneladas”, correspondendo a um aumento de cerca de 15%.

“De acordo com a percentagem que representávamos na produção do ano passado, que era mais ou menos de 70%, prevemos que a campanha nacional deste ano ande à volta das 170 mil toneladas”, adiantou a responsável.

Segundo a diretora executiva da Olivum, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a produção nacional de azeite na campanha de 2024 tinha atingido as 150 mil toneladas.

“Esta percentagem [da representação da produção dos associados da Olivum em termos nacionais] pode não corresponder à realidade”, pois “muitos novos olivais foram plantados e entraram em produção”, advertiu.

Questionada pela Lusa sobre se o aumento da quantidade produzida em Portugal pode fazer descer o custo do azeite, Susana Sassetti esclareceu que “o preço não depende da produção nacional”, sendo “definido por Espanha, o maior produtor a nível mundial”.

“Se Portugal anda à volta das 150 mil ou das 200 mil toneladas, em Espanha há anos que chega a 1,4 milhões de toneladas”, comparou, lembrando que as campanhas mais recentes no país vizinho tiveram produções mais baixas, devido à seca, fazendo disparar os preços.

Assinalando que, este ano, “Espanha volta a ter a produção que normalmente costuma ter”, a diretora executiva da Olivum observou que o preço tem vindo a baixar, mas “não voltará ao nível em que estava há quatro ou cinco anos”.

Quanto à campanha deste ano, Susana Sassetti realçou que “a produção de azeitona foi maior do que a do ano passado”, mas, “em termos do rendimento em azeite, ou seja, a transformação da azeitona em azeite, acabou por ser igual à do ano passado, por causa das condições climatéricas”.

“Foi uma campanha que começou mais cedo do que normalmente costuma começar e originou bons azeites”, apesar de, na parte final, ter havido “alguma chuva e calor ao mesmo tempo, o que não é bom e favorece o surgimento de doenças ou pragas nos olivais”, acrescentou.

Com sede em Beja, a Olivum é uma associação de olivicultores e lagares e foi constituída em 2013 para dar respostas a novas questões da cultura do olival, incluindo a necessidade da defesa e representatividade do setor, na altura quase inexistente.

Esta associação representa mais de 50 mil hectares de olival, 20 lagares e cerca de 70% da produção nacional de azeite.

Portugal é o sexto maior produtor olivícola mundial e o quarto europeu.

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