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LISBOA: AUTARQUIA ENCERRA DOIS CENTROS PARA SEM-ABRIGO POR FALTA DE CONDIÇÕES

Dois dos quatro centros de acolhimento de emergência de sem-abrigo que abriram durante a pandemia em Lisboa vão ser encerrados, por falta de “condições dignas”, anunciou hoje o presidente da câmara, Carlos Moedas.

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Dois dos quatro centros de acolhimento de emergência de sem-abrigo que abriram durante a pandemia em Lisboa vão ser encerrados, por falta de “condições dignas”, anunciou hoje o presidente da câmara, Carlos Moedas.

“Tínhamos dois centros sem condições dignas que têm de ser desativados”, disse Carlos Moedas (PSD), que garantiu que as pessoas que estavam instaladas nestes espaços estão a ser “acompanhadas e reencaminhadas”.

O presidente da câmara falava hoje à tarde na Assembleia Municipal de Lisboa e confirmou assim uma informação avançada pela deputada do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Isabel Castro.

Segundo acrescentou fonte do grupo parlamentar do PAN à Lusa, estão em “fase de encerramento” os centros de alojamento de emergência municipal (CAEM) Pousada da Juventude, em Moscavide, e a Casa dos Direitos Sociais, em Marvila.

Carlos Moedas defendeu, na mesma resposta à deputada do PAN, que o problema dos sem-abrigo é “muito grave” e que “Lisboa tem de mudar esta estratégia” de resposta baseada em centros de acolhimento em que se juntam mais de 100 pessoas num mesmo espaço.

Para o novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eleito em setembro de 2021, a cidade deve adotar no futuro um “modelo mais nórdico” e ter soluções “mais pequenas”, em termos de espaços de acolhimento para pessoas que vivem na rua.

Isabel Castro tinha afirmado, na sua intervenção, que há um aumento do número de pessoas sem-abrigo em Lisboa e lamentou que em época de inverno, em situação de pandemia e quando já não há vagas nas respostas de acolhimento, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) esteja a fechar dois dos quatro centros de emergência criados na cidade para apoio a esta população no contexto da covid-19.

A deputada questionou o destino de quem estava nos espaços que vão encerrar e quantas pessoas estão em causa.

A CML abriu, desde março de 2020, ainda no mandato de Fernando Medina (PS), quatro centros de acolhimento de emergência para as pessoas em situação de sem-abrigo, em Moscavide, Marvila, Arroios (CAEM Santa Bárbara) e São Domingos de Benfica (CAEM Caso do Lago).

“Até agora, passaram quase 800 pessoas por estes centros de acolhimento, muitas das quais foram encaminhadas para soluções de alojamento permanente, que recebem em simultâneo até 220 pessoas. São centenas de pessoas que saíram da rua, ou evitaram cair na rua, depois de terem perdido os seus rendimentos”, lê-se na informação disponibilizada na página na Internet da CML.

Estes CAEM são “cogeridos pela Câmara Municipal de Lisboa e por diferentes entidades com as quais a CML celebrou protocolo ou contratos-programa”, segundo a mesma fonte.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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