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OPERAÇÃO BABEL: DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA TALBÉM FOI ALVO DE BUSCAS

A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) foi alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da Operação Babel, confirmou esta quarta feira à Lusa fonte do organismo, acrescentando que “aguarda a notificação do desfecho das diligências efetuadas”.

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A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) foi alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da Operação Babel, confirmou esta quarta feira à Lusa fonte do organismo, acrescentando que “aguarda a notificação do desfecho das diligências efetuadas”.

“A Direção Regional de Cultura do Norte aguarda a notificação do desfecho das diligências efetuadas, não emitindo qualquer comentário sobre o processo em curso”, pode ler-se numa resposta da DRCN a questões da Lusa.

No âmbito da operação Babel foram detidos, na terça-feira, o vice-presidente do município de Gaia, Patrocínio Azevedo (PS), o seu advogado João Lopes, os empresários Elad Dror (diretor-executivo e fundador do grupo Fortera) e Paulo Malafaia (já tinha sido detido na Operação Vórtex).

Foram também detidos dois funcionários da Câmara do Porto, um deles chefe de uma divisão da área urbanística e outro com ligações a esta divisão, e Amândio Dias, técnico superior da DRCN.

Apesar de não ter confirmado oficialmente a detenção de Amândio Dias, bem como não ter respondido a questões sobre uma possível suspensões de funções do técnico, a DRCN confirmou que “a Polícia Judiciária esteve, durante a manhã de ontem [terça-feira], nas instalações da Direção de Serviços dos Bens Culturais (sitas na Casa de Ramalde, Porto), onde foram efetuadas buscas” no âmbito da Operação Babel.

“Foram facultados todos os documentos solicitados, estando a Direção Regional de Cultura do Norte disponível para prestar toda a colaboração e esclarecimentos necessários à investigação“, pode ler-se nas respostas enviadas à Lusa.

Segundo um despacho do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, a que a agência Lusa teve esta quarta feira acesso, “Paulo Malafaia e Elad Dror abordaram Amândio Dias sobre a possibilidade de este, na qualidade de diretor da Direção de Serviços de Bens Culturais, emitir ou mandar emitir parecer favorável às pretensões do Grupo Fortera”, para um projeto no Convento do Carmo, em Braga.

Segundo o despacho, Amândio Dias terá indicado que o preço “para a elaboração do projeto e para garantir a sua aprovação, por si ou por pessoa por si determinada junto dos serviços que dirigia era de 110 mil euros”, tendo sido fechado um acordo por 80 mil euros.

“Amândio Dias socorreu-se da arquiteta Alexandra Ramos, que funciona como sua testa de ferro em escritório que possui em Lisboa, para a co-elaboração e assinatura do projeto de arquitetura referente àquela intervenção”, segundo o MP.

Já sobre um projeto no Porto, o da Casa Azul, o despacho refere que “a atividade corruptiva de Amândio Dias era assumida por outros intervenientes no processo de licenciamento”, tendo existido uma reunião, em janeiro deste ano, envolvendo Paulo Malafaia e José Miguel Jesus (sócio de Paulo Malafaia), “com o intuito de congeminar uma estratégia que lhes permitisse ultrapassar o parecer negativo” emitido anteriormente por outro técnico da DRCN, “assumindo os privados que teriam de lhe entregar contrapartidas”.

O Ministério Público refere ainda que Amândio Dias “foi o autor do projeto de arquitetura referente às obras” que decorreram no restaurante Escondidinho, no Porto, alegando o MP que Amândio Dias, arquiteto, “bem sabia” que “estava impedido de elaborar projetos de arquitetura para particulares” sendo técnico da DRCN, “e muito menos de os aprovar, ou de neles dar parecer, se necessário”.

As buscas realizadas pela PJ nas câmaras de Gaia e do Porto, que culminaram com a detenção do vice-presidente do município gaiense e de mais seis pessoas, abrangem projetos imobiliários de 300 milhões de euros.

A Operação Babel “centra-se na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”, explica a PJ, em comunicado.

A investigação sustenta que Elad Dror, fundador do grupo Fortera, com capitais israelitas e que se dedica aos negócios e à promoção imobiliária, e Paulo Malafaia, promotor imobiliário, “combinaram entre si desenvolverem projetos imobiliários na cidade de Vila Nova de Gaia, designadamente os denominados Skyline/Centro Cultural e de Congressos, Riverside e Hotel Azul”.

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MIRANDA DO DOURO: AUTARQUIA IMPUGNA AVALIAÇÃO DO FISCO ÀS BARRAGENS

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

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O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

“O município de Miranda do Douro decidiu impugnar a avaliação feita pela AT, por não concordar com a exclusão dos órgãos de segurança e de produção destes centros eletroprodutores de energia, como turbinas, transformadores ou os descarregadores, porque são parte integrante do prédio, e que têm de ser tomados em conta, pelo seu valor tributário”, explicou o vereador Vítor Bernardo.

Segundo o vereador, o pedido de impugnação da avaliação das barragens em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi apresentado no tribunal a 02 de abril.

“Esta impugnação da avaliação surge agora, porque as nossas duas barragens foram inscritas a seu tempo na matriz predial para avaliação”, frisou Vítor Bernardo.

Bernardo avançou ainda que a barragem de Miranda do Douro foi avaliada pela AT em 52 milhões de euros e barragem de Picote em 55 milhões de euros.

“O valor destes dois empreendimentos, para além do edificado, com as unidade de produção como transformadores, turbinas e outros equipamentos, (…) sobe em mais de 120% por centro face ao estabelecido pela AT, em cada um destes centros eletroprodutores”, destacou o vereador social-democrata.

Agora, o município de Miranda Douro, no distrito de Bragança, espera que os responsáveis máximos pela AT cumpram o despacho do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que seja anulado o ato administrativo da avaliação tributária feita as barragens.

Nuno Santos Félix determinava que as avaliações de barragens que fossem impugnadas por não considerarem a totalidade dos elementos que as integram deviam ser revogadas e refeitas pela Autoridade Tributária.

Esta indicação consta de um despacho datado de 04 de março, onde se lia que “sendo impugnada a avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”, com base na “exclusão dos órgãos de segurança ou exploração da avaliação impugnada […], devem ser revogados os atos avaliativos que tenham excluído do respetivo objeto os órgãos de segurança ou exploração”, quando os mesmos “devam ser qualificados como ‘parte componente’ do prédio”.

Na origem deste despacho — o terceiro desde que aquele governante determinou a avaliação das barragens para efeitos de IMI — está a diferença com que os municípios e a AT entendem o que deve ser considerado para efeitos de avaliação e tributação em IMI no que diz respeito às barragens.

Os municípios contestam o entendimento da AT — vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio, ficando fora da incidência do IMI, e pedem ao Governo para o revogar.

O despacho lembra de que forma a legislação em vigor define uma barragem, notando que os “órgãos de segurança e exploração fazem, assim, parte do conceito legal” deste tipo de infraestrutura, com a lei a determinar também que, para efeitos da construção de uma barragem, o projeto deve incluir órgãos de segurança como os “descarregadores de cheias”, as “descargas de fundo” ou a “central e circuitos hidráulicos”.

Estando concluída a avaliação da generalidade dos aproveitamentos hidráulicos, e podendo haver impugnação judicial (ou arbitral) das segundas avaliações por parte do município ou do concessionário (sujeito passivo) da barragem, Nuno Santos Félix antecipava que a AT iria ser “chamada para contestar eventuais ou revogar os respetivos atos”.

O despacho sustentava que, perante a situação política da altura, deveria ser o governo seguinte em plenitude de funções a pronunciar-se globalmente quanto ao entendimento da avaliação da AT, limitando-se assim o efeito daquele diploma “ao estritamente necessário em face da inadiabilidade da prática da AT de atos processuais em contencioso relativo à avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

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LISBOA: MÁRIO MACHADO CONDENADO A DOIS ANOS E 10 MESES DE PRISÃO EFETIVA

O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

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O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

Em causa neste julgamento estavam mensagens publicadas no antigo Twitter (atual X), atribuídas a Mário Machado e Ricardo Pais, em que estes apelavam à “prostituição forçada” das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular a professora e dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

Além de Mário Machado, Ricardo Pais foi condenado a um ano e oito meses de prisão com pena suspensa durante dois anos.

A sentença foi lida esta terça-feira no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, depois de, em abril, nas alegações finais, o Ministério Público (MP) ter pedido uma pena de prisão efetiva para Mário Machado.

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