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DOURO: ALERTA LARANJA PARA CHEIAS COM ESPERADO AUMENTO DO CAUDAL

A Capitania do Douro ativou o nível laranja de alerta de cheias para o rio e registou hoje uma subida de significativa do caudal no Peso da Régua, admitindo alagamentos no Porto “mais para a noite” de hoje ou quarta-feira.

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A Capitania do Douro ativou o nível laranja de alerta de cheias para o rio e registou hoje uma subida de significativa do caudal no Peso da Régua, admitindo alagamentos no Porto “mais para a noite” de hoje ou quarta-feira.

A perspetiva esboçada pela Capitania para o terço final da zona estuarina e especificamente para a margem do Porto é a de alagamentos virem a atingir a zona Postigo do Carvão, mas não Miragaia.

Depois de uma preia-mar às 13:33 de hoje (altura da maré de 3,1 metros), a tabela da maré prevê outras para quarta-feira, às 01:50 (3,3 metros) e 14:20 (3,2).

Para já, disse à agência Lusa o comandante da Capitania, “há uma subida do nível das águas no Peso da Régua [no distrito de Vila Real], habitual todos os anos, e as barragens ainda estão a lançar um volume de água aquém do que historicamente provoca problemas”.

Rui Santos Amaral sublinhou, contudo, que o efeito de cheia, decorrente de descargas nas barragens anormais e associadas a chuvas intensas, tem sempre efeito retardado a jusante e nomeadamente na zona do estuário.

Mas, alertou, “não há modelos matemáticos para isso. É uma situação que estamos a avaliar hora a hora, ao longo do dia e da noite, em articulação nomeadamente com a Proteção Civil e a Agência Portuguesa do Ambiente”.

Em comunicado de segunda-feira, a Capitania do Douro antecipava para hoje ou para quarta-feira a possibilidade de o caudal do rio engrossar até uma situação de cheia.

A perspetiva de o rio transbordar decorre, ainda segundo a Capitania, da previsão de chuva forte e persistente na generalidade da bacia hidrográfica do Douro ao longo de parte do dia de hoje, “associada a uma elevada quantidade de água proveniente de Espanha, bem como ao agravamento do estado do mar com a consequente dificuldade na capacidade de escoamento na zona da foz do Douro”.

A eventualidade levou o Centro de Previsão e Prevenção de Cheias do Douro, uma estrutura que funciona junto da Capitania, a ativar o nível laranja de alerta de cheias para o estuário, bem como para as albufeiras de Crestuma (Vila Nova de Gaia) e de quatro outras barragens a montante (Carrapatelo, Bagaúste e Valeira e Pocinho) desde as 12:00 de hoje.

“Não sendo ainda possível quantificar o aumento [de caudal], recomenda-se a todos os agentes de Proteção Civil que atuem nos pontos mais vulneráveis a inundações, como o cais do Pinhão, zona ribeirinha da cidade de Peso da Régua, cais de Bitetos, foz do rio Tâmega e zonas ribeirinhas do estuário”, aconselhou a autoridade marítima regional.

Em paralelo, o gabinete da Via Navegável do Douro, gerido pela administração portuária de Leixões, interditou, já durante a manhã de hoje, a circulação de embarcações em toda a extensão da via.

Num outro comunicado de segunda-feira, a Capitania do Porto do Douro adiantou, aludindo ao agravamento das condições meteorológicas e oceanográficas, para aumento gradual da ondulação, atingindo o seu pico entre as 18:00 de hoje e as 09:00 de quarta-feira, o que obrigou a fechar a barra do Douro a toda a navegação.

A agitação marítima, com ondas que podem atingir até 12 metros acompanhadas de ventos com rajadas até 80 quilómetros por hora, levou também a Câmara do Porto a fechar ao trânsito, desde a noite de segunda-feira, a Avenida D. Carlos I, no litoral da cidade.

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BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

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A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

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MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

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A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

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