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GUERRA: MAIS DE 3 MILHÕES DE CRIANÇAS NA UCRÂNIA PRECISAM DE AJUDA CONTINUADA

O coordenador para as situações de emergência da UNICEF na Ucrânia indicou em entrevista à Lusa que 3,3 milhões de crianças necessitam de assistência continuada e quando se perspetiva um agravamento do conflito com a aproximação da primavera.

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O coordenador para as situações de emergência da UNICEF na Ucrânia indicou em entrevista à Lusa que 3,3 milhões de crianças necessitam de assistência continuada e quando se perspetiva um agravamento do conflito com a aproximação da primavera.

“Perto de 3,3 milhões de crianças ucranianas necessitam de assistência. Estamos no terreno, incluindo na linha da frente no leste da Ucrânia. Temos gabinetes em Kharkiv, Dnipro, Odessa, Mikholaiv, ainda noutras regiões, e tentamos reparar os estragos”, indicou Mustapha Ben Messaoud, responsável no terreno desta agência das Nações Unidas vocacionada para o auxílio humanitários às crianças a nível global.

No decurso de um contacto telefónico e a partir de Kiev, Ben Messaoud assinalou que nos últimos três meses se verifica uma “nova intensificação do conflito que se assemelha ao que sucedeu em 2022”, que de seguida foi contido na sequência da recuperação de território pelas forças ucranianas.

“Mas agora estamos a regressar a uma situação similar à de 2022, com um novo impulso das forças russas”, admitiu.

“Isso significa que hoje existem crianças muito afetadas, cerca de três milhões de crianças que necessitam da nossa assistência, na Ucrânia e nos países limítrofes”.

A UNICEF possui uma equipa de 300 colaboradores na Ucrânia, distribuídos pelo gabinete central em Kiev, e ainda gabinetes em Lviv, Odessa, Mikholaiv, Poltava, Kharkiv ou Dnipro, com capacidade para fornecer diversos recursos.

O responsável da UNICEF recordou que 3,7 milhões de ucranianos foram deslocados para outras regiões do país desde o início da invasão russa em larga escala em 24 de fevereiro de 2022, para além de ser um dos países do mundo “mais contaminados” pelas minas terrestres.

“Enfrentamos perturbações físicas e mentais nas crianças, apesar de termos assistido cerca de dois milhões de crianças em termos de saúde mental em 2023”, disse.

“Desde o início do conflito e em média, as crianças passaram entre 2.800 horas e 4.800 horas nos abrigos antiaéreos, e muitas crianças não têm acesso à escola, não têm elementos de sociabilidade, sem interação com outras crianças, ficam em casa e a escola é feita à distância por internet, quando têm essa possibilidade”.

Um “‘stress’ diário”, caracterizado por bombardeamentos aéreos, mísseis, ‘drones’ e com inevitáveis reflexos na estrutura familiar.

“Em muitos casos, um dos pais está na linha da frente e o outro ao seu lado, em geral a mãe. Uma situação terrível para essas crianças. E hoje não vemos uma solução a curto prazo para o que se passa na Ucrânia”.

A reparação das infraestruturas danificadas pelo conflito também se inclui nas prioridades da agência da ONU, especificou o responsável.

“Cerca de mil quilómetros de redes de água foram destruídos, uma barragem destruída que inundou grande parte do sudeste ucraniano, com centenas de milhares de pessoas afetadas. Fornecemos água, assegurarmos que a água que transportamos para ser consumida foi tratada. Em 2023 fornecemos água a 5,4 milhões de ucranianos”, precisou Ben Messaoud.

No âmbito específico da proteção à infância, Ben Messaoud apontou as consequências diretas para as crianças, em particular as “angústias” relacionadas com este conflito.

“Em 2023 tratámos 2,5 milhões de crianças com problemas de saúde mental, elaborámos programas para abordar violência de género, em particular dirigida às mulheres, promovemos mensagens e formação sobre os riscos das minas e explosivos na Ucrânia, e que foram dirigidos a oito milhões de crianças”, relatou.

O coordenador da UNICEF assegurou que a organização já reabilitou 17 hospitais e centros de pediatria, para que as ucranianas e as crianças tenham acesso a cuidados de saúde primários.

“Temos um programa destinado ao conjunto das mulheres, sobretudo na linha da frente, sobre a disponibilidade de hospitais e centros de cuidados médicos”, prosseguiu, antes de especificar “outro grande projeto” em curso.

“Estabelecemos um sistema de proteção social que existe em França, sobretudo para os mais fragilizados, e que já transferiu fundos para cerca de 60.000 famílias. Tentamos dar prioridade às famílias que possuam pessoas deficientes, a famílias monoparentais ou crianças que estão em centros especializados, que não estejam com os seus pais. Tentamos assistir às necessidades das crianças desde o seu nascimento até à idade adulta”.

O prolongamento do conflito e o confronto diário com a “realidade do terreno” implica uma “atualização diária”, especificou.

“A UNICEF fez um apelo aos doadores para o fornecimento de 580 milhões de euros para 2024. Penso que esse montante vai ser reavaliado em breve e será da ordem dos 600 milhões. A soma necessária para que possamos atender às necessidades das crianças”, prognosticou.

“Sobre a forma como trabalhamos, devemos focalizar-nos nas capacidades locais, trabalhamos em 97% com os parceiros ucranianos locais e com as autoridades locais, das províncias [oblast] aos municípios”.

O responsável da agência da ONU também sublinhou o aumento da capacidade desses parceiros, das autoridades, o estabelecimento de “sistemas de resiliência para que o país e o conjunto desses atores tenham a capacidade de resistir e manter funcionais os serviços essenciais”.

“Caso tenhamos de enfrentar um cenário catastrófico, que atualmente ainda não é o caso, a UNICEF possui uma experiência e meios de reagir muito rapidamente, para fazer chegar recursos suplementares no apoio à Ucrânia”, frisou.

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GUERRA: BÉLGICA ANUNCIA ENTREGA DE CAÇAS F-16 À UCRÂNIA

O Governo belga anunciou hoje a decisão de acelerar a entrega de caças F-16 para a Ucrânia, tendo como objetivo que o primeiro avião de combate chegue no final do ano.

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O Governo belga anunciou hoje a decisão de acelerar a entrega de caças F-16 para a Ucrânia, tendo como objetivo que o primeiro avião de combate chegue no final do ano.

“Em coordenação com os nossos aliados F-16 e parceiros de coligação, o nosso país fará tudo o que estiver ao seu alcance para acelerar a entrega, se possível antes do final deste ano”, declarou a ministra da Defesa belga, Ludivine Dedonder, segundo o canal RTBF.

O Governo de Bruxelas indicou que terão de ser cumpridos três critérios: garantir a segurança do território belga, manter a operacionalidade da sua defesa e respeitar os compromissos internacionais, nomeadamente no quadro da NATO.

Além disso, os pilotos e técnicos ucranianos terão de estar suficientemente treinados para poderem operar estas aeronaves.

A Bélgica juntou-se à coligação internacional de F-16 em maio do ano passado e, inicialmente, a sua participação limitou-se à formação de pilotos ucranianos e de pessoal de apoio técnico e logístico, à semelhança de outros países como Portugal.

Após um estudo do Ministério da Defesa, o Governo decidiu entregar também aeronaves, que têm de ser retiradas do serviço e substituídas por F-35 mais modernos.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, anunciou em outubro passado, juntamente com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma visita surpresa deste último a Bruxelas, que a Bélgica estaria em condições de fornecer a Kiev os seus caças a partir de 2025.

A Bélgica também planeia enviar mísseis para sistemas de defesa aérea a partir dos seus próprios ‘stocks’, bem como atribuir 200 milhões de euros para participar na iniciativa alemã de fornecer estes equipamentos à Ucrânia.

“Continuaremos a mobilizar-nos nas próximas semanas para apoiar a Ucrânia. A nossa mensagem permanece a mesma: no dia em que a Rússia parar a sua invasão e desistir dos territórios ocupados ilegalmente, o conflito terminará”, declarou Ludivine Dedonder, insistindo que as hostilidades devem cessar e que o diálogo político e diplomático retomado.

No total, Países Baixos, Dinamarca, Bélgica e Noruega prometeram o envio de 45 caças para a Ucrânia.

As autoridades de Kiev têm exigido desde o começo da invasão da Rússia, em fevereiro de 2022, o envio de caças modernos, mas só em agosto do ano passado os Estados Unidos aprovaram a transferência dos caças norte-americanos da Dinamarca e da Holanda, que já se tinham oferecido para ceder estes aparelhos.

A chegada dos primeiros aparelhos foi indicada para acontecer no primeiro semestre deste ano, mas ainda não foi revelada nenhuma data, ao mesmo tempo que os pilotos ucranianos e pessoal de apoio mecânico e logístico prosseguem a sua formação em vários países aliados.

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TIKTOK GARANTE QUE VAI IGNORAR “ULTIMATO” DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

A empresa chinesa ByteDance garantiu hoje não ter intenção de vender o TikTok, apesar de Washington ameaçar proibir a plataforma de vídeos nos Estados Unidos caso não corte os laços com a China.

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A empresa chinesa ByteDance garantiu hoje não ter intenção de vender o TikTok, apesar de Washington ameaçar proibir a plataforma de vídeos nos Estados Unidos caso não corte os laços com a China.

O Presidente dos EUA Joe Biden assinou na quarta-feira uma lei que dá à ByteDance nove meses para vender o TikTok (com uma possível extensão de três meses se o negócio estiver a decorrer), caso contrário será excluída das lojas da Apple e do Google em território norte-americano.

“A ByteDance não tem planos de vender o TikTok”, afirmou hoje a empresa na Toutiao, uma rede social chinesa da qual também é proprietária.

A Bytedance esclareceu ainda que “não há nada de verdade” sobre os rumores de que a empresa estaria a explorar opções para vender o TikTok sem o algoritmo utilizado pela aplicação.

No início da semana, o TikTok já tinha anunciado que iria iniciar uma ação judicial para bloquear a legislação, que considera inconstitucional.

“Continuaremos a lutar pelos vossos direitos nos tribunais. Os factos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer”, garantiu hoje o líder do TikTok, Shou Zi Chew, natural de Singapura.

Com vídeos de curta duração, o TikTok, que atraiu mais de 1,5 biliões de utilizadores em todo o mundo, é acusado há vários anos nos Estados Unidos e na Europa de causar comportamento viciante entre adolescentes.

Na quarta-feira, o TikTok suspendeu uma funcionalidade que recompensa o tempo passado ao ecrã, devido ao risco de aumentar a dependência, depois de a Comissão Europeia abrir uma investigação e ameaçar suspender a aplicação.

O Partido Republicano acusou também a plataforma de vídeos de permitir a Pequim espiar e manipular os norte-americanos.

Isto porque uma lei chinesa de 2017 exige que as empresas locais entreguem dados pessoais que possam interessar à segurança nacional, mediante pedido das autoridades.

No sábado, o TikTok disse que uma eventual interdição da plataforma nos Estados Unidos ia “violar a liberdade de expressão” dos 170 milhões de utilizadores no país.

Um porta-voz da aplicação acrescentou que a lei ia “devastar sete milhões de empresas e fechar uma plataforma que contribui com 24 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros) por ano para a economia norte-americana”, num ’email’ enviado à agência de notícias France-Press.

A possível interdição do Tik Tok foi uma das contrapartidas aceites pelos democratas para obter o apoio dos republicanos para um novo pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) à Ucrânia.

No final de março, Taiwan, que já tinha proibido o TikTok em aparelhos de organismos públicos, declarou a plataforma uma “ameaça à segurança nacional”, devido ao “controlo substancial” de “atores estrangeiros hostis”.

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